02/12/2014

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HOJE NO
"RECORD"

Pedro Proença pode mesmo abandonar 
IDEIA MANTÉM-SE NA VÉSPERA 
DO MUNDIAL DE CLUBES

Pedro Proença viaja esta quarta-feira para Marrocos, onde representará Portugal e a UEFA no Mundial de Clubes, que se realiza entre os dias 10 e 20. O árbitro português, que será acompanhado por Tiago Trigo e Bertino Miranda, equaciona mesmo terminar ali a sua carreira, caso chegue à final da competição, como tinha afirmado na entrevista a Record, publicada a 8 de novembro.
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“Tenho atrás de mim a responsabilidade de ter conseguido para o futebol e para a arbitragem nacional grandes feitos, mas já são mais de 20 anos de arbitragem, que uma atividade que causa um desgaste muito grande, e quando chegamos a um determinado patamar queremos outros desafios. Portanto, será eventualmente essa a questão que me levará a abandonar a carreira de árbitro, bem como com aspetos motivacionais e que têm a ver com a minha carreira profissional, assim como com alguns aspetos pessoais. A performance e o patamar que consigamos alcançar nesta competição será fundamental para avaliar essa questão. Assim que chegar de Marrocos e após uma conversa com Fernando Gomes, uma pessoa fundamental, anunciarei qual será a minha decisão”, explicou o melhor árbitro português da atualidade.

Numa conferência de imprensa ontem realizada na sede da FPF, Proença não quis abordar a reunião de ontem, durante a qual explicou o conteúdo da entrevista ao nosso jornal. O árbitro prefere pensar no futuro, revelando o seu orgulho por poder marcar presence numa prova como esta: “Esta é a primeira vez que uma equipa portuguesa marca presença na competição. Devemos estar todos orgulhosos por esta nomeação e por esta confiança que a FIFA depositou mais uma vez na nossa equipa.”

O árbitro tem o objetivo bem definido de atingir a final, mesmo que a equipa europeia participante lá chegue, o Real Madrid, uma vez que os regulamentos o permitem. “Vamos partir com a ambição de desempenhar um papel positivo, ao nível da arbitragem nacional, e com a esperança de, eventualmente, fazermos aquilo que não conseguimos no Mundial, isto é, poder arbitrar a final e poder elogiar a arbitragem portuguesa”.

Nesta hora, o lisboeta deixa agradecimentos à FPF: “Todas as condições que me foram dadas pela FPF. Nunca me deixo de fazer este elogio à direção da FPF, porque não me recordo que tenha havido tanto apoio a equipas de arbitragem como aquele que tem existido, dado pela direção e, nomeadamente, pelo presidente Fernando Gomes. A gestão desta competição foi feita também com o Conselho de Arbitragem. Só é possível termos uma equipa no Mundial de Clubes porque há toda uma equipa que nos tem suportado em todos os momentos para que nós possamos estar em condições. A equipa de arbitragem vai aparecer com grandes índices físicos, mentais e psicológicos”. 

* Árbitro polémico mas competente.


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