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6-INESQUECÍVEL

Di Stéfano:
 “Para mim Eusébio será 
sempre o melhor jogador 
de todos os tempos”

Alfredo Di Stéfano, antiga glória do Real Madrid e presidente honorário do clube desde 2000, qualificou este domingo Eusébio como “o melhor jogador de todos os tempos”, numa declaração citada pelo site do jornal espanhol "Marca".
Di Stéfano, actualmente com 88 anos, manteve sempre uma relação de grande amizade com Eusébio, que considerava igualmente o argentino, naturalizado espanhol, como o melhor futebolista de todos os tempos.

A relação entre os dois iniciou-se na final da Taça dos Campeões Europeus de 1961-62, em Amesterdão, na Holanda, quando o Benfica de Eusébio venceu os madridistas, por 5-3 (com dois golos de Eusébio), naquela que seria o segundo título da equipa lisboeta na maior competição de clubes da UEFA.

No final, um jovem Eusébio não resistiu a ficar com uma recordação do seu ídolo. “Tinha dito ao senhor Coluna para pedir ao senhor Alfredo Di Stéfano para me dar a camisola e consegui. Ele sabia lá quem era o Eusébio. Quando ganhámos fui a correr para junto dele e ele deu-me a camisola e ficou com a minha. Nessa altura, roubaram-me o fio da minha mãe e os calções, mas consegui guardar a camisola nas cuecas”, contou mais tarde o “Pantera Negra”.

IN "PÚBLICO"
05/01/14

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EUSÉBIO COM GRAÇA



















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5-INESQUECÍVEL

Futebolistas internacionais
 lamentam a morte do "The King" 

O antigo futebolista português Luís Figo lamentou a morte de Eusébio, reconhecendo tratar-se de uma "grande perda", através da rede social na Internet Twitter. Mancheter United foi o primeiro clube a reagir, à perda, que foi comentada por inúmeros futebolistas nacionais e internacionais.

"The King!!! Grande perda para todos nós! O mais grande!!", pode ler-se no Twitter de Figo, que, em 2001, se tornou no segundo português a conquistar a Bola de Ouro, depois de Eusébio, que venceu o troféu em 1965.
O extremo do Espanyol e ex-"capitão" do Benfica Simão Sabrosa também recorreu à rede social Twitter para partilhar a sua emoção: "Triste muito triste. Descansa em paz King. És eterno!! RIP Eusébio".
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Tal como o internacional português João Pereira, defesa direito do Valência, recorreu ao Twitter para apresentar as "condolências à família e amigos de uma lenda do futebol português". "Descansa em paz King Eusébio", rematou João Pereira.
"Que triste notícia Deus. Descansa em paz Eusébio. Serás sempre recordado", escreveu o extremo argentino do Benfica Salvio.
O internacional espanhol Xabi Alonso, do Real Madrid, foi dos primeiros futebolistas da atualidade a manifestar-se nas redes sociais, com a singela mensagem "RIP Eusebio (1942-2014), um dos grandes".
Mensagem semelhante partilhou o ex-jogador Marco Materazzi, igualmente no Twitter, considerando Eusébio uma "lenda".
Também os ingleses do Manchester United já manifestaram nas redes sociais o seu pesar pela morte do antigo futebolista luso. "Estamos tristes por ter sabido que morreu Eusébio, lenda do Benfica. Ele era um jogador fantástico e um amigo do clube", pode ler-se na página oficial dos "red devills" no Twitter.
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Figueiredo, numa nota enviada à agência Lusa, endereçou "à família, aos portugueses, ao Benfica, ao presidente Luís Filipe Vieira e a todos os adeptos e sócios do Sport Lisboa e Benfica, as sentidas condolências pelo falecimento" de Eusébio da Silva Ferreira. "Eusébio é um símbolo maior de Portugal, dos portugueses e do Mundo do Futebol. Obrigado Eusébio", referiu ainda o presidente da LPFP.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) reagiu com consternação à morte de Eusébio, considerando que "Portugal está de luto", porque perdeu o "eterno símbolo do país". Para a FPF, "Eusébio maravilhou o mundo do futebol na década de 60", destacando a vitória na Taça dos Campeões Europeus de 1962 ao serviço do Benfica, e o terceiro lugar no Mundial de Inglaterra de 1966, com a camisola da seleção portuguesa. "À família enlutada e ao SL Benfica quer a Federação Portuguesa de Futebol, nesta hora difícil, expressar sentidos pêsames", conclui a nota da FPF.
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, defendeu, este domingo, que "Eusébio era um embaixador do futebol e da FIFA", que "vai fazer muita falta" ao desporto-rei. "O futebol perdeu uma lenda. Mas o lugar de Eusébio entre os grandes nunca lhe será tirado", escreve o líder máximo do futebol mundial na sua conta da rede social twitter. "Descansa em paz pantera negra", conclui o presidente da FIFA, na sua mensagem na internet.
O Real Madrid lamentou também o falecimento de Eusébio na sua página na internet, classificando o "pantera negra" como "um dos melhores jogadores de todos os tempos" e endereçando as condolências à família do ex-futebolista do Benfica.
A morte de Eusébio representa a perda de "um dos ícones do futebol mundial", disse à Lusa o presidente da Federação Angolana de Futebol, Pedro Neto, a propósito da morte do futebolista. "É um momento de bastante tristeza, na medida em que se perdeu um dos ícones do futebol mundial. Estrela mais cintilante do futebol português e, quiçá, que tenha passado pelas fileiras do Benfica e por todos estes motivos, por todos estes atributos, acredito que o futebol está mais pobre, vai ficar mais pobre", disse Pedro Neto.
"De forma direta ou indireta, Eusébio acabou por ser um embaixador do futebol africano, na Europa e no mundo. O seu exemplo enquanto atleta, enquanto jogador, porque não foram poucos os jovens que utilizaram o seu exemplo", destacou Pedro Neto.
Eusébio da Silva Ferreira morreu, a madrugada deste domingo, às 4.30 horas, vítima de paragem cardiorrespiratória, disse à agência Lusa fonte do clube. O "Pantera Negra" foi eleito o melhor jogador do Mundo em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial Inglaterra de 1966 foi considerado o melhor jogador da competição, na qual foi o melhor marcador, com nove golos. Na mesma competição, Portugal terminou no terceiro lugar.

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
05/01/14


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4-INESQUECÍVEL

António Simões:
 «Disse-lhe sempre que
 ele tinha que ser o último»

António Simões reagiu esta manhã à morte de Eusébio, referindo que perdeu um irmão.

Numa reação emocionada à TSF, Simões disse que sentia a saúde de Eusébio mais debilitada, mas não estava preparado para o perder. Eusébio faleceu às 4.30 horas, devido a paragem cardiorrespiratória.
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«Eu sempre lhe disse, não tenhas pressa, tens que ser o último, não um dos primeiros. Ele sempre me ouviu, a cumplicidade era enorme, não aconteceu assim desta vez... Era um companheiro, um amigo, um jogador excepcional, tinha qualidades humanas às vezes desconhecidas. O país perdeu uma referência extraordinaria e eu perdi o meu amigo, um irmão», resumiu.

«Ultimamente estava debilitado, ia fazer 72 anos, mas eu não estava preparado. Senti que o Eusébio caiu bastante nos últimos dois, três anos, quando cá vinha dizia-lhe, mas ele não queria falar muito nisso. Eu estava à espera que fosse mais tarde....», disse ainda. 

IN "A BOLA"
05/01/14

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EUSÉBIO
NO ALTA DEFINIÇÃO 



Mais uma entrevista excelente de DANIEL OLIVEIRA na SIC


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3-INESQUECÍVEL

Mário Coluna: 
«Tinha Eusébio como um filho»

O antigo capitão do Benfica Mário Coluna disse este domingo que a morte de Eusébio, que "tinha como um filho", é triste para o futebol mundial e para Moçambique, uma vez que a "pantera" também "representava o desporto moçambicano". 

AO MEIO CHICO BUARQUE
Quando chegou a Lisboa, em dezembro de 1960, para jogar no Benfica, Eusébio da Silva Ferreira levava uma carta da sua mãe dirigida a Mário Coluna, em que esta pedia ao capitão moçambicano que tomasse conta do seu filho.

"Saiu daqui com a autorização da mãe e eu como pai dele. Fui eu que o representei até ele ser maior de idade. Tinha-o como um filho, e, por isso, hoje é um dia muito triste", lamentou Mário Coluna em declarações à agência Lusa.

A jogar pela equipa portuguesa encarnada, Mário Coluna e Eusébio brilharam mundialmente na década de 1960, representando a conquista da Taça dos Clubes Europeus, em 1962, frente ao Real Madrid (5-3), no Estádio Olímpico de Amesterdão, na Holanda, um dos momentos mais importantes da carreira de ambos os jogadores, naturais de Moçambique.

Os dois jogadores partilharam ainda o terceiro lugar da seleção portuguesa no Campeonato Mundial de Futebol de 1966, disputado na Inglaterra. Embora tenha passado grande parte da sua vida em Portugal, ao contrário de Mário Coluna, que regressou a Moçambique depois do período de independência, na década de 1970, Eusébio é tido pelo seu "pai" como moçambicano.

"O Eusébio representava Moçambique no desporto, portanto, ele era moçambicano. Os moçambicanos estão tristes com esta notícia", concluiu Coluna. Eusébio da Silva Ferreira nasceu no bairro da Mafalala, em Lourenço Marques (atual Maputo), a 25 de janeiro de 1942. Morreu hoje aos 71 anos, em Lisboa. 

IN "RECORD"
05/01/14


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MIGUEL GASPAR

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Feliz ano novo, 
senhor primeiro-ministro

A selfie de Passos Coelho não cola com a do país. Mas o governo saiu melhor de 2013 do que entrou.

Quando festejou as doze baladas da meia-noite do último dia de 2013, o primeiro-ministro terá desejado, mais uma vez, um ano novo sem chumbos do Tribunal Constitucional, sermões da troika ou birras de Paulo Portas. Mas terá pedido sobretudo uma derrota o menos pesada possível nas eleições europeias de Maio, que a economia continue a melhorar e que o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia aceitem um programa cautelar mais ou menos suave.

Tudo isto somado, Passos Coelho poderá permitir-se o luxo de continuar a construir uma estratégia para as eleições legislativas de 2015 onde a vitória passe a ser uma hipótese difícil, mas não impossível. Algo que, há um ano, seria pura e simplesmente inimaginável. Mas os factos do primeiro dia do novo ano são irrevogavelmente estes: o governo PSD/CDS saiu do ano terrível de 2013 melhor do que entrou e pode aspirar a que o mesmo venha a acontecer em 2014.
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Não se pode dizer que isto seja um mau balanço para um governo que fez demasiados erros, deixou demasiadas coisas por fazer, escapou por um triz a uma crise política e continua a pagar o preço da austeridade e dos cortes que impôs aos portugueses, que as escassas melhorias registadas no plano económico e do emprego não são suficientes para apagar.

No entanto, e apesar do enorme descontentamento da sociedade portuguesa, o fim da recessão técnica, a expectativa do crescimento em 2014 ou a melhoria das exportações permitem ao Governo sustentar a narrativa de que os sacrifícios valeram a pena e de que a política de austeridade resultou.

Significa isto que a selfie que o primeiro-ministro fez de si próprio na entrevista à TVI e à TSF e na mensagem de Natal bate certo com a realidade do país? De modo algum. A reanimação da economia é mais do que um acaso, mas o ponto de partida dessa reanimação é muito baixo e as razões estruturais da crise continuam intocadas, tanto a nível das contas públicas portuguesas como da moeda única. A dor e o sofrimento da austeridade não são a consequência das reformas, como pretende o Governo, mas a consequência da ausência de reformas capazes de debelar a crise. Tudo o resto é ilusão, a começar pelo discurso optimista do executivo. Então, como é que o Governo pode estar a ganhar?

Acima de tudo, isso acontece devido à ausência de um discurso consistente da oposição, que ainda não conseguiu explicar onde está a alternativa. O PS de António José Seguro é um partido reactivo, com ideias sectoriais, é certo, mas sem uma visão clara para o futuro. Além disso, está refém da oposição interna que o quer arrastar para a esquerda. Ora uma eventual radicalização do PS é basicamente o melhor presente que uma esquerda cada vez mais dividida pode oferecer a Pedro Passos Coelho. As contradições e a ineficácia da esquerda são aliadas seguras com as quais a maioria PSD/CDS pode contar.

Por ilusória e pouco significativa que possa ser, a retoma económica está a permitir a Passos Coelho esconder os erros da governação e reforçar a mensagem de que a crise e o resgate são culpa dos excessos do socratismo. Enquanto conseguir sustentar esta narrativa, Passos Coelho pode pensar em ser reeleito em 2015. Mesmo depois de ter dito que se estava nas tintas para eleições.

É difícil que o consiga, mas a novidade é que passou a haver uma janela de oportunidade. Há um desgaste muito pesado da governação, como era inevitável, mas há também um desgaste da oposição. Para conseguir vencer a barreira substantiva que o separa do PS nas sondagens, Passos Coelho precisa do CDS e de ir a votos nas legislativas em listas conjuntas, como já acontecerá nas europeias.

Isso significa, como é evidente, que Paulo Portas e o CDS continuam a ter as chaves do reino nas mãos. É por isso, aliás, que Paulo Portas é o vencedor político do ano. Desencadeou de forma absolutamente irresponsável uma crise que o país pagou caro em juros e em credibilidade externa. Mas, como tantas vezes acontece na política portuguesa, o infractor foi beneficiado. E o triunfo de Portas é esse, o de ter-se mantido irrevogável. A crise de Julho foi um momento chave na vida desta coligação. Passos foi obrigado a ceder muito para o Governo poder continuar. Ao decidirem concorrer em listas conjuntas às europeias, para reforçar a imagem de coesão da coligação, colocaram-se em posição de dependência mútua. O CDS ficou a salvo de um mau resultado, mas quererá vender cara uma repetição das listas conjuntas nas legislativas, que está longe de ser uma certeza.

Os dados estão lançados. Para a sua selfie de Ano Novo, Passos Coelho precisa de ter Paulo Portas a dizer-lhe feliz ano novo, senhor primeiro-ministro. Mas para a selfie ser perfeita, ele precisava de saber quais foram as outras mensagens de ano novo do seu vice-primeiro-ministro. A irrevogabilidade é um posto.

IN "PÚBLICO"
02/01/14

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2-INESQUECÍVEL

Mourinho: 
"Eusébio é Portugal"

Treinador português lembra que cresceu com "Eusébio e Amália como grandes símbolos de Portugal". 
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José Mourinho considerou que a morte de Eusébio, na madrugada deste domingo, aos 71 anos anos, "é uma perda para a sua família e amigos mais íntimos", realçando que "aquilo que Eusébio deixa torna-o imortal".


"Cresci com Eusébio e Amália como grandes símbolos de Portugal. E é nessa perspetiva que os continuo a ver. São imortais", destacou, em declarações à RTP. "Foi sempre referência importante por aquilo que foi no futebol, pelos valores, princípios e sentimentos que foi sempre transmitindo, mesmo depois de deixar de jogar. Isso faz dele uma pessoa única no futebol português, que deixa um vazio grande, mas, como disse, vejo-o nessa perspetiva de imortalidade", acrescentou.

O técnico do Chelsea defendeu, ainda, que se Eusébio fosse futebolista no século XXI poderia mesmo estar ao nível dos melhores do mundo. "Numa geração, e numa altura completamente diferente, foi aquilo que foi. Ao fazer um paralelismo com o que são agora os melhores do Mundo, tem de se pensar no que ele poderia ser hoje, se tivesse 20 ou 30 anos e fosse jogador de futebol. Sem os meios e máquinas que há agora por trás [do fenómeno do futebol], conseguiu coisas incríveis", avaliou.

"A minha geração ainda tem Eusébio na memória. Lembro-me de ver Eusébio a jogar contra o meu pai. Tem significado especial que não podemos deixar de trazer para as gerações de agora: a imortalidade de um homem que foi tudo para Portugal num período em que Portugal era aquilo que era, e o Mundo completamente diferente. O meu filho sabe quem é Eusébio, sem nunca ter visto o que ele fez", concluiu.

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
05/01/14

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XIV.O MUNDO SECRETO DOS JARDINS


O MUNDO 
DAS ÁGUAS




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1-INESQUECÍVEL

Quando Eusébio 
ainda era Nené ou o Magagaga

Nascido em 1942, Eusébio sempre teve o futebol como grande paixão por influência do pai, Laurindo. Dos jogos em Mafalala ao modesto Brasileiros, destacou-se no Sporting de Lourenço Marques até chegar ao Benfica.


"Falta um, anda", grita um miúdo num campo de terra em Mafalala. O rapaz de oito anos alinhou. Ironia do destino, o melhor jogador português de sempre foi chamado para o seu primeiro jogo, a brincar e com uma bola de trapos, apenas porque faltava um. E a meio de um recado que tinha ido fazer à mãe Elisa. Que não gostou: afinal, entrou em casa já a meio da hora de jantar.
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O futebol sempre foi a grande paixão do 'Pantera Negra' por influência do pai, Laurindo (que morreu novo, aos 35 anos, vítima de tétano), "um angolano branco", como explicou na última entrevista ao Expresso. No entanto, ninguém da família tinha o virtuosismo de Eusébio e a mãe cedo se viu em trabalhos para controlar esse destino. Como descreve João Malheiro na biografia do ex-jogador, "foi o filho por quem mais puxou".
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O avançado supersónico
Nascido a 25 de Janeiro de 1942, Eusébio cumpria a vida de qualquer miúdo: aulas das 8h às 11h30, almoço, mais aulas das 14h às 16h30. Mas o que mais lhe interessava era o período pós-escola. Com os amigos - entre os quais o primo Madala e o irmão de Hilário, Orlando - passava horas a fio a jogar futebol. Ou, pelo menos uma vez, a ver: foi um dos milhares de espectadores que marcaram presença na inauguração do estádio do Desportivo de Lourenço Marques (o clube do coração, um gosto 'herdado' do pai), quando era o tal miúdo que entrava nas partidas de bairro porque faltava mais um.
Com o tempo, à velocidade da própria alcunha, passou a ser conhecido como Magagaga. Ou, em landim, o supersónico. Ou... Nené.
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O primeiro clube de Eusébio foi os Brasileiros, ideia de um vendedor de cautelas que passava tardes a ver os meninos do bairro a jogar. Por isso, todos adoptaram o seu nome; ao 'Pantera Negra', calhou Nené, médio da Portuguesa dos Desportos. No primeiro jogo, Eusébio fez um bis e a sua equipa ganhou 7-1 ao Estrada de Angola. Teve, como todos os amigos e colegas, direito a prémio: dez escudos. A fera estava lançada.
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Recusado, até mais do que uma vez, pelo clube do coração, assina pelo rival Sporting de Lourenço Marques. Ainda era júnior, mas a quantidade de golos que fazia funcionou como atalho para os seniores; aí, a marca aumentou - 29 golos em 12 jogos. E quebrou o jejum de títulos.
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O primeiro trabalho, o primeiro salário
Os clubes da metrópole começavam a posicionar-se para garantir o diamante em bruto que acabara de ser descoberto. Fosse Benfica, Sporting, FC Porto ou Belenenses, todos tinham a convicção que seria uma mera questão de tempo. Mas Eusébio queria era marcar golos. 
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Pelo meio, completou os estudos e ganhou mais uns trocos: em 1959, fez o exame da 3ª classe com 15 valores; depois, trabalhou no arquivo de uma empresa de acessórios para automóveis com um salário de 1200 escudos por mês. Mas Lisboa era o seu destino.

IN "EXPRESSO"
05/01/14

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Pavarotti



Nessun Dorma - Turandot






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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

Facebook processado por fornecer
 dados de mensagens privadas
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A rede social é acusada de monitorizar e fornecer dados recolhidos nas mensagens privadas dos utilizadores a anunciantes.


O Facebook foi processado, num tribunal federal da Califórnia, por alegadamente interceptar sistematicamente as mensagens privadas trocadas entre os seus utilizadores para fornecer dados a terceiros para fins de marketing e publicidade. 

Os endereços de internet partilhados entre os utilizadores são alegadamente usados para esses fins.
A acusação foi apresentada no princípio desta semana, pelos utilizadores Matthew Campbell e Michael Hurley, em nome de todos os utilizadores norte-americanos que enviaram ou receberam mensagens privadas no Facebook com endereços de Internet.
Os responsáveis da rede social declaram que as acusações de que são alvo "não têm mérito" e que irão "defender-se vigorosamente".

Utilizadores pensam não estar a ser vigiados
O Facebook é acusado de violar a legislação de privacidade nas comunicações electrónicas e as leis de privacidade da Califórnia. 
"Como os utilizadores pensam que estão a comunicar através de um serviço sem vigilância eles estão mais propensos a revelar dados sobre si próprios que não revelariam se soubessem que o conteúdo da mensagem estava a ser monitorizado", refere a acusação. 
Os queixosos pretendem que a rede social seja condenada a pagar uma indemnização de cerca de 73 euros por cada dia das alegadas violações ou de cerca de 7,3 mil euros, por cada utilizador. 
As constantes alterações do Facebook, relativamente à maior exposição de dados pessoais partilhados na rede, tem sido alvo de grande criticismo e no passado já foi alvo de diversos outros processos relativos a questões de privacidade.Para além do Facebook, também o Google, Yahoo e LinkedIn já foram acusados de partilharem dados dos seus utilizadores para fins comerciais.

* O Facebook faz-lhe o striptease sem dar conta!

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ESTA SEMANA NO
"AUTOSPORT"

Mercedes-Benz anuncia parceria
 com relógios inteligentes Pebble

A Mercedes-Benz tem uma nova parceria estratégica com a Pebble Technology, que será apresentada oficialmente no International CES 2014, maior evento de eletrónica de consumo mundial. 


A marca alemã irá demonstrar como um veículo ligado em rede fica a integrar a internet, visando expor como os clientes podem beneficiar. 

Para o efeito, a Mercedes reinventou a aplicação Digital DriveStyle, que agora poderá comunicar com os relógios inteligentes da Pebble. 

Recorde-se que o Pebble é um relógio inteligente que se afirma como um ‘segundo ecrã’ do smartphone do seu utilizador. Aplicado a um veículo, poderá permitir aos condutores, quando se afastarem do carro, rever várias informações como o nível de combustível ou a localização da viatura. Já dentro da mesma, o relógio pode alertar o condutor para os perigos da estrada em tempo real, detetando desde acidentes e veículos avariados até obras na estrada. 

* Tecnologia para muito ricos.

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LEFF JEFFRIES
HUMANOS















































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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"

Nova TSU dos idosos vai cortar pensões
 a mais 110 mil reformados

A descida de 1350 para 1000 euros no patamar de valores de pensões sujeita a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) vai aumentar em cerca de 40,6% o número de pessoas abrangidas por esta taxa contributiva. Mas o universo poderá ainda sofrer alterações já que o valor mínimo para a incidência da CES não está totalmente fechado.

Entre pensionistas da Caixa Geral de Aposentações e da Segurança Social, a CES era, até ao final de 2013, paga por cerca de 272 mil pessoas. Mas com o alargamento da base de aplicação a todos os que recebem mais de mil euros brutos por mês em pensões, ficarão sujeitos mais de 382 mil reformados. São mais 110 mil, sendo que a maior parte (62 mil) virão da Segurança Social).


Esta é uma das medidas anunciadas pelo Governo para, no imediato, fazer face ao chumbo do diploma da convergência das pensões, mas ao que o DN/Dinheiro Vivo apurou não está ainda definitivamente fixado nos mil euros o novo patamar. Afastado está o cenário de a CES poder incidir sobre pensões de valor tão reduzido como previa o diploma da convergência, no qual apenas escapavam aos cortes os reformados com pensões inferiores a 600 euros.

Resta igualmente ainda saber se o esquema de taxas da CES (entre 3,5% e 10% para pensões até 5030 euros e de 15% e 40% a partir deste valor) se manterá ou se também será alterado no âmbito da “recalibragem” da CES que o ministro Marques Guedes referiu, na quinta-feira, estar a ser feita para que a medida possa contribuir para acomodar o impacto orçamental do chumbo da convergência das pensões.

Independentemente do que falta ainda conhecer, a medida está já a ser alvo de forte contestação, com os sindicatos da função pública a acusarem o Governo de querer ir ainda mais longe e alargar os cortes a mais pensionistas, depois de ter visto o Tribunal Constitucional vetar o diploma da convergência. “Primeiro, o Governo queria cortar nas reformas da CGA, mas face à decisão do TC, quer espetar a faca ainda mais fundo”, acentuou Helena Rodrigues, do STE.

Perante o agravamento da CES e também da contribuição da ADSE, a UGT avançou já com um pedido de audiência urgente ao Presidente da República, com José Abraão, da Fesap (afeta à UGT) a acusar o Governo de ter uma “fixação enorme nos funcionários públicos e pensionistas”. Do lado da CGTP, Arménio Carlos sinalizou já novas ações de mobilização dos trabalhadores para lutar contra estes novos cortes de pensões e de salários.


A CES incide sobre o valor bruto das pensões, tal como o IRS e também a ADSE. Apesar de, em 2014, os reformados manterem um dos subsídios em regime de duodécimos, verão subir a retenção mensal do imposto, porque esta passa a ser feita com base numa tabela concebida para 14 remunerações anuais e não 13,1, como sucedeu em 2013.

“Vem aí a TSU dos idosos”Seguro acusou ontem o Governo de estar a preparar uma “TSU dos idosos”, defendendo que se pode acomodar em 0,2% o défice para o próximo ano apontando o facto de este valor ser “uma gota de água” no défice “comparado com os 100 ou 200 euros no bolso de um reformado”. “O PS só tem uma palavra, sempre esteve e estará contra. Esperemos que dentro do Governo também só exista uma palavra”, afirmou o líder do PS referindo-se “à linha vermelha” traçada no ano passado por Portas, em relação a uma eventual “TSU dos pensionistas” - um aumento de taxas sobre a generalidade das pensões.

António José Seguro criticou o que classificou de “meias-medidas” que criam “mais incerteza e insegurança no início do novo ano para famílias de portugueses que passam enormes privações”.

 * O optimismo do governo custa sangue, súor e lágrimas aos portugueses.


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AZARES NA COZINHA





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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

Casamentos em cenários de guerra 

Estes casais são a prova que o amor pode surgir até nos ambientes mais violentos 

Uma noiva a posar na frente de um lançador de mísseis, recém-casados que saem da cerimónia para participar em manifestações ou convidados que vão armados e decidem disparar tiros para o ar para festejar a união. Estas são as fotografias mais extraordinárias de casamentos em autênticos cenários de guerra. 

Na imagem, um soldado israelita aguarda a passagem de dois casais que participam num protesto contra a faixa de Gaza, na cidade israelita al-Masara, em Julho de 2009. A faixa de Gaza é um território palestiniano que faz fronteira com o Egipto e Israel e que há muito é um local assolado por conflitos terroristas. 

* Os "donos do dinheiro" são os "mandantes da guerra"!

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