15/01/2015

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Bolsa suíça sofre maior tombo 
desde 1989

Decisão surpreendente do banco central suíço em abdicar do câmbio mínimo face ao euro motiva a segunda pior sessão de sempre na bolsa helvética.
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PSI 20 4.956,77 pontos (1,36%)
A praça de Lisboa acompanhou os ganhos da Europa, fechando quatro sessões consecutivas de valorizações. Nota positiva para as construtoras e energéticas, em particular a Galp, que liderou o movimento positivo a acompanhar as valorizações de início da tarde no petróleo, entretanto esfumadas. A Jerónimo Martins corrigiu da melhor sessão em seis anos, estando hoje à frente das quedas.
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SMI (índice suíço)  8.400,61pontos (-8,67%)
Os títulos da banca foram dos mais prejudicados pela decisão do banco central suíço de terminar com a taxa mínima de câmbio em relação ao euro, ao fim de três anos. A medida desencadeou uma corrida à divisa - considerada um refúgio -, que encarece a moeda e penaliza o sector exportador. O director-geral da relojoeira Swatch considerou a decisão um "tsunami" para as empresas mais expostas ao estrangeiro.

S&P 500 2.001,62 pontos (-0,48%)
Os índices de Wall Street ainda digerem o impacto da decisão suíça, com os investidores hesitantes sobre como reagir e a incorporar dados pouco satisfatórios do lado da evolução dos preços no mercado grossista, penalizados pela desvalorização do petróleo. Entre os títulos que mais cedem estão os da banca, depois de resultados trimestrais apresentados pelo Bank of America e Citigroup piores do que o esperado.

Euro 1,03 francos suíços (-13,57%)
A moeda única europeia regista uma fortíssima depreciação face à contraparte suíça depois da decisão sobre a taxa de câmbio. Uma variação que ganha ainda maior magnitude tendo em conta que ocorre no mercado mais líquido do mundo, o cambial. Os analistas vêem na decisão de Zurique uma forma de antecipação face à reunião do BCE, na próxima semana, que pode decidir um "quantitative easing" na área do euro.

Juros da dívida de Espanha a 10 anos 1,589% (0,043 pontos) 
O aprofundamento da taxa negativa para os depósitos hoje também decidida em Zurique desperta o refúgio em activos de rentabilidade fixa como as obrigações, contribuindo para reduzir as 'yields' associadas à dívida soberana em mercado secundário nos EUA. Na zona euro, são sobretudo as obrigações alemãs que beneficiam da tendência, apreciando na maioria dos periféricos (como em Espanha, apesar de hoje ter levantado 4,7 mil milhões de euros pagando custos mínimos históricos).

Barril de brent $48,30 (-0,8%) 
O preço do barril de ouro negro ainda valorizou quase 6% ao início da tarde em Nova Iorque, movimento interpretado como recuperação técnica das fortes quedas dos últimos dias. Mas regressou entretando às desvalorizações, que também são acompanhadas pelo barril de referência para as compras nacionais, o brent. 

* Andamos ao sabor da vontade de quem põe a mão na massa.


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