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O QUE NÓS

INFORMAMOS!







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ONEGUIN 



BENVINDO FONSECA




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LILITH

A PRIMEIRA MULHER DE ADÃO




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PEDRO MARQUES LOPES

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Confiança

É a minha última crónica antes das férias. Por muito que a atualidade nos grite novidades e temas para reflexão, tudo parece gasto, debatido, espremido. É, talvez por isso, uma boa altura para olhar para o ano que passou e tentar perceber se algo mudou, se a comunidade está melhor ou pior. 

Existiriam vários critérios de análise, se estamos mais ricos, se estamos mais felizes, se estamos com mais esperança no futuro. Escolhi, porém, tentar perceber se o cimento da comunidade, aquilo que a une, aquilo que a faz funcionar, melhorou. No fundo, o princípio em que se baseia qualquer comunidade: confiança. Confiança no outro, confiança nas instituições, confiança nos mercados, até.

Tony Judt, historiador, no livro Um Tratado sobre os Nossos Actuais Descontentamentos, afirmava que uma das razões da actual crise do capitalismo se relacionava com o facto de a confiança ser imprescindível para a livre concorrência e os mercados funcionarem, "se não podermos acreditar que os banqueiros atuam honestamente... ou os reguladores não denunciam os operadores desonestos, corremos sérios riscos". Não, o inglês não discorria sobre o caso português, mas dentro dos diversos problemas que o caso Espírito Santo trouxe, e trará, para a nossa comunidade, a quebra de confiança no sistema financeiro e na própria regulação não é, de certeza, dos mais pequenos. Pelo contrário, e nem vale a pena recordar que este caso vem na sequência de outros problemas no sector financeiro e de negligência de outras entidades reguladoras, não só financeiras. 

Este ano não faltaram estudos a mostrar o descrédito em que caíram as mais relevantes instituições. 
Confiamos cada vez menos nos políticos, nos partidos tradicionais e não vislumbramos alternativas. Nas últimas eleições, praticamente dois terços dos possíveis votantes nem se deram ao trabalho de escolher os seus representantes e os partidos estruturantes da nossa democracia, juntos, tiveram o pior resultado de sempre. 

Temos sérias dúvidas em relação à Justiça. Há muito que a sabemos lenta - logo, por definição, injusta -, mas agora suspeitamos dos seus critérios, da sua capacidade de tratar todos os cidadãos por igual. 

Olhamos para os meios de comunicação social e imaginamos conspirações, interferências no trabalho jornalístico, agendas nos colunistas. Talvez também por isso assistimos impávidos e serenos ao seu afundamento sem percebermos o mal que estamos a causar a nós próprios. 

Mas se já todos estes sinais, que este ano se agravaram muito, são assustadores e corroem a comunidade, o clima de desconfiança entre os cidadãos - fortemente incentivado pelo Governo em funções, há que dizê-lo - é talvez o mais grave. Deixámos que se instalasse uma espécie de guerra entre reformados e gente no ativo, entre funcionários públicos e privados, entre novos e velhos.

Como se a comunidade não precisasse de todos, como se cada um de nós não tivesse um papel a desempenhar, como se uns fossem um fardo e os outros os que o têm de carregar. Os possíveis desequilíbrios não são encarados como aspectos a melhorar, mas como guerras a travar. 
Sem confiança nas suas mais diversas instituições, uma comunidade mostra estar seriamente doente. Mas sem confiança no papel que o outro desempenha e a consciência da interdependência, uma comunidade não sobrevive.

Mais do que qualquer outra coisa, temos de recuperar a confiança em nós, nos outros e nas instituições. E, sim, é uma tarefa de todos. Tudo o resto parece absurdamente secundário.


IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
03/08/14


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9- A HISTÓRIA



DO AUTOMÓVEL





ATENÇÃO SRS./AS VISITADORES/AS


Esta série foi difundida pela TVE, Rede Minas, em 1986, é portanto muito datada. No entanto até à data indicada, o seu conteúdo tem rigor histórico.



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Caetano Veloso


VOCÊ NÃO ENTENDE NADA


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MAKE ME
BEAUTIFUL/1


Ester Honig é uma jornalista, uma repórter cujo trabalho incide em temas sociais que trabalha tanto na rádio como na imprensa escrita. Ela é também uma bloguista, bilingue (espanhol e inglês) e uma entusiasta da media social. Ela enviou uma fotografia ao redor do mundo,  para ser photoshopped para o seu projecto “Before and After” para saber como os conceitos de beleza variam de acordo com as culturas a nível mundial.

O ORIGINAL

Usando o site de troca de serviços Fiverr, ela contratou cerca de 40 individuos, de mais de 25 países, alguns profissionais outros amadores do Photoshop. O seu único pedido foi 'Façam-me Bonita' esperando que essas pessoas utilizassem os seus valores culturais e pessoais no que diz respeito a normas de beleza.
O resultado foi fascinante e esclarecedor, é tambem uma abertura de mentalidades, de cultura e de valores de cada país, como o de Marrocos 'Isto realçou a minha falta de consciência cultural. Claro que uma pessoa dum país onde a religião principal é o Islão poderia adicionar um Hijab à minha imagem. Para mim isso acrescentou profundidade ao meu projecto  por ter tocado no conceito de religião e trajes e não só no estético'.
Este projecto prova que a beleza varia ao nivel global. Honig diz 'O  Photoshop permite-nos atingir os nossos inalcansáveis padrões de beleza, mas quando comparamos esses padrões numa escala global, atingir o ideal ainda é mais elusivo'


MARROCOS


ÍNDIA


ARGENTINA
 


UKRANIA


VIETNAME
FILIPINAS


VENEZUELA
ROMÉNIA



* Continua na próxima segunda.

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249.
Senso d'hoje


 RUI VELOSO
MÚSICO

"Vou parar."
"É muito difícil para mim aceitar a realidade do país. Fico à espera que isto um dia tenha compostura e volte aos valores básicos da vida"

"A música é para todos, mas nem todos são para a música."

"É natural que os portugueses estejam baralhados e que adotem comportamentos próprios de quem foi cobaia."

"É uma procura para voltar às raízes e uma reavaliação - que todos fazemos numa determinada altura de modo a saber o que a vida realmente é."

* Excertos duma entrevista ao  "DIÁRIO DE NOTÍCIAS