28/12/2014

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ESTA SEMANA NA
"EXAME INFORMÁTICA"

Investigadores portugueses querem
. transformar as rotundas

Investigadores das Universidades de Aveiro e Coimbra e do Politécnico de Viseu estão a usar modelos de simulação que permitem desenhar ou remodelar rotundas de acordo com as características da rede viária e do perfil médio dos condutores.

>No interior, no litoral, no sul ou no norte do País: por mais pequena que seja a localidade, há uma grande probabilidade de ter uma rotunda. A ponto de se colocar a questão: será que essa rotunda respeita os padrões de segurança, fluidez do trânsito e poluição? Uma equipa de investigadores das Universidades de Aveiro e Coimbra e do Instituto Politécnico de Viseu já está em condições de responder à questão através de um software de simulação que  representa as múltiplas variáveis de um determinado cenário rodoviário.


De acordo com um comunicado da Universidade de Coimbra, o modelo de simulação usado pelos investigadores portugueses tem em conta a variabilidade comportamental, velocidades, taxa de aceleração, tempos de reação, entre outros fatores que poderão indicar se as características de uma determinada rotunda se adequam ao tráfego aí existente.

O projeto de investigação, conhecido por AROUND (sigla de Novos Instrumentos de Avaliação Operacional e Ambiental de Rotundas) tem por objetivo projetar novas rotundas ou eventuais reformulações nas que já existem em ambiente de simulação. O projeto AROUND pressupôs a adaptação do modelo de espanhol Aimsun. Dos trabalhos dos investigadores portugueses resultou o desenho de uma turbo-rotunda, que viria ser aplicada em Grado, norte de Espanha.

Uma equipa de investigadores das Universidades de Coimbra e Aveiro e do Instituto Politécnico de Viseu recorreu a modelos virtuais para simular o funcionamento de diferentes tipos de rotundas nacionais, adaptando-os para representarem as características da rede e dos condutores portugueses. 
Ana Bastos, coordenadora do trabalho e investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), explica, em comunicado, as mais-valias de usar um software de simulação na projeção de rotundas: «tendo por base estes modelos virtuais calibrados, é possível avaliar o impacte na rede associado a diferentes cenários de procura de tráfego, a alterações geométricas, ou a novas soluções de regulação, etc., sem ser necessária a intervenção real, muitas vezes dispendiosa. 

O modelo disponibiliza perfis temporais de posição, velocidade e de aceleração relativos a cada veículo simulado, permitindo avaliar o desempenho global das rotundas numa perspetiva integrada de fluidez, geração potencial de acidentes e de emissões ambientais». 

* A inteligência portuguesa é abundante, no governo é redundante.


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