12/11/2014

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HOJE NO
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Militares são desconsiderados "há 
largos anos" pelo poder político

A organização salienta que os oficiais estão "conscientes da situação crítica em que o país se encontra"

A Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) considera que a instituição militar é "desconsiderada e discriminada" há "largos anos" pelo poder político e acusa as chefias de desempenharem um papel "manifestamente insuficiente".

Num documento de balanço sobre "as principais questões que afectam os militares e a condição militar", o Conselho Deontológico da AOFA, presidido pelo almirante Castanho Paes, refere que "o descontentamento e desmotivação dos militares ascendeu a níveis muito preocupantes, com reforçada incidência nos oficiais".
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Como principais motivos dessa insatisfação este órgão aponta o "afastamento progressivo das remunerações em relação às categorias profissionais de referência", a "degradação" da saúde militar ou do fundo de pensões das Forças Armadas e as alterações "insidiosas" ao Regulamento de Disciplina Militar.

"A actuação dos órgãos de Estado parece fazer crer que se pretende que o militar jure defender a Pátria com o sacrifício da própria vida, enquanto a sua situação social e a da sua família se agrava continuamente, e que se espere placidamente que o patriotismo tudo resolva, quando permite que se aprofundem clamorosas desigualdades sociais entre membros das várias instituições que participam na acção estratégica do Estado", sustenta o Conselho Deontológico da AOFA.

A organização salienta que os oficiais estão "conscientes da situação crítica em que o país se encontra" e "não pretendem eximir-se aos sacrifícios", mas "legitimamente entendem que a repartição dos sacrifícios pelos cidadãos deveria ser universal e mais justamente distribuída".

"Por mais que os representantes dos sucessivos poderes políticos que têm dirigido os destinos de Portugal, após a instituição do regime democrático, procurem esforçar-se por tentar provar o contrário, através de declarações públicas e artigos nos órgãos de comunicação social, num bem concertado enquadramento político, o facto é que se tem efectivamente verificado uma degradação progressiva da Instituição Militar nacional, com perigosas consequências na capacidade de defesa militar do país", pode ler-se.

As chefias militares também são visadas neste balanço do Conselho Deontológico da AOFA: "As suas diligências têm sido manifestamente insuficientes e pouco eficazes, mormente desde que a escolha dos chefes militares passou a ser, por alteração da Lei da Defesa Nacional, uma competência exclusiva do governo, na proposta ao Presidente da República". 

* Nas Forças Armadas deste país existe  "O" problema de haver mais generais do que índios. O "zé soldado" foi sempre um verbo de encher, o sargento foi sempre o intermediário do autoritarismo oriundo do oficialato, nada disto em defesa do país, então em defesa de quem ou de que bolsos?


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