26/12/2014

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HOJE NO
 "DIÁRIO ECONÓMICO"

Goldman Sachs pondera processar
 Banco de Portugal

O Goldman Sachs contesta a decisão do Banco de Portugal de não incluir no balanço do Novo Banco a dívida sénior do BES reunida nas obrigações Oak Finance e admite recorrer às "vias apropriadas, incluindo as judiciais" para reverter essa posição. 

A reacção do Goldman Sachs surge depois de o Novo Banco ter informado o mercado da decisão do BdP, na terça-feira passada, de não transferir a responsabilidade contraída pelo BES perante a Oak Finance Luxembourg para as contas do Novo Banco, medida que teve um impacto positivo em reservas daquele banco "de 548,3 milhões de euros".
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O Oak Finance Luxembourg foi um veículo financeiro montado pela Goldman Sachs, a pedido do Banco Espírito Santo, depois de ter sido afastado dos mercados devido ao agravamento da situação do Grupo Espírito Santo.

De acordo com um comunicado a que o Económico teve hoje acesso, a Goldman Sachs garante ter tido por parte do Banco de Portugal - na altura da criação do Novo Banco - a "confirmação de que toda a dívida sénior do Banco Espirito Santo, como as obrigações Oak Finance, seriam transferidas" para a instituição criada com a resolução do BES.

E que, a 11 de Agosto passado, essa garantia terá sido confirmada "explicitamente" por escrito por "um alto representante do Banco de Portugal" e confirmado pelo Novo Banco.

"O inesperado anúncio público do Banco de Portugal no início desta semana, retroagindo estas obrigações, contraria as expectativas e a confiança do mercado e causa danos a vários investidores, incluindo fundos de pensões, aos quais esses investimentos foram colocados com base nas garantias anteriormente dadas", refere o mesmo comunicado.

"Caso o Banco de Portugal não reconsidere a sua posição, à luz dos danos que vai causar a todos os clientes com posições neste ativo e aos mercados financeiros, todos os investidores prejudicados não deixarão de recorrer a todas vias apropriadas incluindo as judiciais", conclui o documento.

Esta responsabilidade, ao não ficar no universo Novo Banco - liderado por Eduardo Stock da Cunha - significa que é menos um compromisso a ter de pagar, gerando essa folga em reservas.

* Mais um imbróglio para 2015.


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