09/01/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Pais do Amaral quer companhia aérea
 no consórcio para comprar TAP

Empresário já foi abordado por duas companhias, mas a opção estará num terceiro nome. Frank Lorenzo deverá reduzir posição ou abandonar o consórcio.

Pais do Amaral está à procura de uma companhia aérea que integre o consórcio para a privatização da TAP. Os contactos desenvolvidos pelo empresário português acontecem depois de este ter sido contacto por dois operadores no âmbito da privatização e numa altura em que Frank Lorenzo pondera reduzir a sua posição no consórcio, sabe o Diário Económico. 
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A mudança na estratégia de Pais do Amaral surge igualmente depois da publicação do decreto-lei que define os termos da privatização, que considera como critério de selecção a "experiência técnica e de gestão no sector da aviação". O Económico sabe que Pais do Amaral está em contacto com uma companhia sul-americana, cujo nome não foi possível apurar, com o objectivo de reforçar as competências técnicas do consórcio.

Ao que o Económico apurou, o empresário terá igualmente sido contactado por duas companhias de aviação, uma de bandeira europeia e outra sul-americana. Tudo indica que os contactos terão partido da Azul, companhia liderada por David Neelman, e que tem sido repetidamente referida como uma das potenciais interessadas na privatização da TAP. O "Expresso" chegou mesmo a escrever que se a "decisão fosse tomada hoje [a Azul] seria a escolhida", mas a verdade é que os brasileiros têm um problema para resolver: a legislação europeia impede que companhias aéreas estrangeiras controlem mais de 49% do capital de empresas europeias. E o consórcio que está a ser liderada por Pais do Amaral poderia ser a resposta a esse problema, mas ao que o Económico apurou, as intenções da Azul junto do empresário português não chegaram a bom porto.

Também Germán Efromovich, proprietário da Avianca, e a companhia brasileira Gol tem sido apontados como potenciais interessados. Se o primeiro ultrapassou as limitações da legislação europeia requerendo a nacionalidade polaca, possível por ser este o país de origem dos pais, e criando uma sociedade de direito europeu, já a Gol terá de encontrar uma solução.

Por outro lado, Frank Lorenzo pretende reduzir a sua posição no consórcio, ou mesmo vir a abandonar a parceria com Pais do Amaral. Ao que o Económico apurou, a opção do Governo de vender apenas 66% da companhia aérea desagradou ao norte-americano, cuja intenção era integrar um projecto de compra da totalidade. Pais do Amaral já tinha dito em Novembro, aquando da aprovação da privatização, que a decisão de não vender a totalidade da companhia colocava algumas questões. "A nossa proposta era para 100% e vamos ter de analisar, com os nossos parceiros, para ver se há condições para avançar, também tendo em conta a informação do caderno de encargos", disse na altura o empresário.

A decisão de Frank Lorenzo, não será também alheia às notícias publicadas no final do Verão pelo jornal "i" que davam conta de investigações à gestão do norte-americano na Continental e na Eastern, que terão demonstrado a existência de falhas na manutenção e operação das companhias.

No consórcio continuam firmes as posições da Barraqueiro e do BPI, mas ainda não estará fechada a possibilidade de o mesmo ser aberto a outros investidores portugueses.

Contactado, Pais do Amaral recusa-se a comentar estas possibilidades.

* Vamos rebobinar as ideias. Pais do Amaral apresentou-se acompanhado de Frank Lorenzo persona non grata no espaço aéreo americano, queriam comprar a TAP. Mas o "i" na altura apresentou as razões porque Lorenzo não seria a pessoa mais indicada para estar à frente duma companhia aérea.
A questão é que se Pais do Amaral se apresentou com Frank Lorenzo para comprar a TAP, não desconhecendo certamente a decisão das autoridades americanas, terá ele credibilidade para continuar candidato? Parece que em Portugal há muitos negócios enviesados.


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