13/11/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"

FIFA lamenta recurso ao fecho 
da investigação às candidaturas
 de Rússia e Qatar

O secretario-geral da FIFA, Jerome Valcke, lamentou hoje que o responsável pela investigação às candidaturas aos Mundiais de 2018 e 2022 vá recorrer ao Comité de Apelo da decisão do organismo mundial em encerrar o processo.
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"É triste que os diretores da Comissão de Ética tenham opiniões diferentes sobre algo tão importante", afirmou Valcke à margem de uma conferência de imprensa em Pretória, na qual apresentou vários projetos de apoio ao futebol financiados por receitas geradas no Mundial2010, na África do Sul.

Valcke não quis adiantar-se muito mais sobre o assunto, justificando que só durante a cerimónia de Pretória tinha tido conhecimento da intenção do responsável pela investigação, o norte-americano Michael Garcia.
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O antigo procurador do Ministério Público de Nova Iorque passou os últimos 18 meses a investigar o polémico processo de escolha do Qatar como sede do Mundial de futebol de 2022 e da Rússia como sede do torneio de 2018.

O comité de Ética da FIFA foi dividido em duas câmaras - uma um braço de investigação liderado por Garcia e outra encabeçada pelo juiz alemão Joachim Eckert --, na sequência da onda de acusações sobre alegada corrupção na escolha dos países anfitriões dos mundiais.

O norte-americano, que entrevistou mais de 75 testemunhas, considerou que a decisão de encerrar as investigações, anunciada hoje, assenta em "interpretações erradas" das suas conclusões.

"A decisão anunciada hoje [por Joachim Eckert] contém diversas representações incompletas e erradas dos factos e conclusões detalhados no relatório do Gabinete de investigação. Tenciono recorrer desta decisão para o Comité de Recursos da FIFA", anunciou em comunicado Michael Garcia.

O investigador tem defendido a publicação o quanto antes das 430 páginas do relatório, com cortes específicos para defender o anonimato das testemunhas que fizeram denúncias.
Mas o juiz alemão Joachim Eckert insiste em publicar apenas um sumário provisório de 42 páginas, com as suas principais conclusões.

Antes de a FIFA ter fechado oficialmente o assunto, Eckert tinha considerado hoje que a "integridade do processo de votação" não tinha ficado comprometida, mesmo admitindo que houve irregularidades.

* Estas notícias valem por denunciar quão poderosa é a corrupção em instituições que deviam estar acima de qualquer suspeita.


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