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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
26/03/2014
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A SITUAÇÃO
CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"
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A SITUAÇÃO
DO PAÍS
CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"
Se
no dia indicado acima não teve oportunidade de ficar mais esclarecido
sobre "A SITUAÇÃO DO PAÍS", dispense-se tempo para se esclarecer agora, este programa é extenso mas terrívelmente claro e polémico.
Fique atento às declarações do Professor João Ferreira do Amaral.
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HOJE NO
"DESTAK"
Viola d'arco "MacDonald", uma das
mais famosas de Stradivari, a leilão
mais famosas de Stradivari, a leilão
A viola d'arco "MacDonald", uma das mais famosas de Antonio Stradivari, está a leilão a partir de hoje, com o instrumento a poder valer mais de 45 milhões de dólares (32,6 milhões de euros), anunciou a leiloeira Sotheby's.
Stradivari construiu a "MacDonald" em 1719, quando estava "no auge da sua carreira", sublinha a casa leiloeira.
A venda, que deverá terminar em junho, decorre segundo o princípio da submissão selada de propostas, em que potenciais compradores apresentam as suas ofertas de forma confidencial, precisou à agência AFP um porta-voz da leiloeira, Dan Abernethy.
* Mais de 30 milhões de euros por uma peça única e extraordinária.
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HOJE NO
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"i"
BPP.
Juízes proíbem Rendeiro
de faltar ao julgamento
João Rendeiro e os ex-administradores do BPP, Salvador Fezas Vital e
Paulo Guichard, foram proibidos pelo colectivo de juízes que está a
julgá-los por burla qualificada de faltarem a mais sessões de
julgamento.
Os juízes, segundo informações recolhidas pelo i, emitiram
na terça-feira um despacho a obrigar os arguidos a estarem presentes em
todas as audiências a partir desta sexta-feira, data em que está
agendada uma sessão extra do julgamento. Paulo Guichard corre agora o
risco de ter de abandonar o Brasil, onde reside e trabalha há vários
anos, e Rendeiro de ter de suspender as viagens ao estrangeiro, em
trabalho ou lazer.
Porém, ao que i averiguou, a intenção do juiz Nuno Salpico, que
preside ao colectivo, esbarra desde logo num problema: o fundador do BPP
João Rendeiro já tinha apresentado um requerimento a avisar que estaria
fora do país até dia 23 de Abril. E mesmo que altere os planos da
viagem, estando neste momento na Índia, é impossível que consiga
comparecer no julgamento já amanhã. Já entre 22 de Fevereiro e 1 de
Março João Rendeiro tinha estado na Áustria, num hotel situado numa estância de esqui.
* Andamos todos a pagar para estes "cabrões" não têm outro nome, se andarem a pavonear e a fazer gatosapato da justiça, deviam estar presos.
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O governo da chanceler Angela Merkel está a preparar um diploma que prevê o fim da apelidada «imigração da pobreza».
Na origem desta medida está o aumento de imigrantes europeus que emigram para a Alemanha e se candidatam às prestações sociais. Na sua maioria estes casos ocorrem por parte de cidadãos búlgaros e romenos.
O objetivo é legalizar a expulsão dos cidadãos imigrantes que, entre três a seis meses após chegarem ao país, não encontrem trabalho, revela um relatório elaborado por especialistas e apresentado pelo ministro do Interior, Thomas de Maizière, e pela ministra do Trabalho, Andrea Nahles, aos jornalistas.
Segundo o jornal El País, os peritos defendem o referido prazo como limite para a expulsão dos imigrantes, para que estes não sobrecarreguem, alegadamente, o sistema de prestações sociais que vigora na Alemanha.
O processo é delicado, uma vez que estes cidadãos usufruem da liberdade de circulação na União Europeia mas acabam por se aproveitar do sistema social alemão.
Ainda que o foco seja a imigração vinda da Roménia e Bulgária, certo é que, a avançar nos moldes anunciados, esta medida deverá afetar portugueses, bem como os restantes cidadãos europeus.
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HOJE NO
"A BOLA"
Governo prepara plano para expulsar
. imigrantes europeus desempregados
. imigrantes europeus desempregados
O governo da chanceler Angela Merkel está a preparar um diploma que prevê o fim da apelidada «imigração da pobreza».
Na origem desta medida está o aumento de imigrantes europeus que emigram para a Alemanha e se candidatam às prestações sociais. Na sua maioria estes casos ocorrem por parte de cidadãos búlgaros e romenos.
O objetivo é legalizar a expulsão dos cidadãos imigrantes que, entre três a seis meses após chegarem ao país, não encontrem trabalho, revela um relatório elaborado por especialistas e apresentado pelo ministro do Interior, Thomas de Maizière, e pela ministra do Trabalho, Andrea Nahles, aos jornalistas.
Segundo o jornal El País, os peritos defendem o referido prazo como limite para a expulsão dos imigrantes, para que estes não sobrecarreguem, alegadamente, o sistema de prestações sociais que vigora na Alemanha.
O processo é delicado, uma vez que estes cidadãos usufruem da liberdade de circulação na União Europeia mas acabam por se aproveitar do sistema social alemão.
Ainda que o foco seja a imigração vinda da Roménia e Bulgária, certo é que, a avançar nos moldes anunciados, esta medida deverá afetar portugueses, bem como os restantes cidadãos europeus.
* Os imigrantes são moeda de troca para as patifarias do poder, se houver necessidade de escravos para as obras ou recolha de lixo contratam, depois põem-nos na rua e agora devolvem-nos.
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PEDRO TADEU
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
25/03/14
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Rodrigues dos Santos
confronta José Sócrates
José Rodrigues
dos Santos repetiu e repetiu a pergunta: há ou não há uma contradição
entre as críticas feitas pelo José Sócrates de hoje à política de
austeridade do Governo, com as declarações do José Sócrates
primeiro-ministro em 2011 a defender a austeridade como "o único
caminho" para o País?
Sócrates respondeu e respondeu: acompanhou
sempre as medidas de austeridade com outras de investimento público para
fazer crescer a economia. Isso faz toda a diferença em relação à
austeridade, sem mais nada, de Passos Coelho.
O diálogo animou uma
multidão virtual. Com o título "Sócrates irrita-se: "Não vinha
preparado para isto"" a notícia no site do DN tinha, ontem à noite, 123
mil visualizações, um número que se junta a centenas de milhares em
outros sites e aos infinitos comentários nas redes sociais.
Fui
ver. Nem acho que Sócrates se tenha irritado (e, confesso, parece-me
injusta a titulagem do DN) nem concordo que Rodrigues dos Santos se
tenha excedido.
Sócrates tem utilizado o espaço na RTP para,
repetidamente, apresentar a sua verdade sobre um passado como
primeiro-ministro que CDS e PSD, repetidamente, vilipendiam sem
contraditório.
Acontece que, em quase um ano de rubrica, Sócrates
também não foi seriamente confrontado com o seu próprio discurso: a
repetição constante das suas teses de defesa estava, do ponto de vista
jornalístico, a precisar angustiantemente daquilo que Rodrigues dos
Santos fez.
Dir-se-á que neste estilo de programa - como acontece
com Marcelo, Sarmento e Marques Mendes - o papel dos entrevistadores é
apenas o de guiar a conversa pelos assuntos políticos da semana de forma
a suscitar o comentário opinativo dos convidados. É um modelo
defensável mas o próprio Sócrates, ao falar sempre do passado mais
distante, quebrou esse limite.
Há outro ponto: estes órgãos de
comunicação social assumem um compromisso e uma obrigação editorial
jornalística completamente diferente daquele modelo "manso".
Todos
reclamam ter a maior independência e isenção face, entre outros, aos
políticos - objetivos, digo eu, impossíveis de alcançar mas que é
obrigação dos jornalistas tentarem obcecadamente conseguir (menos nos
seus próprios espaços de opinião). Ao sujeitar este tipo de jornalistas à
passividade está a violar-se abertamente tal compromisso por,
simplesmente, eles passarem a ser vistos como plácidos apoiantes das
opiniões dos convidados.
Significa isto que estas rubricas devem
acabar? Não. Ou se fazem como Rodrigues dos Santos fez ou, se quiserem
apenas espaços de opinião ajudados por um compère, não envolvam neles
jornalistas submetidos a um estatuto editorial daquele tipo.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
25/03/14
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"Campanha 100% ZERO" quer sensibilizar jovens para efeitos nocivos do álcool
Sensibilizar os jovens para os efeitos nocivos do álcool e
promover o debate sobre a legislação é o objetivo da "Campanha 100%
ZERO", a ser apresentada na quinta-feira no Conselho Nacional da
Juventude (CNJ).
Além de procurar chamar a atenção para os problemas que
acarreta o consumo de bebidas alcoólicas por parte de menores o CNJ quer
dar particular ênfase à idade mínima legal para o consumo de álcool,
decorrente da lei de 2013, que proíbe a venda e o consumo de bebidas
espirituosas a menores de 18 anos e de todas as bebidas alcoólicas a
menores de 16.
Num comunicado, o CNJ salienta que na grande maioria dos países da Europa a idade mínima legal para o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica é os 18 anos, acrescentando que todos os estudos indicam que os adolescentes são mais sensíveis ao álcool do que os adultos.
Em Portugal, “o início das primeiras experiências de consumo de álcool faz-se muito precocemente”, em média aos 12 anos, salienta o CNJ , que acrescenta: “O consumo de risco e nocivo de álcool continua a ser um dos principais determinantes da saúde e uma das principais causas de morte prematura e de doenças evitáveis, sendo responsável por 6,5% de todos os problemas de saúde e morte precoce na União Europeia”.
Nos países do sul da Europa, como Portugal, mais de uma em cada 11 mortes para os homens e uma em cada 16 para as mulheres são devidas ao álcool.
A “Campanha 100% ZERO” insere-se no projeto europeu Triangle, uma iniciativa piloto destinada a criar um espaço de partilha de boas práticas e de aprendizagem entre três países europeus, Portugal, Lituânia e Eslovénia.
Na União Europeia tem decrescido o consumo médio de bebidas mas, diz o documento, “a proporção de crianças, adolescentes e jovens adultos “que evidenciam padrões de consumo de risco e nocivos tem aumentado nos últimos 10 anos em muitos dos Estados-membros”, incluindo-se a tendência crescente de “consumo esporádico excessivo”.
“Os jovens encontram-se particularmente em risco, sendo o consumo nocivo de bebidas alcoólicas, em 2010 ao nível da UE, responsável por cerca de 14.5% da mortalidade masculina e de 2.61% da mortalidade feminina no grupo etário dos 15 aos 34 anos”, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O CNJ nota que o sistema biológico do jovem “não está suficientemente maduro para proceder à degradação do álcool, pelo que o seu consumo lhe provoca danos cerebrais e défices neurocognitivos com implicações para a aprendizagem e o desenvolvimento intelectual”.
Porque o cérebro continua a desenvolver-se durante a adolescência a exposição ao álcool “poderá interromper processos chave de desenvolvimento cerebral com implicações imediatas e futuras”, e comprometer “o desenvolvimento, tanto a nível biológico como a nível psicossocial “, acrescenta.
* O problema está na displicência de pais e mães que confundem liberdade com responsabilidade, o problema da álcool dependência juvenil está na falta de amor, punir o infractor é demasiado óbvio.
Num comunicado, o CNJ salienta que na grande maioria dos países da Europa a idade mínima legal para o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica é os 18 anos, acrescentando que todos os estudos indicam que os adolescentes são mais sensíveis ao álcool do que os adultos.
Em Portugal, “o início das primeiras experiências de consumo de álcool faz-se muito precocemente”, em média aos 12 anos, salienta o CNJ , que acrescenta: “O consumo de risco e nocivo de álcool continua a ser um dos principais determinantes da saúde e uma das principais causas de morte prematura e de doenças evitáveis, sendo responsável por 6,5% de todos os problemas de saúde e morte precoce na União Europeia”.
Nos países do sul da Europa, como Portugal, mais de uma em cada 11 mortes para os homens e uma em cada 16 para as mulheres são devidas ao álcool.
A “Campanha 100% ZERO” insere-se no projeto europeu Triangle, uma iniciativa piloto destinada a criar um espaço de partilha de boas práticas e de aprendizagem entre três países europeus, Portugal, Lituânia e Eslovénia.
Na União Europeia tem decrescido o consumo médio de bebidas mas, diz o documento, “a proporção de crianças, adolescentes e jovens adultos “que evidenciam padrões de consumo de risco e nocivos tem aumentado nos últimos 10 anos em muitos dos Estados-membros”, incluindo-se a tendência crescente de “consumo esporádico excessivo”.
“Os jovens encontram-se particularmente em risco, sendo o consumo nocivo de bebidas alcoólicas, em 2010 ao nível da UE, responsável por cerca de 14.5% da mortalidade masculina e de 2.61% da mortalidade feminina no grupo etário dos 15 aos 34 anos”, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O CNJ nota que o sistema biológico do jovem “não está suficientemente maduro para proceder à degradação do álcool, pelo que o seu consumo lhe provoca danos cerebrais e défices neurocognitivos com implicações para a aprendizagem e o desenvolvimento intelectual”.
Porque o cérebro continua a desenvolver-se durante a adolescência a exposição ao álcool “poderá interromper processos chave de desenvolvimento cerebral com implicações imediatas e futuras”, e comprometer “o desenvolvimento, tanto a nível biológico como a nível psicossocial “, acrescenta.
* O problema está na displicência de pais e mães que confundem liberdade com responsabilidade, o problema da álcool dependência juvenil está na falta de amor, punir o infractor é demasiado óbvio.
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12.O MELHOR
DA ARTE
O PORTAL DO
INFERNO
AUGUSTE RODIN
Cada episódio é dedicado a um grande trabalho de arte da coleção dos museus do Louvre, Antiquities Museum of Saint Germain, Orsay, Rodin e Guimet. A série mostra obras como a Monalisa e os tesouros do budismo. Um trabalho único sobre história da arte.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Ministério da Saúde avança
com enfermeiros de família
O Ministério da Saúde vai avançar em breve com a figura do enfermeiro de família, anunciou hoje o secretário de Estado Adjunto da Saúde no Parlamento.
O assunto está a ser "tratado ao nível do gabinete ministerial, mas
brevemente teremos uma proposta concreta de decreto-lei", garantiu Leal
da Costa.
O enfermeiro de família tem sido defendido por alguns especialistas
da saúde e pela Ordem dos Enfermeiros. A ideia é prestar cuidados de
saúde de proximidade aos cidadãos e de alguma forma colmatar a falta de
médicos de família.
* P'ra quando, é p'rá amanhã???
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
A solidão dos idosos em Portugal
Há 400 mil idosos a viverem sozinhos ou isolados em Portugal. Na maioria, mulheres - as histórias que aqui contamos.
O retrato do marido, que morreu há 23 anos, na mesinha entre o sofá e a porta da sala, é a maior companhia de Maria da Conceição Cordeiro.
Porque a memória do passado também ajuda a distrair a solidão. A casa empoleirada em Alfama tem vista larga para o Tejo e dentro das quatro paredes sobra o espaço que foi partilhado durante quase uma vida. ‘Cordeirinha', como é conhecida nas vielas apertadas do bairro de Lisboa, entra nas estatísticas dos 400 mil idosos que vivem sozinhos no País - segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
Na maioria, mulheres, que na batalha da longevidade sobrevivem aos maridos. São, por isso, elas que contam a solidão. Maria da Conceição casou há 70 anos no Dia das Mentiras, mas nunca duvidou da escolha. "Era uma pessoa fora de série, mimava-me muito, por isso eu nunca mais quis ninguém, mas deixou-me a casa vazia quando partiu, sinto-me muito só, faltam-me pessoas com quem falar e desabafar." O único filho tem 68 anos e mora numa ponta distante da cidade. "Está quase cego e além disso tem os sogros a cargo, por isso vejo-o pouco." Não há queixume na voz, só tristeza. Como raras vezes vai à rua - tem 85 degraus a separá-la das gentes de Alfama, que lhe pesam nas pernas e complicam a asma -, só tem contacto com a assistente social da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior e com uma voluntária que a leva às consultas médicas.
A morte do único neto também aumentou a solidão. "Estava sempre a telefonar-me e trazia-me água e leite, coisas pesadas. Perguntava sempre: ‘Avozinha, tu nunca vais ser velha pois não?'" Mas perdeu o controlo do carro aos 28 anos e partiu antes da avó, de 89 anos. Em Viseu há solidão
Quando há cerca de três meses foi abordada à porta de casa por dois homens, bem vestidos e falantes, apresentando-se como funcionários da Segurança Social, que lhe iam dar "ajuda para os medicamentos e para reconstruir a casa", Ana São José Paixão, de 80 anos, lembrou-se logo dos truques que os militares da GNR lhe ensinaram para enfrentar os burlões e ladrões. "Disse-lhes que estava à espera do meu filho para almoçar e era visitada por dois guardas. Eles assustaram-se e foram-se embora sem me fazerem mal." Este é apenas um dos muitos exemplos de sucesso do programa que a GNR tem para acompanhar os idosos sozinhos.
Esta força de segurança referenciou 34 mil pessoas a viverem nestas condições em Portugal, mais cinco mil do que em 2013. No distrito de Viseu, que lidera o ranking, estão referenciados 3745: 66% são mulheres. Ana São José Paixão é um desses casos. Residente numa aldeia entre Moimenta da Beira e Sernancelhe, recebe a visita de Nuno Matos e António Dias, militares da GNR. "São os nossos anjos-da-guarda", diz a idosa, que vive sozinha há 14 anos, desde que enviuvou.
Não muito longe e com 25 anos de solidão encontramos Maria Irides Amante, de 78 anos. "Já me habituei a viver sozinha, mas sempre que cai a noite fico com medo porque nunca sabemos o que os bandidos podem fazer às pessoas como nós." Noutra aldeia da Beira Alta estão Venâncio Augusto e Hermínia Silva, de 76 e 70 anos.
O casal vive numa quinta isolada de tudo e todos. "Estamos sempre com o coração nas mãos. Anda por aí muito bandido, mas nós também temos as nossas armas", diz, a rir-se, Hermínia, agradecendo toda a atenção e vigilância das forças da GNR. Abandono dos filhos Pouco antes de morrer, o marido de Celestina Carrasquilho pediu a uma vizinha que olhasse por ela. "Parecia que ele estava a adivinhar o que ia acontecer...", conta a idosa, de 74 anos.
O que aconteceu foi que os filhos abalaram para parte incerta e Celestina nada sabe deles. Exceto que a pedido da filha empenhou a casa para lhe emprestar dinheiro para abrir um negócio e nunca viu o dinheiro. "O meu sobrinho é que me ficou com a casa, para eu não ficar com essa dívida", senão Celestina podia não ter sequer onde morar depois de uma vida de trabalho. O filho mora em Odivelas "e há onze anos que não vem cá a casa, nem sequer conheço os meus netos. A minha filha não aparece há três anos. A última vez que falei com ela disse-lhe: ‘Quando morrer não quero cá ninguém: se não me vêm ver em vida não vale a pena virem quando estiver morta'.
Andei doze anos a tentar engravidar e fiquei tão feliz quando eles nasceram...", recorda, num misto de saudade e perplexidade. A solidão dói mais quando não é compreendida. ‘Dani', ‘Luca' e ‘Hugo' são a sua companhia habitual. "Costumo dizer que nunca estou sozinha porque tenho os meus gatos e eles falam comigo à sua maneira. Mas uma pessoa sente-se só, a televisão é a minha grande companhia; tanto que a deixo acesa toda a noite, para não ter medo", conta quem no passado foi modista e fez furor nas marchas da capital. As paredes da casa testemunham o orgulho do passado.
Há mais de uma dezena de fotografias de Celestina em várias poses. "Eu era muito bonita e arranjava-me muito para sair. Agora é que saio pouco. Passam-se quatro meses que não ponho um pé na rua." O medo de cair demove-a de se aventurar fora de casa, exceção feita para as idas ao hospital - onde tem de ir controlar o coração e outros problemas que a idade trouxe às costas. Berta do Carmo, de 87 anos, também tem andado adoentada.
Há quinze anos ficou viúva e sozinha na casa grande de Carcavelos, junto ao mar, onde criou os dois filhos, e por isso há sete mudou-se para uma casa mais pequena no Recolhimento de Santos-o-Novo, que no passado albergou as mulheres dos militares. O quintal, onde mostra com orgulho as árvores de fruto e as flores, é o ópio para a solidão. Dentro de casa sobressai uma passadeira de ginásio, onde tem de caminhar depois de tomar um medicamento.
"Não tenho propriamente saudades do meu marido; ele bebia muito e deixou-me muitas dívidas - depois de ele morrer andei a distribuir dinheiro pelos vizinhos -, mas sinto muita falta do tempo em que os meus filhos eram pequenos e eu tinha a casa sempre cheia: das festas que eles faziam, dos amigos sempre por perto, era uma festa." Com o filho que vive no Algarve, Berta fala "por e-mail e Skype", tecnologia que aprendeu na Associação Lavoisier.
"É mais a minha filha que me vem visitar quando pode, porque mora perto. Os meus netos trabalham muito, não têm tempo." Maria Reis também vê pouco a família que fez nascer. "Estive quinze dias na casa do meu filho, em Azeitão, mas ele disse: ‘Ó mãe, isto já é muito, para si e para a gente. É melhor ir um mês para casa da Luísa [filha].
Mas a minha filha agora tem lá os netos e o meu filho tem mais que fazer, por isso estou sozinha. Ainda por cima não tenho televisão e o meu radiozinho [onde ouve a Rádio Amália religiosamente] está sem pilhas." Mesmo assim está mais acompanhada, desde que a Junta de Freguesia de Águas Livres, na Amadora, criou um programa de voluntariado que faz companhia a idosos que, apesar de viverem entre tantos na cidade, estão isolados e sós. Graças ao projeto, Maria, de 94 anos, conheceu Tina, de 71, também ela com currículo na solidão.
Desde então, os dias custam menos a passar.
* Uma tristeza.
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Passos Coelho na abertura do
V Congresso da Distribuição Moderna
"Teremos de reduzir as desigualdades
e as injustiças sociais"
O primeiro-ministro apontou como objetivo a redução das desigualdades e das injustiças sociais, afirmando que "doravante" será possível "olhar para as políticas sociais" com um alcance que o "contexto de emergência" dos últimos três anos não permitiu. "Para isso, teremos de apostar na qualificação do nosso capital humano e de dar oportunidades aos nossos jovens, sobretudo aos mais desfavorecidos", destacou Passos Coelho.
O Estado e o Governo "farão bem aquilo que lhes cabe se olharem para as políticas sociais como políticas de investimento social", afirmou Passos Coelho, na abertura do V Congresso da Distribuição Moderna, promovido pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição hoje de manhã no Museu do Oriente, Lisboa.
"Para isso, teremos de apostar na qualificação do nosso capital humano e de dar oportunidades aos nossos jovens, sobretudo aos mais desfavorecidos. Teremos de proteger e elevar os rendimentos mais baixos dos portugueses que não podem dispensar os apoios sociais. Teremos de reduzir as desigualdades e as injustiças sociais", disse o primeiro-ministro.
O chefe do Governo PSD/CDS-PP acrescentou que "doravante" será possível investir com outro alcance nas políticas sociais. "No contexto de emergência dos últimos três anos, as dificuldades e as restrições muito apertadas a que ficámos sujeitos não nos permitiu olhar para as políticas sociais com o alcance que será possível doravante", afirmou Passos Coelho.
Ainda assim, defendeu o primeiro-ministro, "o objetivo de proteção e de aumento real dos salários mais baixos foi conseguido".
Passos Coelho destacou como exemplos o lançamento do "Programa de Emergência Social", a decisão de aumentar "as pensões mínimas sociais e rurais", os "protocolos muito ambiciosos com instituições sociais" e os programas de emprego jovem, cuja prioridade o Governo pretende "elevar".
Segundo o primeiro-ministro, as "políticas de investimento social" devem ter como metas o rompimento dos "ciclos de pobreza", a promoção da mobilidade social e abrir "o mundo da inovação a todas as pessoas sem exceção, independentemente da sua cor de pele, do bairro em que vivem, da região de origem ou do contexto familiar".
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do Instituto Nacional de Estatística (INE) feito em 2013 com base nos rendimentos de 2012, divulgado segunda-feira, revela que 18,7 por cento da população portuguesa estava em risco de pobreza, mais oito pontos percentuais que em 2011.
O estudo indicou ainda que a população portuguesa que vivia em situação de "privação material severa" passou de 8,6 por cento em 2012 para 10,9 por cento o ano passado.
No seu discurso, perante os associados da APED, o primeiro-ministro salientou que as organizações internacionais que acompanham a evolução do país "dizem hoje que os ganhos futuros" que as reformas estruturais irão trazer" são o "trunfo" do país nos próximos anos.
"Contas públicas equilibradas, investimento público seletivo e criterioso, redução da carga fiscal e a previsibilidade dessa carga fiscal são elementos indispensáveis para um ambiente geral de aposta na inovação", reforçou.
Olhando para "o contexto de recuperação" e para o "pós-troika", o primeiro-ministro defendeu que "não cabe ao Governo" mas sim aos empresários, trabalhadores, investigadores e cientistas responder "de onde virão as inovações para a economia nos próximos anos".
"Nos próximos anos, os Governos e os Estados cumprirão o seu papel se prosseguirem os objetivos de abertura da economia ao exterior, se atrairmos investimento estrangeiro para alargar a nossa capacidade produtiva, se não derem incentivos errados, como tanta vez se fez no passado", concluiu.
* É preciso lata, Passos Coelho pertence ao trio dos que mais contribuiram para acentuar as desigualdadessociais no país, é companheiro de estrada de Cavaco Silva e José Socrates.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"EUA e UE estão unidos e
a Rússia está só"
Barack Obama aproveitou a cimeira União Europeia-Estados Unidos, em
Bruxelas, para manifestar a sua preocupação em relação aos cortes nos
orçamentos de Defesa de alguns países da NATO. O Presidente
norte-americano fez estas declarações no quadro da crise ucraniana.
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"A situação na Ucrânia lembra-nos
que a liberdade tem um preço", declarou o líder norte-americano, durante
a conferência de imprensa conjunta com os presidentes do Conselho
Europeu, Herman van Rompy, e da Comissão Europeia, Durão Barroso.
"Os Estados Unidas e a Europa estão unidos" na crise ucraniana e "a Rússia está só", acrescentou o político democrata, que está pela primeira vez em Bruxelas desde que chegou à Casa Branca, em 2009.
Obama já tinha participado em duas cimeiras UE-EUA, mas uma foi em Lisboa, em 2010 e a outra realizou-se em Washington em 2011.
Moscovo, sublinhou Obama, "fez um mau cálculo" ao pensar "em separar" os Estados Unidos e a União Europeia.
No seu entender, a crise ucraniana demonstrou "a necessidade de a Europa diversificar as suas fontes de energia", numa altura em que é muito dependente do gás russo.
"As nossas equipas vão reunir-se, a nível ministerial, na próxima semana para discutir algumas questões relacionadas com a cooperação energética entre a UE e os EUA", disse Durão Barroso, no final da cimeira entre os dois blocos. "Temos que resolver alguns dos nossos problemas", adiantou, exemplificando com as ligações que necessitam de ser melhoradas."Temos que fazer o trabalho de casa", disse ainda Barroso, considerando que a decisão dos EUA de comercializar gás de xisto é uma "boa notícia".
Não fosse a crise na Ucrânia e, de certa forma também, a desconfiança criada entre europeus e americanos por causa das revelações sobre o modo de operar da NSA, o tema principal da agenda da cimeira UE-EUA teria sido o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento.
As negociações têm sofrido alguns atrasos e o acordo só deverá estar fechado em 2015 ou em 2016. Em Bruxelas, Obama recusou críticas. "As nossas opiniões públicas, na Europa e nos Estados Unidos, têm questões legítimas, nomeadamente para saber se serão preservadas as vitórias dificilmente conseguidas em matéria de proteção dos consumidores e de proteção do ambiente. Lutei toda a minha carreira política, enquanto Presidente, para reforçar a proteção dos consumidores. Não tenho intenção de assinar um acordo que a enfraqueça".
* A frase de Obama está incompleta, eis a frase corrigida: " Os Estados Unidos e a Europa estão cobardemente unidos na crise ucraniana e a Rússia está vitoriosamente só"
"Os Estados Unidas e a Europa estão unidos" na crise ucraniana e "a Rússia está só", acrescentou o político democrata, que está pela primeira vez em Bruxelas desde que chegou à Casa Branca, em 2009.
Obama já tinha participado em duas cimeiras UE-EUA, mas uma foi em Lisboa, em 2010 e a outra realizou-se em Washington em 2011.
Moscovo, sublinhou Obama, "fez um mau cálculo" ao pensar "em separar" os Estados Unidos e a União Europeia.
No seu entender, a crise ucraniana demonstrou "a necessidade de a Europa diversificar as suas fontes de energia", numa altura em que é muito dependente do gás russo.
"As nossas equipas vão reunir-se, a nível ministerial, na próxima semana para discutir algumas questões relacionadas com a cooperação energética entre a UE e os EUA", disse Durão Barroso, no final da cimeira entre os dois blocos. "Temos que resolver alguns dos nossos problemas", adiantou, exemplificando com as ligações que necessitam de ser melhoradas."Temos que fazer o trabalho de casa", disse ainda Barroso, considerando que a decisão dos EUA de comercializar gás de xisto é uma "boa notícia".
Não fosse a crise na Ucrânia e, de certa forma também, a desconfiança criada entre europeus e americanos por causa das revelações sobre o modo de operar da NSA, o tema principal da agenda da cimeira UE-EUA teria sido o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento.
As negociações têm sofrido alguns atrasos e o acordo só deverá estar fechado em 2015 ou em 2016. Em Bruxelas, Obama recusou críticas. "As nossas opiniões públicas, na Europa e nos Estados Unidos, têm questões legítimas, nomeadamente para saber se serão preservadas as vitórias dificilmente conseguidas em matéria de proteção dos consumidores e de proteção do ambiente. Lutei toda a minha carreira política, enquanto Presidente, para reforçar a proteção dos consumidores. Não tenho intenção de assinar um acordo que a enfraqueça".
* A frase de Obama está incompleta, eis a frase corrigida: " Os Estados Unidos e a Europa estão cobardemente unidos na crise ucraniana e a Rússia está vitoriosamente só"
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HOJE NO
"RECORD"
Pedro Isidro nos 50 km marcha
da Taça do Mundo
O atleta do Benfica Pedro Isidro foi selecionado para os 50 km marcha
da Taça do Mundo da especialidade, a disputar em Taicang, na China, a
03 e 04 de maio, anunciou esta quarta-feira a Federação Portuguesa de
Atletismo (FPA).
Pedro Isidro, que tem como melhor marca na
distância 3:57.09 horas, vai integrar a seleção lusa, cujos restantes
elementos vão ser divulgados a 7 de abril, acrescentou a FPA.
* Que este incansável trabalhador justifique a convocatória!
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Combate a incêndios reforçado com
mais 250 bombeiros e quatro aviões
O dispositivo de
combate a incêndios florestais vai ser reforçado este ano com mais 250
bombeiros e quatro meios aéreos em relação ao ano passado e terá um
custo de 85 milhões de euros.
Em conferência de imprensa de
apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais
(DECIF), o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, adiantou
que este ano vai também ser reforçada a utilização de máquinas de rasto e
utilizar-se "preferencialmente" autocarros para fazer o transportar dos
bombeiros que vão ser rendidos durante os fogos.
A época mais
crítica em incêndios florestais, que vai decorrer entre 1 de julho e 30
de setembro, vai este ano contar com 2.220 equipas das diferentes forças
envolvidas, 9.697 elementos, 2.027 veículos e 49 meios aéreos, segundo o
DECIF apresentado por José Manuel Moura.
Também presente na
conferência de imprensa, o ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, afirmou que o dispositivo de combate a incêndios florestais vai
custar cerca de 85 milhões de euros, enquanto no ano passado
inicialmente foi avançada uma verba de 78,5 milhões de euros, montante
que foi reforçado com mais 14 milhões de euros devido aos incêndios,
tendo sido gasto, por exemplo, nas viaturas dos bombeiros que arderam.
O ministro justificou os 85 milhões de euros com um reforço dos meios aéreos e das equipas terrestres.
Miguel
Macedo considerou que este ano houve um reforço inicial da verba para o
dispositivo em comparação com 2013, sublinhando que se for necessário o
montante será aumentado.
Este ano, os bombeiros vão ser
reforçados com rádios SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e
Segurança de Portugal), pretendendo a Autoridade Nacional de Proteção
Civil entregar os 2.600 rádios até ao final de abril.
O ministro
avançou também que os bombeiros vão continuar a ter ações de formação e
treino até ao início da época de incêndios, esperando também que parte
dos equipamentos de proteção individual, já anunciados, cheguem às
corporações no início da época crítica de incêndios.
O comandante
operacional nacional destacou que o principal objetivo durante a época
de fogos é a "segurança" dos elementos envolvidos no combate e só,
depois, a área ardida.
"A grande preocupação é a segurança das forças", disse, sublinhando que esta é uma atividade que não deixará de ser de risco.
Em
2013, os incêndios florestais provocaram nove mortos, oito bombeiros e
um autarca, e consumiram mais de 145 mil hectares, a maior área ardida
dos últimos oito anos.
* Desejamos que os responsáveis do MAI e da Agricultura, sejam menos displicentes que em 2013.
Leia com atenção a síntese do 9º relatório provisório de incêndios do INCF.
- 9º Relatório PROVISÓRIO de incêndios florestais - 1 de janeiro a 15 de outubro de 2013
A base de dados nacional de incêndios florestais regista, no período compreendido entre 1 dejaneiro e 15 de outubro de 2013, um total de 18.869 ocorrências (3.552 incêndios florestais e15.317 fogachos) que resultaram em 52.184 hectares de povoamentos e 88.760 hectares de matosardidos, perfazendo uma área ardida de 140.944 hectares. Comparando os valores do ano correntecom o histórico dos últimos dez anos, destaca-se que se registaram menos 13% de ocorrênciasrelativamente à média verificada no decénio e que ardeu mais 0,7% do que o valor médio de áreaardida no mesmo período (quadro 1), sendo de salientar que a área ardida de povoamentosflorestais é inferior em cerca de 30% à média da área ardida nesse mesmo período. Até à dataregistaram-se 1.445 reacendimentos, mais 2% do que a média de reacendimentos do decénioanterior..