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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
15/11/2014
RUI RAMOS
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IN "OBSERVADOR"
12/11/14
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António Costa
não é de esquerda
Em Portugal, já não há direita e esquerda, mas só governo e oposição,
isto é, os que têm de se reger pelo dinheiro que há, e os que podem
fingir que não tem de ser assim.
António Costa revelou a sua Agenda para a Década, e foi uma alegria
entre o jornalismo de esquerda. Aplausos, simpatia, adesão.
Sinceramente, não percebo. É verdade: a Agenda condena muitas vezes a
“austeridade”. Mas Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix também.
O texto
de Costa não é um texto de esquerda. É um texto de oposição. Não pode,
por isso, ser lido separadamente do Orçamento da Câmara de Lisboa. E o
que está aí? Impostos, cortes, privatizações – a austeridade que a
Agenda condena. É então Costa de direita quando está à varanda do
município? Não. Não há um Costa de esquerda e um Costa de direita. Há um
Costa na oposição e um Costa no governo (municipal).
Isto é o PS, dirão alguns. Não, não é o PS. Ou não é só o PS. São
todos os partidos. O PCP também é uma coisa no parlamento, e outra na
Câmara de Loures, onde Bernardino Soares poupa e corta.
Mas o próprio PSD também foi outra coisa na oposição ao último governo
socialista, durante o desfile dos PECs entre 2010 e 2011: rejeitava
então a “austeridade” (a não ser para as “gorduras” do Estado) e
acreditava no “crescimento” como verdadeira solução. Porque o PSD era,
há três anos, um partido de esquerda? Não, porque o PSD estava na
oposição, sem os constrangimentos do governo.
Lembremos a evolução dos impostos directos per capita nos últimos dez anos: 1094 euros em 2001; 1096 em 2005; 1425 em 2011; 1665 em 2013 (recorde). Lembremos a progressão da despesa social:
4,8 mil milhões de euros em 2001; 8,6 em 2005; 11,2 em 2011; 13,8 em
2013 (outro recorde). Onde está o “neo-liberalismo”, que, a crer na
oposição, já “destruiu” o Estado social? Onde estão, na escalada
consistente de despesas e de impostos durante quinze anos, as mudanças
para a esquerda ou as viragens para a direita, que tanto entusiasmam ou
afligem os editorialistas da nação? Os números não têm cores
partidárias.
O governo do país está apertado numa prensa implacável, de que uma
das peças é a falta de dinheiro, e outra os défices do Estado social.
Nenhuma declaração de fé ideológica, só por si, chegará para aliviar a
pressão. Contra a falta de dinheiro, nem o comunismo funcionou: em 1989,
o
muro de Berlim também caiu porque a Alemanha comunista estava à beira
da insolvência e prestes a impor uma austeridade que, segundo os seus
economistas, iria reduzir o nível de vida entre 25% a 30%.
Contra a ascensão da “despesa social”, nem a lendária Margaret Thatcher
foi totalmente efectiva: durante os seus governos, a despesa pública no
Reino Unido subiu, em média, 1,1% ao ano — e só a grande expansão
económica permitiu que diminuísse em termos do PIB. Não vale a pena
esperar que alguém em Portugal invente o que ninguém inventou. Os nossos
comunistas não são melhores do que os alemães de leste, nem os nosso
liberais mais finos do que os ingleses.
A falta de dinheiro traduz a
falta de crédito de uma economia que não cresce e de uma sociedade a
envelhecer. Os desequilíbrios do Estado social não são facilmente
corrigíveis, quando, como o Dr. Medina Carreira observava há dias, 80%
dos pensionistas recebem 1000 euros ou menos por mês, o que quer dizer
que quaisquer reduções seriam imediatamente ressentidas.
Não estou a dizer que esquerda e direita desapareceram. Continuam a
existir como polos filosóficos ou referências sentimentais. Mas a crise
tirou-lhes relevância política. Sim, António Costa deve ser de esquerda.
Depois de mais de trinta anos no Partido Socialista, não pode ser outra
coisa. Mas esquerda e direita só fazem politicamente sentido quando há
margem para opções, isto é, quando o risco de bancarrota ou de ruptura
social não é suficientemente forte para obrigar liberais a aumentar
impostos ou socialistas a vender património público (chamando-lhe, é
verdade, “activos não estratégicos”).
No Portugal de hoje, já não há direita e esquerda, mas apenas governo
e oposição, ou seja: de um lado, aqueles que, no governo, têm de se
reger pelo dinheiro e pela despesa que há; e do outro, os que, na
oposição, podem fingir que não tem de ser assim.
IN "OBSERVADOR"
12/11/14
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Mulheres indianas morrem devido a
. medicamentos contaminados
. medicamentos contaminados
Já morreram 15 mulheres indianas depois de terem sido submetidas a
uma cirurgia nos campos de esterilização do país. Aparentemente as
mortes terão sido causadas pelo medicamento dado às mulheres depois da
operação, noticia
o Guardian. O antibiótico contém um composto químico usado nos venenos
para ratos. Esta situação coloca em causa o programa de esterilização,
mas também a falta de regulamentação do setor farmacêutico no país.
Foram as fortes dores no estômago e os vómitos que levaram Shiv Kumari Yadav, uma mulher de 27 anos que se submeteu a uma cirurgia de esterilização, a uma clínica perto da aldeia onde mora. Os comprimidos que lhe deram na clínica depois da operação parecem ser os responsáveis pela indisposição desta indiana, pela hospitalização de dezenas de pessoas e pela morte de pelo menos 15 mulheres. Embora nem todas as pessoas envenenadas com fosfeto de zinco tenham estado nos campos de esterilização, todas estavam a tomar o mesmo antibiótico produzido pela indústria farmacêutica Mahawar.
Embora se declarem inocentes, tanto o dono da empresa com o filho foram detidos perante a possibilidade de contaminação dos medicamentos que distribuíam, noticia a Reuters. Já em 2012 a empresa tinha estado encerrada durante 90 dias depois de se ter descoberto que estavam a produzir medicamentos de menor qualidade, mas não chegou a perder a licença de atividade.
Algumas famílias dizem que as mulheres são forçadas a realizarem a cirurgia, mas Shiv Kumari Yadav admite que foi ela que escolheu submeter-se à intervenção por já ser mãe de três crianças. Yadav e o marido receberam dinheiro para poderem fazer a viagem de e para clínica de riquexó motorizado – um luxo que não poderiam suportar com o parco rendimento mensal que têm -, algumas mulheres recebem pela operação o equivalente ao salário de duas semanas. A esterilização é o meio mais eficaz de controlo populacional, é barato e não encontra as mesmas barreiras culturais, nem as mesmas dificuldades, que a contraceção. A Índia é o país com maior taxa de esterilização de mulheres, mas as mortes assombram esta tentativa de controlo da população – existe registo de 1.434 mulheres que morreram devido à cirurgia entre 2003 e 2012, mas não se conhece a dimensão dos casos que terão ficado por reportar.
Além dos medicamentos contaminados, o procedimento nos campos de esterilização não está livre de crítica. Shiv Kumari Yadav acordou com dores durante a cirurgia na clínica estatal Instituto Chattisgarh de Ciências Médicas. Por ter gritado foi esbofeteada pelo médico que a suturava: “Acalma-te. Estamos quase a acabar.” Dez minutos depois do processo terminado a indiana foi mandada para casa, sem acompanhamento médico pós-operatório.
As autoridades de saúde confirmaram que o ginecologista R.K. Gupta realizou uma cirurgia a cada dois minutos numa sala imunda num hospital desativado. Os quatro profissionais de saúde a trabalhar neste campo, incluindo o médico, foram detidos depois de terem realizado 83 cirurgias em poucas horas.
* Um dia, junto ao Taj Mahal, o nosso guia comentou estarmos de visita à maior democracia do mundo, respondemos-lhe que já estávamos há dez dias na Índia e tinhamos visto principalmente miséria, fome e porcaria, na tal democracia não tinhamos reparado.
Foram as fortes dores no estômago e os vómitos que levaram Shiv Kumari Yadav, uma mulher de 27 anos que se submeteu a uma cirurgia de esterilização, a uma clínica perto da aldeia onde mora. Os comprimidos que lhe deram na clínica depois da operação parecem ser os responsáveis pela indisposição desta indiana, pela hospitalização de dezenas de pessoas e pela morte de pelo menos 15 mulheres. Embora nem todas as pessoas envenenadas com fosfeto de zinco tenham estado nos campos de esterilização, todas estavam a tomar o mesmo antibiótico produzido pela indústria farmacêutica Mahawar.
Embora se declarem inocentes, tanto o dono da empresa com o filho foram detidos perante a possibilidade de contaminação dos medicamentos que distribuíam, noticia a Reuters. Já em 2012 a empresa tinha estado encerrada durante 90 dias depois de se ter descoberto que estavam a produzir medicamentos de menor qualidade, mas não chegou a perder a licença de atividade.
Algumas famílias dizem que as mulheres são forçadas a realizarem a cirurgia, mas Shiv Kumari Yadav admite que foi ela que escolheu submeter-se à intervenção por já ser mãe de três crianças. Yadav e o marido receberam dinheiro para poderem fazer a viagem de e para clínica de riquexó motorizado – um luxo que não poderiam suportar com o parco rendimento mensal que têm -, algumas mulheres recebem pela operação o equivalente ao salário de duas semanas. A esterilização é o meio mais eficaz de controlo populacional, é barato e não encontra as mesmas barreiras culturais, nem as mesmas dificuldades, que a contraceção. A Índia é o país com maior taxa de esterilização de mulheres, mas as mortes assombram esta tentativa de controlo da população – existe registo de 1.434 mulheres que morreram devido à cirurgia entre 2003 e 2012, mas não se conhece a dimensão dos casos que terão ficado por reportar.
Além dos medicamentos contaminados, o procedimento nos campos de esterilização não está livre de crítica. Shiv Kumari Yadav acordou com dores durante a cirurgia na clínica estatal Instituto Chattisgarh de Ciências Médicas. Por ter gritado foi esbofeteada pelo médico que a suturava: “Acalma-te. Estamos quase a acabar.” Dez minutos depois do processo terminado a indiana foi mandada para casa, sem acompanhamento médico pós-operatório.
As autoridades de saúde confirmaram que o ginecologista R.K. Gupta realizou uma cirurgia a cada dois minutos numa sala imunda num hospital desativado. Os quatro profissionais de saúde a trabalhar neste campo, incluindo o médico, foram detidos depois de terem realizado 83 cirurgias em poucas horas.
* Um dia, junto ao Taj Mahal, o nosso guia comentou estarmos de visita à maior democracia do mundo, respondemos-lhe que já estávamos há dez dias na Índia e tinhamos visto principalmente miséria, fome e porcaria, na tal democracia não tinhamos reparado.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Vistos gold:
Judiciária tem imagens de
pagamentos de casas em dinheiro
Valores transacionados sem qualquer controlo terão atingido milhões de euros
As transações entre
intermediários e empresas imobiliárias terão sido observadas em
operações de vigilância e registadas em transferências bancárias no
decorrer da investigação policial que levou na quinta-feira à detenção
de 11 pessoas.
Entre elas, altos quadros do Estado, alguns próximos do ministro Miguel Macedo.
O governante garantiu a Pedro Passos Coelho nada ter que ver com o caso, mas já se fazem sentir os efeitos políticos. Protegendo Miguel Macedo, o PSD empurrou as explicações sobre o processo dos vistos dourados para Paulo Portas
* Esta bomba é tão grave como a do BES e os bombistas são os mesmos.
PROMOTOR GOLD |
Entre elas, altos quadros do Estado, alguns próximos do ministro Miguel Macedo.
O governante garantiu a Pedro Passos Coelho nada ter que ver com o caso, mas já se fazem sentir os efeitos políticos. Protegendo Miguel Macedo, o PSD empurrou as explicações sobre o processo dos vistos dourados para Paulo Portas
* Esta bomba é tão grave como a do BES e os bombistas são os mesmos.
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Wayne Rooney:
«Também tentei fazer com que
Ronaldo fosse expulso»
A expulsão de Wayne Rooney no jogo dos quartos-de-final do
Mundial'2006 entre Inglaterra e Portugal, ainda faz correr tinta,
devido ao papel de Cristiano Ronaldo nos instantes que se seguiram à
pisadela do então companheiro de equipa do Manchester United em Ricardo
Carvalho - o internacional português correu para o árbitro argentino
Horacio Elizondo a pedir que este agisse disciplinarmente contra Rooney.
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Pois
bem, mais de oito anos depois, o avançado inglês confessou que nesse
jogo também tentou fazer com que Ronaldo fosse expulso. "Percebo os
motivos do Ronaldo. Ele estava a tentar ganhar o jogo e eu, para falar
honestamente, faria o mesmo se estivesse no lugar dele, pois queria que
Inglaterra vencesse. Sim, teria tentado fazer com que ele fosse
expulso", começou por admitir Rooney, a rir, para de seguida confessar:
"Durante
a primeira parte disse várias vezes que ele [Ronaldo] estava sempre a
atirar-se para o chão, para ver o árbitro lhe dava o cartão amarelo. São
coisas que sucedem no futebol. Os jogadores falam com os árbitros sobre
situações que nem sempre são destacadas."
Rooney, que este sábado cumpre a 100.ª internacionalização no jogo frente à Eslovénia, reafirmou depois que esclareceu a questão com Ronaldo
logo após o jogo, que Portugal venceu (3-1 nas grandes penalidades após
o 0-0 no tempo regulamentar), de forma a que a relação de ambos não
fosse afetada no Manchester United.
"Mas foi um momento muito
duro. Infelizmente, Inglaterra não se conseguiu apurar, o que tornou
tudo ainda pior para mim. Fiquei a pensar, 'será que a culpa foi
minha?", admitiu ainda Rooney.
* Novelas do futebol
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Ministérios escondem culpados
Apesar de já saberem que
a bactéria legionella encontrada nos 316 contaminados (a maioria
homens) é igual à detetada nas torres de refrigeração das fábricas da
Póvoa de Santa Iria, em Vila Franca de Xira, os ministérios da Saúde e
do Ambiente não revelam quem são os responsáveis pelo surto da doença do
legionário.
Escudam-se na necessidade de novas análises e no segredo de
justiça, face ao inquérito que decorre no Ministério Público.
"Não nos vamos precipitar a encontrar um culpado. É preciso ter a
certeza de que não há outras fontes de contaminação e aguardar pelos
resultados laboratoriais e continuar com a vigilância epidemiológica",
afirmou o ministro da Saúde, Paulo Macedo, garantindo total segurança
para as populações da Póvoa de Santa Iria, Vialonga e Forte da Casa:
"Não há qualquer problema de sair à rua, de estar no exterior, não há
qualquer necessidade de utilizar máscara."
Ao fim de uma semana de investigação por parte da ‘task force’
presidida por Paulo Macedo, os resultados apresentados ontem são ainda
preliminares. Isto apesar de já terem estabelecido uma relação entre as
bactérias das torres de refrigeração e as existentes nos contaminados,
conforme confirmou o diretor-geral da Saúde, Francisco George.
"Foram feitas análises às três grandes empresas da região [Adubos de
Portugal, Solvay e Centralcer]. Só uma delas tem 12 torres de
refrigeração", afirmou Paulo Macedo, sem revelar em qual está o foco de
contaminação: "Numa das torres, há forte indicação de que pode ser a
fonte. Passados os testes laboratoriais adicionais, temos uma
probabilidade ainda maior. Nos próximos dias teremos a fonte da
contaminação", afirmou o ministro.
Moreira da Silva, ministro do Ambiente, garantiu ainda que "tudo foi
feito" para que "desta vez a culpa não morra sozinha". "Temos essa
expectativa."
* São raras as vezes em Portugal que a culpa não morre solteira.
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HOJE NO
"i"
"i"
Comissão de inquérito ao BES.
Conheça as 63 perguntas que
não podem ficar sem resposta
Durante os próximos meses, pelo menos 119 pessoas vão passar pela comissão parlamentar de inquérito ao BES. As audições arrancam esta segunda-feira e os primeiros a ser ouvidos serão o governador e o vice-governador do Banco de Portugal que tinha o pelouro da supervisão bancária. Ainda não há datas para as audições que se seguem.
Sabe-se apenas que seguir-se-ão os responsáveis políticos e os representantes de instituições internacionais, só depois a família Espírito Santo e, no final, alguns dos funcionários do grupo. Na terça ainda havia deputados sem um único documento.
O Grupo Espírito Santo (GES) era um mundo, as irregularidades sob suspeita são complexas e as dúvidas mais que muitas. Na impossibilidade de publicar as perguntas que devem ser feitas aos 119, o i escolheu 11 protagonistas e 63 perguntas essenciais para desvendar os segredos do GES
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Carlos Costa
Governador do Bancode Portugal
Pedro Duarte Neves
Vice-governador do BdP que tinha o pelouro da supervisão
- Por que razão o supervisor alertou a 3 de Dezembro de 2013 para a
insolvência da ESI e não intervencionou o BES logo nessa data?
. - Pedro Duarte Neves enviou a 3 de Dezembro de 2013 um plano exigente
que dava 27 dias ao Grupo Espírito Santo (GES) para executar um plano
de ring fencing e constituir uma conta bancária com o montante da dívida
emitida pela ESI junto de clientes do banco. A 17 de Dezembro, Salgado
falou numa reunião do Conselho Superior do GES em cedências e reduções.
Como se explica isso?
- Em vez de 27 dias, o GES teve seis ou sete meses para executar o
plano de ring fencing? Por que razão o BdP alterou o plano inicial?
- A 23 de Dezembro, oBdP impôs uma série de medidas ao BES que não
foram cumpridas. Por que razão os portugueses só souberam depois da
medida de resolução queo GES não tinha cumprido parte do plano que
lhehavia sido imposto pelo supervisor?
- Como se justifica que,tendo indícios fortes de manipulação de contas,só em Junho o BdPtenha decidido afastar a administração de Salgado?
• Como é que o senhor governador veio dizer que a ESI não estava
debaixo da supervisão do BdP quando é sabido que interveio logo a 3 de
Dezembro para tentar que o BES não fosse afectado pelo descontrolo das
contas da holding?
• O BdP cedeu ou não cedeu ao pedido de mais tempo feito por Ricardo Salgado em Dezembro de 2013?
• A Direcção-Geral de Concorrência Europeia reporta a 30 de Julho a
informação oficial de que ia ser necessária a intervenção no banco.
Quando é que o BdP decidiu avançar para a medida de resolução?
• Por que razão Pedro Duarte Neves foi afastado do pelouro da supervisão?
• Se faltavam meios legais ao BdP, como é que substituiu Salgado por Vítor Bento no espaço de um fim-de-semana?
• Como é que, sabendo da dívida da ESI e do seu buraco, e sabendo
que a equipa de Ricardo Salgado não estava a cumprir o plano, o BDP foi
passandoa mensagem a clientes e accionistas do BES de queo banco estava
sólido?
• Como é que, estando o supervisor a acompanharde perto o BES desde
Dezembro de 2013, foi apanhado de surpresapelos actos praticados pela
administração do BES nos dias anteriores à intervenção?
• Como se justifica queo BdP tenha escolhido para número 2 da
administração de Vítor Bento José Honório, que tinha estadoa trabalhar
para o BES como seu senior adviser?O BdP pode garantir que Honório está
isento de responsabilidades na gestão do BES?
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Carlos Tavares
Presidente da CMVM
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• Em que condições autorizou o aumento de capital no BES?
• Que informações tinha a CMVM recebido do Banco de Portugal? Que informações não tinha e deveria ter tido?
• A CMVM foi pressionadapara aprovar o prospecto do aumento de capital? Se sim, por quem?
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Ricardo Salgado
Ex-líder do BES
•Conseguiu ou não negociar mais tempo com o Banco de Portugal para executaro plano de ring fencing?
• Sentiu-se empurrado parao abismo com as medidas impostas pelo supervisor?
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• Por que razão afirmou no final de 2013, numa reunião do Conselho
Superior do GES, que o fundo de recapitalização para a banca poderia não
ser suficiente para salvar o banco?
• Em que momento o BES começou a usar a Eurofin e para que fins?
• Para onde foram os milhões que saíram do BES nas últimas semanas
da anterior gestão e que passaram por quatro sociedades off-shore?
• Falou ou não falou com Durão Barroso depois de essa proposta lhe ter sido feita por José Honório?
• Com que responsáveis políticos falou para tentar salvar o GES?
• Confirma que falou com Pedro Passos Coelho sobre a necessidade de um empréstimo da CGD eque este foi recusado?
• Tinha ou não tinha conhecimento de que as contas da ESI não eram as verdadeiras pelo menos desde 2008?
• Se não tinha, por que razão pediu no início do ano a elementos da
família que protegessem o contabilista? Um banqueiro protege quem o
trai?
• Por que razão em documentos entregues ao BdP Machado da Cruz
afirmou que Ricardo Salgado, Manuel Fernando Espírito Santo e José
Castella tinham conhecimento de que as contas não eram as verdadeiras?
• Forçou o comissaire aux comptes a assumir responsabilidades pelo
buraco das contas e a demitir-se, como sugeriram elementos da família
Espírito Santo em reuniões do Conselho Superior do GES?
• Por que razão, depois de ter pedido à família que protegesse o contabilista, se recusou a dar-lhe uma indemnização?
• Há alguma razão que justifique a emissão deduas cartas-conforto a
investidores venezuelanos violando as determinações do BdP?
• Em que contexto cinco elementos da família Espírito Santo
receberam5 milhões de euros de comissões no negócio dos submarinos?
• Como justifica que os principais representantes dos Espírito Santo
tenham assinado uma carta em 2013 para justificar um acto de gestão de
2004?
• Além dos Espírito Santo, que outras pessoas receberam parte da comissão paga à Escom pelo consórcio alemão?
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José Maria Ricciardi
Presidente do BESI
•A 11 de Novembro de 2013 ameaçou, numa reunião do Conselho Superior
do GES, revelar publicamente as razões por que não tinha dado um voto de
confiança a Ricardo Salgado. Que razões eram essas?
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• Em que momento entrou em ruptura com Ricardo Salgado e porquê?
• De que irregularidades teve conhecimento e em que momento?
• A 24 de Julho disse, numa reunião do Conselho Superior do GES, que
o Departamento Financeiro de Mercados e Estudos do BES tinha cometido
“uma fraude” através do esquema da Eurofin. Que informações tem sobre o
esquema e quem esteve envolvido?
• Que dados tem sobre a comissão paga a elementos da família Espírito Santo no âmbito do negócio dos submarinos?
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Maria Luís Albuquerque
Ministra das Finanças
• Que informações foi tendo do Banco de Portugal ao longo de 2014 sobre a situação financeira do Grupo Espírito Santo?
• O que a levou a dizer em Julho que o BES era um banco sólido?
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• Por que razão afastou a ideia de intervencionar o BES numa altura
em que o BdP já sabia que o plano de ring fencingnão estava a ser
cumprido, que as dívidas de algumas holdings do GES eram enormes e que
havia indícios de manipulação das contasdo grupo?
• Por que razão recusouo pedido feito por cinco banqueiros na última
semana de Julho de injectar dinheiro da linha da troika no BES?
• A medida de resolução trará ou não encargos para os contribuintes?
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Carlos Moedas
Ex-secretário de Estado adjunto de Passos
• O que disse a Ricardo Salgado depois de ser contactado a 2 de Junho para ajudar o grupo?
• Teve ou não contactos com o ministro da Justiça do Luxemburgo?
• Alguma vez falou pessoalmente com Ricardo Salgado sobre planos para salvar o GES?
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Pedro Queiroz Pereira
Presidente da Semapa
• Os documentos que entregou no Banco de Portugal apontavam para que tipo de irregularidades no GES?
• Tinha conhecimento de que a sua irmã Maude Queiroz Pereira tinha
recebido um bónus de 5 milhões de euros do GES para vender a
participação na Semapa?
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José Honório
Ex-número dois da equipade Vítor Bento
• Interveio junto de Durão Barroso para salvar o GES?
• Quando foi chamado a integrar a equipa de Vítor Bento, o BdP sabia
que tinha trabalhado directamente com Salgado delineando um plano de
salvação para o grupo?
• Essa situação permitia-lhe ser isento na nova administração?
• Quem pode ser responsabilizado pelo colapso do GES?
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Amílcar Morais Pires
Ex-administrador financeiro do BES
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• É apontado como um dos principais responsáveis pelo alegado
esquema fraudulento com a Eurofin. Como funcionava, quando começou a ser
usado e quem tinha conhecimento de que o mesmo existia?
• Qual o destino dos milhões retirados ao BES nas últimas semanas de Julhoe que terão passado por quatro sociedades offshore?
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Francisco Machado da Cruz
Ex-contabilista da Espírito Santo International (ESI)
Foi forçado a assumir responsabilidades sobre o buraco das contas da ESI?
• Desde quando os relatórios não reflectiam as contas verdadeiras e quem é que sabia que não eram as correctas?
• Teve ordens para manipular as contas?
• Apresentou a demissão de sua livre vontade?
• Ricardo Salgado nomeou-o para algum outro cargo depois de ter apresentadoa demissão da ESI?
• Além das contas da ESI, tem conhecimento de manipulação de contas de outras holdings ou do próprio banco?
• Por que razão pediu uma indemnização ao Grupo Espírito Santo?
• Tem conhecimento de esquemas fraudulentos em Miami?
• De que maneira obanco contornou as determinações do BdP e continuou a emitir dívida do grupo junto de clientes do BES?
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Quem compõe a CPI ao BES?
Presidência
• Fernando Negrão – presidente (PSD)
• José Magalhães – vice--presidente (PS)
• Mariana Mortágua – vice--presidente (BE)
PSD
• Carlos Abreu Amorim
• Clara Marques Mendes
• Duarte Marques
• Duarte Pacheco
• Jorge Paulo Oliveira
• Pedro Saraiva
PS
• Ana Paula Vitorino
• Filipe Neto Brandão
• João Galamba
• PedroNunoSantos
CDS-PP
• Cecília Meireles
• Teresa Anjinho
PCP
• Miguel Tiago
• Paulo Sá
Suplentes
• Paulo Rios de Oliveira (PSD)
• Pedro Alves (PSD)
• Eurídice Pereira (PS)
• Paulo Ribeiro de Campos (PS)
• Telmo Correia (CDS-PP)
• Bruno Dias (PCP)
• João Semedo (BE)
* Será que os jornalistas do "i" esgotaram as perguntas?
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