.
Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
09/08/2014
.
V-VOZES CONTRA
2- O CAMINHO PARA
O caminho para a extinção
.
V-VOZES CONTRA
A GLOBALIZAÇÃO
2- O CAMINHO PARA
A EXTINÇÃO
A Série Vozes Contra a Globalização combina as filmagens em diferentes
lugares do mundo, com arquivos documentais, crônicas de informativos,
trabalhos cinematográficos de diretores como WinWin Wenders, Avi Lewis,
Pino Solanas, Jorge Drexler, poemas de Mário Benedetti e a atuação de
Loucas de Pedra, de Pernambuco/Brasil.
Outras das vozes da série
são os economistas Jeremy Rifikin (EEUU), ecologistas como o espanhol
Ramon Fernandez Duran, o relator das Nações Unidas para a Fome no Mundo,
Jean Ziegler, o ex-portavoz do Fórum Social de Gênova, Vitório
Agnolletto, o Prêmio Príncipe de Astúrias, de Ciências Sociais, Giovanni
Sartori, o especialista em Química Atmosférica, James Lovelock, o
Analista Social José Vidal Beneyto, entre outros.
O caminho para a extinção
Enquanto
nos preocupamos com as vígaras incidências dos banqueiros portugueses, esta aldeia global suicida-se dia a dia...
NR:
Muito procurámos para tentar obter o visionamento desta série em língua
portuguesa, a voz off está em francês e as legendas em espanhol, foi o
que conseguimos.
.
PEDRO SOUSA CARVALHO
.
IN "PÚBLICO"
08/08/14
.
O Novo BES e
a última Coca-Cola
no deserto
Para os restantes bancos, ir buscar clientes agora ao BES é o que, no futebol, se chama "transferência a custo zero"
Estávamos no final dos anos 20 quando a Coca-Cola
encomendou à agência Hora uma campanha publicitária para promover a
marca em Portugal. Já se sabe que o funcionário da agência, Fernando
Pessoa, fez o tal slogan “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”. Nessa altura, o director de Saúde de Lisboa, Ricardo Jorge, censurou o slogan de
Pessoa e proibiu a venda do refrigerante. Primeiro porque se a
Coca-Cola tinha coca, como dizia o nome, seria um produto tóxico e
ilegal e, como tal, não podia ser comercializado. Segundo, argumentava
Ricardo Jorge, se não tinha coca, então anunciá-la no nome seria
publicidade enganosa.
.
.
A marca comercial que o Banco de Portugal e a
administração de Vítor Bento escolheram para substituir o Banco
Espírito Santo também não passaria no crivo do director de Saúde de
Lisboa. Primeiro porque a marca BES passou a estar associada a um activo
tóxico. O bad bank que ficou com a designação de BES passou a
integrar todos os activos problemáticos do antigo banco, mas gera
confusão aos clientes do Novo Banco, que continua a comercializar
produtos com a designação BES. Aliás, até as maçanetas das portas das
agências continuam com a designação de BES, mesmo sabendo que essas
portas já não vão dar ao BES, que agora é o "banco mau", mas sim ao Novo
Banco.
Dizer que o antigo BES passou a ser um Novo Banco também é
publicidade enganosa. A nova administração deixou cair e bem uma marca,
o BES, que o próprio banco há cerca de um mês dizia estar avaliada em
640 milhões de euros. Uma marca na qual os portugueses confiavam. Os
casos de polícia e a má gestão da família Espírito Santo conseguiram
destruir em poucos dias aquilo que levou 150 anos a construir. A imagem
pela qual o Cristiano Ronaldo e a Dona Inércia deram a cara deixou de
estar no lado do balanço em que estão os activos e passou a ser um
passivo.
O que fica se tirarmos a marca BES ao Novo Banco? Nada,
além de uma carteira de crédito e de depósitos que, mais tarde ou mais
cedo, será vendida. E quanto mais cedo for vendida, melhor; caso
contrário, o Novo Banco arrisca-se a ver fugir ainda mais depósitos.
Basta ver que esta segunda-feira a Caixa Geral de Depósitos conseguiu,
sem fazer nada, aquilo que nunca antes tinha conseguido: 200 milhões de
euros de depósitos num único dia. Quem está a tirar dinheiro do antigo
BES já não tira porque tem medo de perder o dinheiro; provavelmente
apenas já não se identifica com uma espécie de marca branca a que alguém
resolveu chamar Novo Banco.
Este sistema de resolução que a
Europa inventou para salvar os bancos tem o grande mérito de não
envolver directamente dinheiro dos contribuintes, mas coloca os outros
bancos numa posição de algum conflito de interesses. Para os outros
bancos do sistema financeiro, que agora e temporariamente são os donos
do novo BES através do Fundo de Resolução, existe nesta altura uma
espécie de mixed feelings em relação ao Novo Banco. Por um
lado, interessa-lhes prolongar a agonia do Novo Banco e ganhar novos
clientes, sem grande esforço. É o que, em linguagem futebolística, se
chama "transferência a custo zero".
Aliás, não é de agora que a
banca está a tentar aproveitar as fragilidades do BES para engordar a
carteira de clientes. Não é inocente o timing, nem a mensagem, da campanha do BPI, que, depois de sete anos de ausência das televisões, regressou com o Perfect Day,
de Lou Reed, para passar a mensagem de um banco que alberga, debaixo de
uma árvore de 25 metros, aqueles que fogem de uma tempestade. O banco
de Fernando Ulrich está a fazer precisamente aquilo que o Santander
Totta fez quando a troika chegou a Portugal, e que tanto
irritou, na altura, os banqueiros portugueses: aproveitou o facto de ser
um banco meio espanhol e o corte de rating da banca portuguesa para “vender” uma imagem de segurança aos clientes com a campanha Solid as a rock.
Se,
por um lado, interessa à banca manter o Novo Banco numa situação de
limbo, também sabem que se o Novo Banco perder depósitos, está
automaticamente a perder valor. E se perde valor, quer dizer que será
mais difícil vendê-lo acima dos 4,9 mil milhões de euros que é o valor
que o Estado e os próprios bancos injectaram na nova instituição. Se
isso acontecer, é a própria banca que fica a perder. Achar que ir buscar
clientes ao Novo Banco pode ser a última Coca-Cola do deserto é uma
estratégia que pode vir a sair cara à banca.
IN "PÚBLICO"
08/08/14
.
.
FONTE: "NOTÍCIAS MAGAZINE"
.
SEU ANIMAL!
Se pensa que a espécie humana é infinitamente criativa no que toca às
artes do sexo e do orgasmo, é porque desconhece a maluquice erótica do
mundo natural, bem como as proporções dos seus feitos (e feitios).
AS BALEIAS-AZUIS macho, por exemplo, apaixonam-se
com um coração de 600 quilos – é muito amor – e praticam essa paixão com
um pénis que pode chegar aos 2,5 metros de comprimento. Em repouso.
A DROSOPHILA BIFURCA é uma mosca da fruta cujas
células de esperma, se desenroladas como um tapete, atingiriam 5 cm de
comprimento, vinte vezes superior ao seu tamanho e mil vezes mais do que
o esperma humano.
A FÊMEA DO PERCEVEJO não tem abertura sexual. Os machos usam o pénis curvo para perfurar uma vagina na fêmea.
OS RECORDISTAS DO MUNDO em dimensão de testículos são umas esperanças chamadas Platycleis affinis,
um tipo de cigarras cujos testículos correspondem a 14% do peso total
(é o mesmo que um rapaz de 70 quilos arrastar 10 quilos de saco escrotal
nos jeans).
DESCOBRIU-SE RECENTEMENTE que os morcegos-da-fruta são loucos por sexo oral.
OS PEIXES-PORCO não nascem machos, o que obriga as
fêmeas com mais pelo na venta a mudar de sexo, formando depois uma
espécie de harém (o processo chama-se protoginia).
FONTE: "NOTÍCIAS MAGAZINE"
.
.
.
SÓNIA MORAIS SANTOS
.
247.
Senso d'hoje
Senso d'hoje
SÓNIA MORAIS SANTOS
JORNALISTA E ESCRITORA
ÀCERCA DA RESPONSABILIDADE MATERNA
ÀCERCA DA RESPONSABILIDADE MATERNA
"Nos dias de hoje temos poucos filhos, queremos o melhor possível para
eles e investimos muito. Também por causa do que os psicólogos foram
dizendo sobre as crianças: antes, não tinham importância nenhuma na
família, comiam na cozinha com as empregadas ou sozinhas e ninguém
conversava com elas ou se preocupava com os traumas que podiam ter.
Felizmente isso acabou, mas passámos para um extremo oposto em que tem
de se ter muito cuidado com as crianças, tem de se brincar, tem de se
ter tempo de qualidade, «tem de se» tudo! Além de estarmos a criar
potenciais ditadores, porque são objetos raros e preciosos, as mães
sentem uma culpa imensa porque já não estão exclusivamente a tomar conta
dos filhos, estão a trabalhar."
As mulheres nunca tiveram carreiras tão exigentes como agora e,
simultaneamente, dá-se lhes o peso da maternidade que é brutal, porque
as crianças precisam de tempo, de cuidado, de não serem traumatizadas. E
a competição tem que ver com o facto de haver só um filho ou dois:
quer-se fazer o melhor, «o meu é melhor do que o teu, eu faço mais, sou
uma mãe mais competente do que tu». A validação enquanto mulher passa
muito pela maternidade. É espantoso.
.