14/11/2014

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HOJE NO
   
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Três vinhos da região do Douro estão
. entre os dez melhores do mundo

O vinho do Porto Dow’s 2011 lidera o ranking anual de elite da reputada e influente revista norte-americana "Wine Spectator". As colheitas de 2011 do Chryseia e da Quinta do Vale Meão também integram o "top 10" de 2014.

O vinho do Porto Vintage Dow´s 2011, produzido pelo grupo Symington, foi eleito esta sexta-feira, 14 de Novembro, o melhor do ano para a revista "Wine Spectator", que provou 18 mil vinhos de todo o mundo e baseou a avaliação final nos critérios da qualidade, preço e disponibilidade. Este vinho fortificado obteve 99 pontos numa escala de 100.

O Chryseia 2011, produzido também pela Symington em parceria com um produtor de Bordéus, Bruno Prats; e o Quinta do Vale Meão, produzido pela sociedade F. Olazabal & Filhos a partir de uvas da mesma colheita, ocupam, respectivamente, a terceira e quarta posições neste que é um dos rankings anuais mais importantes do mundo para o sector.

De acordo com a lista divulgada pela publicação norte-americana, três vinhos produzidos na região do Douro, a mais antiga região demarcada do mundo, constavam da lista dos dez melhores vinhos do mundo. O Dow’s obteve 99 pontos e o Chryseia, que usa as castas Touriga Nacional e Touriga Franca, 97 pontos. A mesma pontuação mereceu o Quinta do Vale Meão, produzido na remota subregião do Douro Superior, que junta àquelas duas as castas Tinta Barroca e Tinta Roriz.

Para a marca Chryseia esta é a segunda vez que integra a classificação de elite. Em 2003, então com um vinho da colheita de 2001, tornou-se o primeiro vinho "tranquilo" português (ou seja, não generoso, o que exclui o vinho do Porto e Madeira) a constar desta lista. Segundo a Symington, que é a maior proprietária de vinhas do – tem 27 quintas com 1.006 hectares de vinha – essa distinção chamou a atenção para o potencial dos vinhos DOC Douro, onde até há duas décadas praticamente só se produzia e vendia Porto.

A Quinta do Vale Meão é gerida por Francisco de Olazabal, que tem dois filhos a coordenar a área técnica e comercial. A empresa mantém-se nas mãos dos descendentes da icónica Dona Antónia Adelaide Ferreira (a "Ferreirinha"), que comprou a propriedade em 1877, em hasta pública, à Câmara de Vila Nova de Foz Côa. Olazabal é um dos "Douro Boys", um projecto já premiado pela Comissão Europeia, que juntou cinco marcas da região na promoção externa.

* Há vinhos do Porto que apenas os deuses do Olimpo conseguem beber dada a produção reduzida e a carestia da garrafa. Consta que Baco assalta as caves durienses e Vénus embriaga Júpiter com estes generosos para  lhe perfilhar um filho oriundo do pecado.
É uma honra ter produtores destes num paísinho como o nosso.


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