26/03/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Combate a incêndios reforçado com
 mais 250 bombeiros e quatro aviões

O dispositivo de combate a incêndios florestais vai ser reforçado este ano com mais 250 bombeiros e quatro meios aéreos em relação ao ano passado e terá um custo de 85 milhões de euros.

Em conferência de imprensa de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, adiantou que este ano vai também ser reforçada a utilização de máquinas de rasto e utilizar-se "preferencialmente" autocarros para fazer o transportar dos bombeiros que vão ser rendidos durante os fogos.

A época mais crítica em incêndios florestais, que vai decorrer entre 1 de julho e 30 de setembro, vai este ano contar com 2.220 equipas das diferentes forças envolvidas, 9.697 elementos, 2.027 veículos e 49 meios aéreos, segundo o DECIF apresentado por José Manuel Moura.

Também presente na conferência de imprensa, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou que o dispositivo de combate a incêndios florestais vai custar cerca de 85 milhões de euros, enquanto no ano passado inicialmente foi avançada uma verba de 78,5 milhões de euros, montante que foi reforçado com mais 14 milhões de euros devido aos incêndios, tendo sido gasto, por exemplo, nas viaturas dos bombeiros que arderam.

O ministro justificou os 85 milhões de euros com um reforço dos meios aéreos e das equipas terrestres.
Miguel Macedo considerou que este ano houve um reforço inicial da verba para o dispositivo em comparação com 2013, sublinhando que se for necessário o montante será aumentado.

Este ano, os bombeiros vão ser reforçados com rádios SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), pretendendo a Autoridade Nacional de Proteção Civil entregar os 2.600 rádios até ao final de abril.

O ministro avançou também que os bombeiros vão continuar a ter ações de formação e treino até ao início da época de incêndios, esperando também que parte dos equipamentos de proteção individual, já anunciados, cheguem às corporações no início da época crítica de incêndios.

O comandante operacional nacional destacou que o principal objetivo durante a época de fogos é a "segurança" dos elementos envolvidos no combate e só, depois, a área ardida.
"A grande preocupação é a segurança das forças", disse, sublinhando que esta é uma atividade que não deixará de ser de risco.

Em 2013, os incêndios florestais provocaram nove mortos, oito bombeiros e um autarca, e consumiram mais de 145 mil hectares, a maior área ardida dos últimos oito anos.


* Desejamos que os responsáveis do MAI e da Agricultura, sejam menos displicentes que em 2013.

Leia com atenção a síntese do 9º relatório provisório de incêndios do INCF.

  • 9º Relatório PROVISÓRIO de incêndios florestais - 1 de janeiro a 15 de outubro de 2013 
    A base de dados nacional de incêndios florestais regista, no período compreendido entre 1 de
    janeiro e 15 de outubro de 2013, um total de 18.869 ocorrências (3.552 incêndios florestais e
    15.317 fogachos) que resultaram em 52.184 hectares de povoamentos e 88.760 hectares de matos
    ardidos, perfazendo uma área ardida de 140.944 hectares. Comparando os valores do ano corrente
    com o histórico dos últimos dez anos, destaca-se que se registaram menos 13% de ocorrências
    relativamente à média verificada no decénio e que ardeu mais 0,7% do que o valor médio de área
    ardida no mesmo período (quadro 1), sendo de salientar que a área ardida de povoamentos
    florestais é inferior em cerca de 30% à média da área ardida nesse mesmo período. Até à data
    registaram-se 1.445 reacendimentos, mais 2% do que a média de reacendimentos do decénio
    anterior.
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