25/08/2014

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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CIRCUNCISÃO 
 MEMÓRIAS DE UM JUDEU

Ficou só o 'cara', o 'lho' foi-se...»

Sempre que ouço aquela música do Chico, "ó pedaço de mim, ó pedaço arrancado de mim", me bate uma deprê braba. Lembro da minha infância e acabo voltando no tempo. 

Estava eu deitado no meu bercinho, ainda com uma semana de vida, quando começou a chegar gente em casa. Era dia de festa. E festa de judeu lembra muito reunião do PSDB: só tem tucano. Cada nareba que não tem mais tamanho. Mamãe convidou só 30 pessoas, mas como era boca livre, veio judeu de tudo quanto foi canto. Se mamãe cobrasse ingresso, corria o risco de nem o papai aparecer. 

Não precisa dizer que os presentes não trouxeram presentes. Metade esqueceu em casa e a outra metade disse que não tinha dado tempo de comprar. Coisas da religião. Cada um que chegava, vinha até o meu bercinho. Quando se abaixavam para me ver mais de perto, virava um autêntico ataque do exército israelense. Contabilizei pelo menos umas 30 narigadas na barriga. Em vez de olharem para os próprios umbigos, vinham olhar pro meu. Acho que era por causa da "faixa de gaze". 

 De repente, se fez o silêncio. Um ser estranho, trajando um terno preto pra lá de surrado, com barba até a cintura, chapéu e cabelo ponhonhóin dos lados adentrou a sala. Parecia o Capitão Caverna na versão judaica. Ele veio na minha direção. Tirou um bisturi reluzente.Ficamos frente a frente. Ele, o lobo mau, e eu, o solidéu vermelho. Para que esse nariz tão grande, perguntei. 


Por uns segundos, cheguei a pensar que mamãe tinha resolvido fazer uma plástica no meu nariz que, com menos de uma semana de vida, já era avantajado. Mas o negócio era mais embaixo. Bem mais embaixo. Ele tirou a minha fraldinha descartável,que mamãe tinha acabado de lavar, e eu gritei, abri o berreiro: "Tira esse tarado ortodoxo daqui! Esse comunista judeu quer comer criancinha!!! E no rabino, não vai nada? 

Apesar de tanta tecnologia, Buááááá não vem com legenda. Não sei por que ainda não inventaram uma tecla SAP para bebês. Parti então para a minha última tentativa: um ataque com armas químicas. Soltei duas bombas de efeito moral. PUM! PUM! Mas o bigode do sujeito cobria o nariz como uma máscara antigases. Ataquei com meus jatos poderosos, mas o xixi não conseguiu furar o bloqueio da barba blindada do velho. Não teve jeito. O Jacozinho virou o Jacozinhozinho. Vai entender o que esse povo tem na cabeça, além desse chapeuzinho medonho? Em vez de sacrificarem uma galinha como na velha e boa macumba, eles sacrificam o pinto. Cortaram o meu pausówsky, meu penisberg. Ficou só o "cara". O "lho" foi-se. 

Uma parte de mim estava agora que nem pinto no lixo, literalmente. Depois de circuncidado, passei a entender o porquê daquele muro das lamentações. Eu, pelo menos,lamento até hoje. "Ó pedaço de mim..."

Sammy Lachmann
Publicado no "O Pasquim"


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O QUE NÓS


RECOLHEMOS!





2-Quanto mais a 
gente é fina,
mais vigarina





* Comentário de Luís Marques Mendes na SIC



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ROMEU E


JULIETA


MARGOT FONTEYN
RUFOLF NUREYEVE
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EZEQUIEL MOTTA MOREIRA DA SILVA

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Vergonhoso

Pensionistas, funcionários públicos, professores, PME’s e trabalhadores (etc) sofrem com a austeridade enquanto Ricardo Salgado paga três milhões de fiança e sai em liberdade. 

O contribuinte contribui mas o banqueiro refugia-se numa legalidade deveras nauseabunda. Os factos transformam-se subitamente numa densa neblina. Nós, cidadãos, vislumbramos apenas um simulacro labiríntico da realidade. Fala-se muito mas sabe-se muito pouco acerca dos contornos desta colossal trama financeira. A nefasta teia de cumplicidades que este escândalo evidencia parece transcender as fronteiras retilíneas da partidocracia vigente. 

São muitos os envolvidos e nem todos pertencem á mesma tribo. Nada parece escapar á força gravitacional da suspeita que alastra-se inexoravelmente pela sociedade. A cumplicidade dos muitos envolvidos dificulta a interpretação lúcida dos eventos. Nada é claro. O real parece uma mensagem encriptada. A linguagem que molda a narrativa é bizarra e alienante: “steering committee”, “time-line”, etc. A crença de que existe um mundo para além deste, paradoxalmente ocultado pela “transparência democrática”, depressa transformar-se numa certeza revoltante. Os céticos sentem-se vindicados, os ingénuos ultrajados. 

O Primeiro-Ministro Passos Coelho já percebeu que o futuro eleitoral da coligação depende em grande parte do desenrolar deste imbróglio. É verdade que não pode intervir em questões do foro judicial mas deve e pode fazer tudo para que não seja o estado Português (isto é, todos nós) a pagar pela irresponsabilidade e ganância dos senhores que criaram este problema. Não pode ser ou parecer negligente ao lidar com este delicado assunto. 

O Presidente Obama emprestou biliões de dólares á banca americana. Conseguiu assim impedir a mui temida “contaminação sistémica”. Não hesitou ajudar os banqueiros mas exigiu que todos os fundos disponibilizados pelo estado a Wall Street fossem pagos atempadamente e com juros. Além disso, criou um novo e mais austero sistema de regulação financeira. Os bancos pagaram as suas dívidas e adaptaram-se á nova moldura legal. É absolutamente imperativo que o governo Português aja de forma similar. Não apenas por interesse próprio mas em nome da legitimidade da democracia em que vivemos. Bem vistas as coisas, esta pode ser uma oportunidade de ouro para o Primeiro-Ministro. Só tem que ser justo, corajoso e resoluto. Não é pedir muito.

IN "AÇOREANO ORIENTAL"
19/08/14


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11- A HISTÓRIA



DO AUTOMÓVEL






ATENÇÃO SRS./AS VISITADORES/AS

Esta série foi difundida pela TVE, Rede Minas, em 1986, é portanto muito datada. No entanto até à data indicada, o seu conteúdo tem rigor histórico.

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Crosby Stills Nash & Young

Our House



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263.
Senso d'hoje


PEPÊ RAPAZOTE
ACTOR
NO PROGRAMA "VERÃO TOTAL"


"Para utilizar este dinheiro terá de utilizar um cartão multibanco. Mas pode comprar o que quiser! Se quiser comprar, por exemplo, droga! Desde que o seu dealer [traficante] tenha um terminal multibanco, pode comprar droga, já viu? Não é uma coisa maravilhosa?


* Só um idiota faz queixa pelo que o actor disse, mas não se queixa das vigarices dos banqueiros, da permissividade do regulador bancário e da própria tutela. O caminho mais fácil é o da cobardia e o do pudor fingido. "DROGA" são os programas popularuchos e imbecilizantes das cadeias de televisão.

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