26/01/2015

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HOJE NO
"i"

O Facebook sabe mais de nós 
do que as nossas famílias. 
Veja como

Os likes no Facebook têm mais poder do que se imagina. Um estudo prova que as redes sociais julgam melhor a personalidade do utilizador do que a sua família ou amigos

Alguém sugere a página de um restaurante, de um clube de futebol, de uma religião, ou de algo tão simples como filmes e músicas. Tudo acaba com um like, mais ou menos tímido, até porque há coisas que não fazemos questão de que os outros saibam que gostamos. O que até aqui era visto como um gesto isolado e sem grande impacto, pode ajudar, no seu conjunto, a perceber características vitais de personalidade. Por exemplo: gostar do filme “Silêncio dos Inocentes” ajuda a criar uma personalidade mais competitiva, mas se o like for na página da cantora Nikki Minaj, podemos estar perante uma pessoa mais extrovertida. 
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Assim, like a like, o computador acaba por ser um juiz de personalidade, juntando de forma matemática as preferências de cada um, inserindo-as nos cinco grandes padrões que ajudam a criar a individualidade. Este é um processo criado por uma equipa de investigadores da Universidade de Cambridge e que, segundo mostram, os resultados podem ser bastante aproximados do real, mais até do que a avaliação psicológica feita ao indivíduo por familiares ou amigos. 

Para o estudo, foi pedido a cada um dos mais de 86 mil voluntários o preenchimento de um questionário de personalidade. Além disso, foram recolhidos todos os likes das suas páginas de Facebook. Usando a auto-avaliação como ponto de partida, foram comparados os testes feitos pelas pessoas próximas do utilizador, ao mesmo tempo que se fazia uma recolha online das suas preferências. Os investigadores descobriram que o software que desenvolveram conseguia prever a personalidade de um participante com mais precisão do que um colega de trabalho, com base em apenas 10 likes. A partir dos 70 likes, o computador estava mais próximo do que um amigo ou companheiro de casa, valor que sobe para os 150 likes quando se fala dos pais. Só o cônjuge parece dar mais luta à máquina, sendo precisos 300 likes para que o programa seja capaz de traçar melhor a personalidade do voluntário. 

O resultado foi surpreendente até para os investigadores. Wu YouYou, uma das líderes do trabalho, explicou ao i que, neste caso, a máquina conseguiu bater o homem naquilo que é um dos jogos preferidos das pessoas: prever personalidade com base nas características de cada um. “As pessoas gabam-se das suas capacidades de julgar os outros, mas um modelo de computador bastante simples, conseguiu bater facilmente essa habilidade”, acrescentou. 

Facebook vs. Curriculum  
Os likes foram convertidos pelo sistema informático em características que ajudaram a criar os cinco grandes traços de personalidade. São eles a abertura, onde se pode ser liberal ou conservador; amabilidade, dividida entre cooperativo e competitivo; neuroticismo, com a possibilidade de ser mais instável ou calmo; a consciencialização dividida entre organizado e espontâneo; e a abertura à experiência, onde uma pessoa pode ser mais activo ou reservado. 
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Apesar da surpresa perante os resultados da análise, os investigadores alertam para o poder das redes sociais em traçar personalidades, o que pode influenciar a vida futura de cada um, tanto nas ligações emocionais como, por exemplo, na procura de emprego. Wu YouYou lembra que, durante um recrutamento profissional, a procura pode passar a ser mais direccionada. “Uma empresa de bungee jumping vai procurar alguém mais extrovertido e uma empresa de contabilidade vai preferir um candidato que prima pela organização”, lembra. Nos encontros online, salienta a investigadora, este tipo de teste pode ser usado para facilitar a procura de alguém compatível. 

* O facebook vai ser o maior produtor de tragédias pessoais em todo o mundo, a ânsia do "estrelato"  uma absurda enormidade, o bom senso é assassinado.

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