Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
12/12/2014
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2-CRIANÇAS
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2-CRIANÇAS
INVÍSIVEIS
Formado
por 7 curtas metragens realizados no Brasil, Itália, Inglaterra, Sérvia, Burkina
Faso, China e Estados Unidos. O projeto de Crianças Invisíveis foi
criado para despertar a atenção para o sofrimento das crianças em
situações difíceis por todo o mundo. Todos os diretores trabalharam de
graça ao realizar seus curtas para Crianças Invisíveis. Parte da renda
do filme foi destinada para a Unicef e para o Programa Mundial contra a
Fome
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A Closer, que habitualmente publica reportagens fotográficas sobre situações de intimidade entre a classe política francesa -- foi esta publicação que revelou o 'affaire' do Presidente François Hollande com a atriz Julie Gayet --, inclui no seu número desta semana um suplemento especial de quatro páginas onde Philippot surge em Viena acompanhado pelo alegado companheiro, identificado como "um jornalista de televisão" e que surge com o rosto dissimulado.
Joffrey Bollée, chefe de gabinete de Philippot, disse em declarações à agência Efe que o político "não vai reagir a informações da imprensa cor-de-rosa", mas adiantou que vai "provavelmente" vai processar a publicação por "atentado à vida privada".
Uma ideia depois confirmada pela líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, como noticiado pela edição online do L'Express.
Em declarações ao programa de rádio Europe 1, que serão integralmente emitidas no sábado, Marine Le Pen considerou entretanto tratar-se de "um atentado muito grave contra as liberdades individuais".
Em janeiro, a mesma revista publicou as fotos que evidenciavam a relação do Presidente francês François Hollande com a atriz Julie Gayet, e que motivou a rutura com a então primeira-dama, Valérie Trierweiler.
Philippot, 33 anos, considerado muito próximo de Marine Le Pen, aderiu à FN em 2010 e tornou-se num dos responsáveis pela sua estratégica de comunicação e num dos conselheiros mais próximos da presidente do partido.
* Não somos homofóbicos mas esta história tem a sua graça, o partido mais xenófobo de França tem como vice-presidente um homossexual, que como qualquer ser humano tem direito à privacidade da sua orientação sexual.
Um vendaval debaixo de saias.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Revista revela que vice da Frente Nacional é 'gay'. Marine Le Pen reage com processo
"Closer" escreve que Florian Philippot, do partido de extrema-direita
francesa que se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, é
homossexual. Líder da FN anuncia que vai processar revista.
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A revista francesa "cor-de-rosa" Closer revelou hoje a suposta homossexualidade de um dos vice-presidentes, Florian Philippot, do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), que se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A Closer, que habitualmente publica reportagens fotográficas sobre situações de intimidade entre a classe política francesa -- foi esta publicação que revelou o 'affaire' do Presidente François Hollande com a atriz Julie Gayet --, inclui no seu número desta semana um suplemento especial de quatro páginas onde Philippot surge em Viena acompanhado pelo alegado companheiro, identificado como "um jornalista de televisão" e que surge com o rosto dissimulado.
Joffrey Bollée, chefe de gabinete de Philippot, disse em declarações à agência Efe que o político "não vai reagir a informações da imprensa cor-de-rosa", mas adiantou que vai "provavelmente" vai processar a publicação por "atentado à vida privada".
Uma ideia depois confirmada pela líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, como noticiado pela edição online do L'Express.
Em declarações ao programa de rádio Europe 1, que serão integralmente emitidas no sábado, Marine Le Pen considerou entretanto tratar-se de "um atentado muito grave contra as liberdades individuais".
Em janeiro, a mesma revista publicou as fotos que evidenciavam a relação do Presidente francês François Hollande com a atriz Julie Gayet, e que motivou a rutura com a então primeira-dama, Valérie Trierweiler.
Philippot, 33 anos, considerado muito próximo de Marine Le Pen, aderiu à FN em 2010 e tornou-se num dos responsáveis pela sua estratégica de comunicação e num dos conselheiros mais próximos da presidente do partido.
* Não somos homofóbicos mas esta história tem a sua graça, o partido mais xenófobo de França tem como vice-presidente um homossexual, que como qualquer ser humano tem direito à privacidade da sua orientação sexual.
Um vendaval debaixo de saias.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
A3 e-tron ecológico
Audi começa a fazer caminho no mundo dos automóveis híbridos plug-in
O início de 2015 marca a entrada no mercado português do novíssimo
Audi A3 e-tron, primeiro automóvel híbrido plug-in da marca alemã. O
espírito ecológico e a necessidade da diminuição da “fatura” das
emissões de CO2 podem ser explicações para este passo, mas não são as
únicas.
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No caso de Portugal, este género de automóveis – a par
dos elétricos puros – terá em 2015 uma fiscalidade mais “amiga” (há
incentivos fiscais), pelo que ao apelo dos clientes particulares pode
juntar-se a lógica menos poluidora das próprias empresas e respetivas
frotas automóveis.
O novo A3 e-tron alia motor de combustão
(1.4 TFSi gasolina) a motor elétrico e segue opção distinta de outros
híbridos. Aqui, para lá da natural combinação de potências, que lhe
confere interessantes 204 cavalos, o que está em causa é também a
proposta de maior mobilidade. Não só porque o e-tron pode circular até
um máximo de 50 km em modo exclusivamente elétrico, mas também porque é
possível carregar a bateria que serve o motor elétrico – tempos de carga
entre as 3h45m (rede doméstica) e as 2h45m (industrial). A autonomia
anunciada para o novo Audi é de 940 quilómetros, valor assinalável e
que, cumprindo naturalmente modos de condução tranquilos, torna esta
versão muito interessante em termos de consumos.
Claro que a Audi não fez quaisquer concessões relativamente à
personalidade do A3 Sportback. É por isso que se mantém o perfil
desportivo do exterior, onde alguns pormenores distintivos explicam que
este é um e-tron. O estilo “premium” dos interiores – aqui reforçados
com as tecnologias subjacentes a um carro híbrido, como é o caso do
computador de bordo específico – é outro fator a reter. O preço
(€43.000) estará de acordo com a tecnologia. Pode ainda ser pouco
acessível, mas o caminho faz-se... caminhando.
O "segredo" está por detrás dos anéis
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A solução encontrada pela Audi para a entrada da energia elétrica
aquando do carregamento passou por colocar a tomada na dianteira do A3. O
logo dos anéis instalado na grelha “singleframe” é rebatido para fora e
para a esquerda, desvendando o local onde inserir a ficha. Os tempos de
carregamento variam, consoante a ligação seja feita através da rede
doméstica ou de tomada industrial.
Logo específico para marcar diferença
•
A marca germânica estabeleceu diferenças no exterior do A3 Sportback
e-tron de modo a distingui-lo das versões, digamos, convencionais. A
sigla “e-tron” surge no portão da bagageira, identificando o híbrido
plug-in e sublinhando outras especificidades que partem do nível de
equipamento “sport”. Os faróis dianteiros em LED e o pára-choques
exclusivo são alguns exemplos.
Modos de condução puxam pela autonomia
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A imagem que publicamos abaixo dá uma ideia da forma como funciona o
e-tron em situação de velocidade constante. O sistema serve-se da
bateria para dar potência ao motor elétrico e este junta-se ao motor de
combustão para otimizar a potência. A travagem regenera a energia da
bateria. A Audi refere autonomia total de 940 quilómetros.
* Uma informação técnica pormenorizada.
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Por isso, o documento recomendar reformar os procedimentos de abordagem ás queixas das vítimas proporcionando assistência em lugar de confronto, bem como pede a abertura, perante eventuais juízos, neste tipo de casos.
Francis Sullivan, diretor executivo do Conselho, admitiu que o caso poderá, agora, gerar polémica entre os líderes religiosos, mas insistiu que o seu organismo atuou com independência.
Em 2012, a Igreja Católica confirmou 620 casos de abusos sexuais contra menores cometidos na Austrália por sacerdotes desde a década de 1930, numa revelação inédita no país.
No mesmo ano, a polícia de Nova Gales do Sul acusou a Igreja de encobrir estes delitos, silenciar as investigações e destruir provas cruciais para evitar processos judiciais.
As autoridades criaram uma comissão de investigação sobre as respostas institucionais face aos abusos a menores cometidos em instituições sociais, religiosas e públicas.
* Não é apenas o celibato dos padres, é a estrutura organizacional do império religioso.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Igreja australiana liga celibato
dos padres a abusos sexuais
A Igreja Católica australiana vinculou, pela primeira vez, os votos de celibato obrigatório dos sacerdotes como fator que pode ter contribuído para os abusos sexuais de menores, revela um documento publicado esta sexta-feira.
"O
celibato obrigatório pode ter contribuído para o abuso em algumas
circunstâncias", assinala o texto do Conselho de Justiça que coordena a
posição da Igreja Católica à comissão governamental que analisa a
resposta das instituições australianas aos abusos sexuais a menores no
seio das entidades estatais, sociais e religiosas.
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O
documento também admite que alguns líderes religiosos, aparentemente,
ignoraram os abusos nas ordens e nas dioceses e tentaram proteger a
reputação da Igreja Católica em vez de velarem pelo bem-estar dos
menores, acrescenta a agência APP.
Por isso, o documento recomendar reformar os procedimentos de abordagem ás queixas das vítimas proporcionando assistência em lugar de confronto, bem como pede a abertura, perante eventuais juízos, neste tipo de casos.
Francis Sullivan, diretor executivo do Conselho, admitiu que o caso poderá, agora, gerar polémica entre os líderes religiosos, mas insistiu que o seu organismo atuou com independência.
Em 2012, a Igreja Católica confirmou 620 casos de abusos sexuais contra menores cometidos na Austrália por sacerdotes desde a década de 1930, numa revelação inédita no país.
No mesmo ano, a polícia de Nova Gales do Sul acusou a Igreja de encobrir estes delitos, silenciar as investigações e destruir provas cruciais para evitar processos judiciais.
As autoridades criaram uma comissão de investigação sobre as respostas institucionais face aos abusos a menores cometidos em instituições sociais, religiosas e públicas.
* Não é apenas o celibato dos padres, é a estrutura organizacional do império religioso.
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MARIA JOÃO AVILEZ
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IN "OBSERVADOR"
11 /12/14
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A realidade
Não são valsas ou polcas que me ocupam: do que se trata é, uma vez mais, “da” realidade. Quem ganhar as eleições é com ela e segundo ela que vai governar. Como está já a fazer Dilma, mesmo contrafeita
1.Pouco se deu por isso. As deslocações a Évora e os festejos de Soares
quase taparam um facto político interessante, ocorrido há dias e em
português, embora numa geografia mais longínqua, do outro lado do
Atlântico. Falo do novo governo de Dilma, obviamente já referenciado
entre nós ma non troppo. Pelo menos não como merecia ou impunha
uma história política tão forte (ou será mais exemplar do que forte?) e
ela começa, não por acaso, com um cavalheiro chamado Joaquim Levy.
Quem é Levy? É um cinquentão, engenheiro naval, doutorado em Economia
pela Universidade de Chicago e fiscalista reputadíssimo. Trabalhou para
o FMI, esteve Banco Central Europeu, foi secretário do Tesouro no
Governo Lula, era director do Bradesco. Apesar do sorriso ameno e dos
modos afáveis, pratica uma ortodoxia agressiva e usa mão de aço nas
contas. Dilma viu-se obrigada a ir buscá-lo para salvar o Brasil, a
partir do Ministério da Fazenda. Digo bem, “salvar”: o país afogava-se
na ilusão do crescimento a crédito e tão forte era a ilusão que a
hesitação inicial de Levy em aceitar o convite residia exclusivamente no
medo de que a Presidente estivesse a anos luz das medidas que o estado
das coisas reclamava.
O novo ministro da Fazenda, que fora conselheiro económico do PSDB,
partido de Aécio Neves, costumava repetir ao rival de Dilma Rousseff na
corrida presidencial que não tropeçasse em promessas do foro económico e
financeiro: nem durante a campanha nem sobretudo depois, se a ganhasse.
Não ganhou mas Dilma bateu-lhe à porta. Precisava de mão e de chão
debaixo das contas públicas, tal o desvario em que o seu governo as
tinha deixado.
Há outros nomes do novo executivo da presidente que casam bem com a,
digamos, escola de Joaquim Levy, mas mesmo que não houvesse, o próprio
Levy se encarregaria de não deixar desafinar o coro ministerial na
prioridade do controlo da despesa pública: a Fazenda já anunciou aos
brasileiros uma mudança de cabo na orientação da política económica,
mais a sua procissão de novidades amargas, a que Levy dá o mais prudente
nome de “medidas necessárias”.
Apanhadas de surpresa pela “austeridade” que subitamente entrou em
cena, as mais assanhadas tropas do PT rangem os dentes e engolem
impropérios. Nada que espante. Ou enfim, nada de muito novo: há
histórias que se repetem, o Brasil está a começar uma saga que
conhecemos de cor. Os meus amigos brasileiros com quem tenho dialogado
nos últimos dias dividem-se porém sobre a origem do mal: começou com
Lula ou foi o populismo imprevidente de Dilma – e a batota que fez na
apresentação das contas – que causaram semelhantes rombos no navio
almirante que é o Brasil?
Seja como for, o que aqui é novo é que… não há Alemanha. E como tal
não se pode culpar Angela Merkel pela exigência de severas medidas de
contenção, nem acusá-la de ser a má da fita pela simples razão de que o
PT só pode bater o pé a si mesmo. Nem tão pouco haverá “Europa” para
onde partir para reclamar renegociações de dívidas ou mimos semelhantes.
A Alemanha de Dilma chama-se realidade e era aqui que eu queria
chegar. À realidade das coisas serem como são. Ao peso dessa realidade
na política, à sua função de encenadora e produtora de escolhas,
caminhos e agendas governamentais.
2. Anda por aí uma discussão que divide espíritos e anima gentes
sobre a “viragem à esquerda” do Partido Socialista, agora com Costa ao
leme. Há os que a adivinham com mal contida ansiedade, os que a
exorcizam porque francamente a temem, os que ironizam face ao absurdo de
coligações governamentais de esquerda que nunca houve. É certo que o
volume dos decibeis de esquerda aumentou para o triplo na voz de
radicais empertigados que querem ser alguém, ou que o tom é por vezes
épico na atabalhoada defesa de impossíveis.
Mas apesar de tal alarido não vaticino um caderno de encargos de
esquerda numa governação socialista no caso (ainda duvidoso) de vitória
legislativa daqui a dez meses. Não vaticino, nem antevejo. Não por
“preferir” que o PS se alie à sua direita ou sequer por saber (vem nos
compêndios de ciência política) que se António Costa se exibe hoje à
esquerda, valsará velozmente para o centro quando chegarem as vindimas
eleitorais, iniciando uma polca mais para o seu lado direito, caso venho
a formar governo. Está inscrito na ordem das coisas, foi o que quase
linearmente sucedeu entre nós, em 40 anos de vida política, com os
governos do PS e é isso que vai ocorrendo com governos de “esquerda” por
essa Europa fora e por esses “socialismos” dentro.
Não são porém valsas ou polcas que me ocupam agora: do que
verdadeiramente se trata – ou irá tratar – é, uma vez mais, “da”
realidade. Quem ganhar as eleições é com ela e segundo ela que terá de
governar. Como está já a fazer a Presidente brasileira, mesmo que
contrafeita e ainda surpresa.
Esta semana mesmo François Hollande (sempre ele) preparava-se para
apresentar legislação que viesse a “agilizar” os despedimentos, o que
não é dizer pouco. E na sempre evocada Itália já por mais de uma vez
Renzi teve milhões de pessoas nas ruas reclamando contra medidas
restritivas que ele nem anunciara, nem jamais tinham constado do seu
programa político. Nem – pior – tinham sequer alguma vez passado pela
cabeça dos militantes, simpatizantes e italianos em geral, que há meses
tanto o incensaram. Esses mesmos que na rua vieram depois a esbarrar,
contrafeitos ou furiosos, no muro da realidade.
Quem não se lembra de Renzi e Hollande genuinamente convictos, ambos,
de que com eles no comando político, a agenda seria de esquerda, e
todas as austeridades se esfumariam porque a Alemanha se convenceria a
ser gentil para com eles? Depois, passo a passo, as coisas foram
simplesmente o que a realidade (a que ainda vigora na União Europeia)
mandou que fossem. Nem mais, nem menos.
Tal como Dilma, António Costa descobrirá que assim é. E por isso a
questão não reside tanto no perceber com quem se aliará – que coligações
ou gestos políticos fará –, mas em saber se, sim ou não, ele será capaz
de governar com a contenção e os apertos que o outono de 2015 lhe
impuser. Não parece porque nada o indica e sabe Deus com que
ingredientes e cores estará pintado o próximo outono. No caso de Dilma
Rousseff, as cores são sombrias: além da imposição vexatória que sofreu
para que operasse uma vigorosa viragem governamental, o processo do
“Petrolão”, em curso judicial no Brasil, não deixará de provocar danos
fatais em governantes e políticos do PT. Ou seja, estamos conversados
sobre o mau momento que vive hoje a esquerda no país dos nossos
(supostos) irmãos.
3. Caim e Abel? Ou estarei a ser demasiada dura com um, demasiado bondosa com o outro?
Mas a sua exibição esta semana, à vez, ao vivo e em directo, não nos
deve iludir. Nada disto é do domínio da moral como deveria ser, e um dia
poderá ser que seja. De momento é sobretudo um combate impiedoso,
implacável e pessoal, com as instituições políticas chamadas a intervir
para explicitar, mas acudindo afinal, consciente ou insconscientemente,
voluntária ou involuntariamente, a cada lado do confronto, através das
suas primeiras e segundas figuras. E do grupo de representantes da
nação, municiados de dossiers e zelo, onde também alguns deles por vezes
nos surgem como possíveis pertenças dos exércitos de cada um dos
ferozes protagonistas.
Seja qual for porém a caracterização com que se tente definir esta
história, uma pergunta ficará para sempre a pairar no ar do nosso tempo:
como foi possível chegar até aqui? À realidade que tudo isto configura e
tão despudoradamente, desgostantemente, expõe?
IN "OBSERVADOR"
11 /12/14
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Estado é (quase) sempre o pior pagador
Num mundo ideal, pagar a horas significaria diminuir drasticamente a morte das empresas
Em Portugal, mais de nove mil empresas poderiam ser salvas
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ONTEM NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Quando o atraso nos pagamentos
provoca a morte das empresas
De acordo com um estudo recente publicado pela Comissão
Europeia, que pretende aferir o impacto económico dos pagamentos em
atraso em vários países europeus – com especial incidência na Itália,
Grécia, Espanha e Portugal – a gravidade desta problemática atingiu
proporções preocupantes ao longo da crise financeira de 2008. Todavia, e
mesmo com algumas ligeiras melhorias, registadas nos dois últimos anos,
a relação directa desta realidade com a taxa de mortalidade das
empresas continua a constituir um enorme obstáculo, em particular para
as economias mais vulneráveis
Os atrasos nos pagamentos entre empresas (B2B) e nas transacções entre o Estado e as empresas (G2B) possuem efeitos adversos no cash-flow
das empresas, obrigando, na maioria dos casos e em particular no que
respeita às de menor dimensão, a extensões de crédito a descoberto e ao
aumento das suas necessidades de financiamento via empréstimos. Os
atrasos nos pagamentos das dívidas comerciais têm igualmente um papel
principal na sobrevivência das empresas, na medida em que a sua liquidez
pode ser severamente afectada, forçando até, em muitos casos, à sua
própria retirada do mercado. A importância desta questão tornou-se ainda
mais relevante ao longo da crise económica e financeira na medida em
que o acesso ao crédito foi significativamente restringido.
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A Comissão Europeia publicou, em Setembro último, um estudo que visa abordar o impacto económico dos pagamentos em atraso,
com particular incidência nos quatro países que mais fustigados foram
pela crise – Itália, Espanha, Grécia e Portugal – procurando
estabelecer, no mesmo, uma estimativa dos custos financeiros decorrentes
desta realidade para as empresas e uma ligação empírica entre o atraso
nos pagamentos e a taxa de mortalidade das empresas. Todavia, a análise
econométrica que deu origem a este estudo utiliza dados referentes a um
conjunto alargado de Estados-membros, o que permite que os resultados
sejam extensíveis aos demais países da União Europeia.
Estado é (quase) sempre o pior pagador
A importância dos créditos comerciais, ou seja, daqueles que aceitam o
pagamento depois da “oferta” de bens e serviços, aumentou
consideravelmente ao longo da crise económica e financeira. E no
seguimento da necessidade de se restaurar os balanços das empresas
devido a esta mesma crise, o problema nos atrasos dos pagamentos
tornou-se muito mais urgente. Na verdade, e de acordo com os dados
existentes para Espanha, Itália e Portugal, é notório que os atrasos nos
pagamentos entre empresas e entre estas e o Estado agudizaram-se
sobremaneira com a denominada Grande Recessão.
Obviamente que esta
realidade afecta de forma mais brutal as pequenas e médias empresas,
nomeadamente os seus cash-flows, os seus custos financeiros, em
conjunto com a enorme incerteza que nelas gera enquanto credoras. No
geral, a proporção de empresas que identifica os atrasos nos pagamentos
como uma barreira aumenta em proporção directa com a menor dimensão das
mesmas, sendo que 47% das microempresas os interpretam como um enorme
problema versus apenas 35% das empresas de grande dimensão.
Estes atrasos dão origem a condições financeiras muito mais
restritiva e a um aumento dos custos administrativos e financeiros, na
medida em que o financiamento externo pode vir a ser necessário para a
gestão do cash-flow. Não é assim de estranhar que estes atrasos
possam resultar em insolvências e falências, o que significa que as
empresas são obrigadas a deixar o mercado, “morrendo”. Este efeito é
mais claro no caso em que é o Estado o grande devedor, sendo o efeito
líquido dos pagamentos em atrasos nas transacções B2B, a priori,
menos intuitivo na medida em que, apesar de ter um efeito negativo nos
credores, no que diz respeito aos devedores, a consequência é inversa.
O paper em causa aborda assim os custos dos atrasos nos
pagamentos tanto nas transacções B2B, como nas G2B, estimando o custo
financeiro que o mesmo impõe, em conjunto com o efeito na “morte” das
empresas na medida em que as “empurra” para fora do mercado.
Uma das primeiras conclusões do estudo sublinha a heterogeneidade no
que respeita ao prazo médio de pagamentos e aos seus atrasos entre os
diversos Estados-membros. No que respeita às transacções G2B, Itália,
Portugal, Grécia e Espanha são os países que pior performance demonstram
em ambos os critérios. As autoridades públicas em países como a
Finlândia, a Estónia, a Suécia, a Dinamarca e a Alemanha são, por seu
turno, os que se destacam, entre todos os Estados-membros, pela
positiva.
Com a Alemanha a servir como referência, o efeito da crise em termos
de atrasos nos pagamentos é perfeitamente visível em Espanha, Grécia e
Itália e Portugal, com o país da senhora Merkel a demonstrar uma
significativa melhoria, no que aos pagamentos do Estado diz respeito, e
mesmo ao longo de todo o período de crise. Um outro gráfico que consta
do estudo comprova igualmente que, tanto em termos de prazo médio de
pagamento, como dos atrasos, entre empresas, Itália, Chipre, Espanha,
Portugal e Grécia são os mais “mal-comportados”, sendo que no top dos
melhores se encontram a Finlândia, a Roménia, a Alemanha, a Áustria e a
Dinamarca. O paper realça, contudo, que apesar de o problema se ter agravado com a crise financeira em alguns dos piores performers,
os dois últimos anos demonstraram algumas melhorias. E, em todos os
gráficos analisados, o Estado ocupa sempre o lugar de pior pagador
quando comparado com as transacções efectuadas entre empresas.
Num mundo ideal, pagar a horas significaria diminuir drasticamente a morte das empresas
Para estimar o efeito dos atrasos nos pagamentos na taxa de
mortalidade das empresas, o estudo em causa levou em linha de conta um
painel de dados anuais de 17 Estados-membros da UE, cobrindo nove
sectores e o período entre 2005 e 2010. E apesar de este paper
se concentrar nas reformas realizadas em Itália, Espanha, Grécia e
Portugal (depois deste período), a análise econométrica é feita a partir
de dados relativos a uma amostra mais ampla dos países da UE,
nomeadamente a Áustria, Bélgica, República Checa, Alemanha, Dinamarca,
Estónia, Espanha, Finlândia, França, Hungria, Itália, Holanda, Polónia,
Portugal, Suécia, Eslováquia e Reino Unido, sendo que as “elasticidades”
estimadas se referem, assim, à média dos efeitos sentidos na própria
União Europeia.
Os retrocessos são analisados separadamente no que respeita ao
impacto na taxa de “saída” das empresas do mercado devido aos atrasos
dos pagamentos tanto nas transacções B2G como nas B2B – na medida em que
poderia ser argumentado que os atrasos nos pagamentos no sector privado
não são independentes dos atrasos nos pagamentos no sector do Estado,
“pormenor” que o autor do estudo leva em consideração. Todavia, este
facto reforça a ideia que o efeito dos pagamentos com atraso por parte
do Estado e relativamente às empresas privadas pode gerar repercussões
em outras empresas (sob a forma também de atrasos nos pagamentos no
segmento B2B). Existe igualmente uma diferença entre a dimensão das
empresas que se envolvem em cada um dos tipos de transacções: por um
lado, porque nas transacções entre as autoridades nacionais e as
empresas privadas, assiste-se, em regra, a uma sobre-representação das
de maior dimensão; por outro, porque as operações entre as empresas
privadas têm maior probabilidade de afectar as pequenas e médias
empresas e, consequentemente, os negócios que com mais facilidade
poderão vir a ser extintos.
Apesar de o autor sublinhar a falta de dados no que respeita à
representação das PME nas transacções B2B, entre 2006 e 2008, 66% do
valor total dos contratos públicos foram adjudicados a empresas de
grande dimensão.
Adicionalmente, o sinal esperado dos efeitos dos atrasos nas empresas
não é tão directo como no caso da administração pública devido ao facto
de as transacções privadas envolverem dois agentes, um credor e outro
devedor. Um sinal positivo seria esperado se, por exemplo, as PME
caíssem na categoria dos credores e as grandes empresas agissem como
devedoras. Mas a verdade é que a questão do atraso nos pagamentos tende,
de longe, a representar uma taxa de turnover muito superior
nas PME, sendo que estas são também muito mais vulneráveis a problemas
de liquidez devido ao acesso mais dificultado ao crédito que têm. Assim,
os resultados sugerem que o atraso nos pagamentos causam, a estas
empresas, um fardo financeiro muito mais pesado, o qual pode obrigar,
consequentemente, à sua saída do mercado.
No que respeita às transacções B2B, os resultados empíricos
demonstram que o atraso é estatisticamente significativo e possui um
impacto prejudicial na medida em que aumenta a taxa de saída do mercado:
a redução de um ponto no rácio de atraso dos pagamentos reduziria as
taxas de mortalidade das empresas em cerca de 2.8 a 3.4 pontos
percentuais. Por seu turno, nas transacções G2B, o mesmo efeito
estatístico significativo dos atrasos nos pagamentos também se comprova –
um ponto de redução no rácio de atraso conduz a um decréscimo nas taxas
de saída de cerca de 1.7 a 2 pontos percentuais. Todavia, o efeito é
mais reduzido do que nas transacções B2B, o qual poderá dever-se à
diferente representação das PME nos dois tipos de transacções.
Em Portugal, mais de nove mil empresas poderiam ser salvas
Para avaliar a relação directa entre os atrasos nos pagamentos e a
taxa de mortalidade das empresas nos quatro países em causa, o autor
socorreu-se de dois cenários possíveis.
O primeiro olha para os progressos desde 2010, e compara as
alterações ocorridas entre este ano e 2013 no rácio de atraso de
pagamentos por país. O cenário, simulado para Itália, Espanha e
Portugal, mostra que a um dia a menos nos atrasos de pagamentos
corresponde uma redução estimada de 0.08 pontos percentuais em termos de
mortalidade das empresas (B2B) e de 0.52 pontos percentuais nas
transacções G2B.
O segundo cenário, obvia e infelizmente hipotético, prevê o impacto
da redução total dos atrasos nos pagamentos – para zero – de acordo com
os atrasos médios relativos a 2010 para cada país. No caso específico
português, este cenário ideal representaria um decréscimo da taxa de
mortalidade das empresas de cerca de 16,78% (B2B) e de 16,27% para as
transacções entre o Estado e as empresas privadas. Nos três países
especificamente analisados, os ganhos observados seriam substanciais,
com especial relevância para o nosso país, o qual é apontado como o
território que mais teria a ganhar com este cenário, na medida em que o
país apresenta os mais reduzidos termos contratuais comparativamente a
Espanha e à Itália.
Como adverte também o estudo, os números apresentados em termos de
percentagem parecem pouco significativos. Mas, se olharmos para a
magnitude desta redução, em termos de quantidade de empresas que seriam
salvas e se as taxas de mortalidade fossem reduzidas em um ponto
percentual (nos vários sectores analisados), a Itália acusaria uma
redução de mortalidade que se cifraria em 41,415 empresas, ao passo que
em Portugal e em Espanha a redução seria de 9,373 e de 31,747
respectivamente.
As conclusões deste estudo estão, assim, em linha, com a lógica
económica e sugerem que os atrasos nos pagamentos em termos de
transacções comerciais tanto no sector público como nas entidades
privadas possuem impactos verdadeiramente prejudiciais no ambiente de
negócios, em particular ao exacerbarem o fardo de empresas já
financeiramente vulneráveis, o que as pode obrigar a desaparecer do
mercado.
Por outro lado, o custo financeiro em termos do PIB imposto pelos
atrasos nos pagamentos por parte do Estado é elevado, sendo “liderado”,
na União Europeia, por países como a Grécia, Portugal, Itália e Espanha.
A notícia menos má é a redução do rácio existente entre os atrasos e os
termos contratuais em Portugal, e também na Itália, observados em 2013,
o que poderá traduzir-se em menos “extinções” de empresas. A situação
não melhorou em Espanha, o que poderá indicar que os efeitos das medidas
recentes de combate a estes atrasos não são ainda observáveis em termos
de dados.
Nota: De acordo
com o autor do estudo, as análises que visam quantificar os custos
económicos do problema dos atrasos nos pagamentos são muito limitadas.
Todavia, o responsável por este paper, William Connell,
analista económico e membro do Directorate-General for Economic and
Financial Affairs (ECFIN), utilizou dados contidos num projecto
elaborado pelo próprio ECFIN, cujas principais conclusões são
apresentadas num outro relatório intitulado “Market Reforms at work in Italy, Spain, Portugal and Greece”, European Economy 5|2014. Caso pretenda fazer uma análise mais aprofundada do estudo aqui resumido, consulte O impacto económico dos pagamentos em atraso.
* Um excelente texto, quanto mais vezes o ler mais aprende!
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HOJE NO
"DESTAK"
"DESTAK"
Relação com cuidador influencia
criança institucionalizada
Cuidadores mais sensiveis tornam as crianças mais desinibidas socialmente.
As crianças institucionalizadas que lidam com cuidadores mais sensíveis apresentam uma desinibição social mais apropriada aos diferentes contextos, bem como padrões de relacionamento mais saudáveis, conclui um estudo das universidades do Minho, Califórnia (EUA) e College London (Reino Unido), que teve honras de publicação na revista International Journal of Behavioral Development.
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O trabalho teve por base o acompanhamento de 72 crianças com idades compreendidas entre os três e os seis anos, institucionalizadas durante um período médio de 19 meses. Para avaliar mais especificamente a influência dos cuidados prestados e da relação cuidador-criança em contexto de institucionalização, foram também entrevistados os cuidadores favoritos de cada uma das crianças.
As crianças que tinham uma preferência mais clara pelo seu cuidador também exibiram menos dificuldade em demonstrar seletividade na relação com os cuidadores, bem como maior facilidade em recorrer a eles como fonte de conforto, realça Paula Oliveira, autora principal do estudo, coordenado por Isabel Soares, presidente da Escola de Psicologia da UMinho, em colaboração com Pasco Fearon, da Universidade College London, e Jay Belsky, da Universidade de Califórnia, Davis.
«Os resultados reiteram a conexão entre institucionalização e comportamentos de vinculação perturbados e contribuem para a identificação das características de natureza relacional envolvidas na etiologia deste tipo de perturbação», acrescenta a investigadora vimaranense.
* Cuidadores precisam-se!
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HOJE NO
"i"
"i"
Homens são mais idiotas que as mulheres
(É o que dizem os investigadores)
"Teoria da idiotice masculina"
Um
estudo publicado no British Medical Journal concluiu que os homens são
mais idiotas do que as mulheres. Segundo investigadores britânicos,
trata-se da teoria da idiotice masculina.
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"De acordo com a teoria da idiotice masculina muitas das diferenças
nos comportamentos arriscados, admissões nas urgências, e mortalidade
podem ser explicadas pelo facto de que os homens são idiotas e idiotas
fazem coisas estúpidas", revela Dennis Lendrem.
Ao investigar dados sobre mortes absurdas, descobriram a maioria são
casos que envolvem homens. Entre 318 mortes, 282 são óbitos masculinos.
* Está dito, não é muito abonatório...
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* Uma visita necessária!
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Museu vence prémio
O Museu Cosme
Damião recebeu, esta sexta-feira, no auditório do Museu da Farmácia na
Associação Nacional de Farmácias, a cerimónia dos Prémios APOM
(Associação Portuguesa de Museologia), o prémio de melhor museu
português de 2014.
O Museu Cosme Damião foi inaugurado a 29 de julho de 2013, tem cerca de 4.000 m2 e já recebeu mais de 80 mil visitantes.
* Uma visita necessária!
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Colheitas de sangue diminuiram
6%, instituto quer chamar mais
jovens à dádiva
O Instituto Português do Sangue revelou hoje que, a 31 de outubro, havia
menos 6% de dadores inscritos do que no mesmo mês do ano anterior, e
destacou a necessidade de angariar mais novos dadores, para precaver o
futuro.
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"Tivemos uma diminuição de 6% de colheitas efetivas, o que correspondeu a
menos 10.527 colheitas", disse à Lusa o presidente do Instituto
Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Hélder Trindade.
O responsável salientou, no entanto, que nesse mesmo período o país
também gastou menos sangue, em grande parte porque as cirurgias são cada
vez menos invasivas.
Assim, de acordo com os dados do IPST, o país consumiu por dia menos
104,8 unidades de sangue, tendo o instituto fornecido menos 30 unidades
por dia.
A "Campanha 1.ª vez", hoje apresentada, é muito dirigida aos jovens,
razão por que conta com a participação da cantora Luísa Sobral, e estará
brevemente em 'spots' televisivos e de rádio. "O objetivo é chamar a
atenção dos jovens, para compensar as perdas que temos tido. Não
sentimos que perdemos a juventude, conseguimos manter, mas não é
suficiente", afirmou Helder Trindade.
Em 2013 houve 26.760 dadores de primeira vez, que representaram 19% do
total de dadores, acrescentou. "O problema é que não podemos pensar só
no dia de hoje, porque o país está a envelhecer e a emigração, que não
conseguimos travar, atinge as camadas mais jovens", explicou o
presidente do IPST.
Esta é, por isso, uma campanha mais virada para o futuro e para a
prevenção, até porque, além do envelhecimento da população e da
emigração, "não há apetência à dádiva" por uma série de outros fatores,
como "o preço dos transportes, as dificuldades das empresas e a situação
social".
* Dar sangue é dar vida!
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Cimeira das Nações Unidas termina
(outra vez) em clima de frustração
Ao fim de uma semana a debater as bases
para um acordo que substitua o Protocolo de Quioto, os líderes mundiais
não se conseguiram entender.
A expectativa era considerável, maior do que costuma ser
neste tipo de cimeiras. Mas saiu, mais uma vez, frustrada. A cimeira das
Nações Unidas para a energia e o clima termina hoje e, ao fim de dez
dias debater um novo acordo climático internacional, os negociadores dos
vários países só conseguiram entender-se em relação a um parágrafo.
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O acordo climático que os líderes mundiais procuram visa substituir o
extinto Protocolo de Quioto, cuja validade expirou em 2012, não havendo
desde então nenhuma convenção a nível mundial sobre regras ambientais
como, por exemplo, os limites de emissões de gases com efeito de estufa.
Nas semanas anteriores à cimeira, que hoje termina em Lima, no Peru,
os líderes mundiais foram alimentando o optimismo, falando de um "ímpeto
crescente" para finalmente se atacar o problema das alterações
climáticas. Mas o texto que está a ser redigido para a conclusão da
cimeira, que servirá de base ao tratado climático que deverá ser
assinado em Paris no próximo ano, não reúne consenso dos negociadores.
Em 100 páginas, só há acordo num parágrafo.
"O progresso está a ser muito mais lento do que queremos e
precisamos", disse o comissário europeu para as Alterações Climáticas,
Miguel Arias Cañete, acrescentando que "é difícil os ministros
entenderem-se num texto de 100 páginas". Cañete está a negociar em nome
da União Europeia, que já definiu o seu próprio tratado interno, a
vigorar nos 28 Estados-membros, sobre as metas climáticas - impõe uma
meta de redução de 40% das emissões de CO2 até 2030.
* Os políticos internacionais são uma grande decepção, estão demasiado comprometidos com o dinheiro.
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