11/01/2015

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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

Albuquerque quer limitar mandatos
 do presidente madeirense 

"Miguel Albuquerque é o meu líder, o líder de todos nós", disse Alberto João Jardim no discurso de abertura do congresso do PSD-Madeira. 
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O tempo novo do PSD-Madeira começou com uma proposta para limitar a três os mandatos do presidente do Governo Regional. Miguel Albuquerque, o novo líder, anunciou a ideia no discurso de abertura do congresso do partido que começou este sábado no Funchal. Se houvesse dúvidas, o presidente da comissão política esclareceu: não será como Jardim, o homem a quem sucede. 
Um sinal da mudança num dia de conciliação e perdão entre as hostes sociais-democratas. Miguel Albuquerque quis, ao mesmo tempo que falava de um partido plural e aberto, sarar as feridas da campanha interna. Da sua parte, disse, não leva ressentimentos dos confrontos com Alberto João Jardim. O líder cessante aplaudiu e retribuiu: "Miguel Albuquerque é o meu líder, o líder de todos nós". 
Os congressistas aplaudiram a passagem de testemunho, mas interessavam mais as palavras de Miguel Albuquerque, o apelo à mobilização, as propostas para moderar os gastos nas campanhas eleitorais e o pedido de uma maioria absoluta nas eleições regionais antecipadas, que deverão acontecer no fim de Março. 
Jardim era o homem de saída, chegou ao congresso sem que ninguém desse muita importância, deixou o recinto logo após os discursos de abertura. Ainda falou aos jornalistas sobre a eventual candidatura à Presidência da República, sobre o futuro, se vai ou não reformar-se da política. Os tempos em que era a estrela dos encontros dos sociais-democratas eram passado. 
Os temas da autonomia total, da dívida histórica do Estado em relação à Madeira - tão queridas a Alberto João Jardim - também não despertaram emoções no congresso. Os delegados aplaudiram a disposição de Miguel Albuquerque para negociar com Lisboa e com Passos Coelho, convidado de honra da sessão de abertura do congresso. 
"Não precisamos de inventar a roda, mas de trabalharmos juntos, sem preconceitos, com os olhos postos no futuro", pediu o novo líder, enquanto lembrava que era tempo de esclarecer alguns mal entendidos como "a ideia complexada de que vivemos à míngua dos contribuintes nacionais". 
Os tempos, disse, exigem que as relações com o Estado se façam de uma "maneira moderna e inteligente", "sem sectarismos". A Madeira, prometeu, irá dar o exemplo. Ou melhor, já começou a dar o exemplo ao cortar as subvenções para os partidos políticos e vai continuar. Uma das medidas é limitar a três mandatos o número de mandatos do presidente do Governo Regional. 

* Não é solução, ela está no voto esclarecido e incómodo.

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