14/11/2014

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Observatório para a Liberdade Religiosa
.lançado na próxima semana

Os promotores do organismo querem ainda "criar uma dinâmica efectiva de monitorização da liberdade religiosa", que, em Portugal, consideram, vive uma "delicada situação institucional"

O estudo das religiões e o acompanhamento da situação da liberdade religiosa são os objectivos do novo Observatório para a Liberdade Religiosa (ORL), iniciativa cívica e académica, que será lançada na próxima semana em Lisboa.

A estrutura independente, que surge associada à área de Ciência das Religiões, da Universidade Lusófona, será coordenada pelo professor e investigador Alexandre Honrado e pelo jornalista Joaquim Franco.

A ideia é, segundo explicou à agência Lusa Alexandre Honrado, "desafiar pessoas da área confessional e não confessional a observar o fenómeno religioso no mundo e em Portugal", numa altura em que a violência associada à religião "atinge limites de banalização".

"Estar muito atento às realidades que tenham a ver com todo o fenómeno religioso e fundamentalmente com a liberdade religiosa, que há que manter", sublinhou, adiantando que estão a acontecer "muitas coisas a nível mundial em termos de religião [...]e do aproveitamento político da religião".

O Observatório, que será apresentado publicamente na próxima semana com o lançamento de um site na Internet, irá trabalhar em parceria com as universidades e pretende ser também um "ponto de encontro" de informação sobre religiões.

Os promotores do organismo querem ainda "criar uma dinâmica efectiva de monitorização da liberdade religiosa", que, em Portugal, consideram, vive uma "delicada situação institucional".
Fragilidades, que segundo Alexandre Honrado, são visíveis quotidianamente na forma como a legislação sobre liberdade religiosa é aplicada, como as minorias são tratadas ou pela segregação directamente relacionada com a religião que existe nos bairros pobres.

"Lisboa, que é uma bolsa enorme de pluralidade, tem neste momento casos muito concretos de segregação religiosa, de dificuldade, de perseguição e de falta de liberdade", disse Alexandre Honrado, adiantando que a denúncia destes casos será também parte da missão do observatório.
Reconhecendo o percurso positivo de Portugal nesta área, sucessivamente reconhecido por avaliações internacionais, Alexandre Honrado alerta que também há "coisas negativas" a que é preciso estar atento.

"Vivemos no mundo das tensões e dos conflitos, não somos excepção só por sermos Portugal e por estarmos na ponta da Europa. Estamos com um mundo cheio de problemas à nossa volta. Estamos na lista do califado", alertou, numa alusão ao plano dos extremistas do Estado Islâmico de criar um califado, que iria da Ibéria ao Vale do Indo, no Paquistão, passando por largas regiões de África e da Europa.

* Em Portugal na vertente religiosa já existe um califado  com direito  a parques de festividades e comércio. Gostaríamos de saber quanto é que a igreja católica paga de IMI.
A liberdade religiosa só existirá quando nenhum "empreendimento de fé" tiver proteccionismo e conivência estatal. 
Portugal está longe de ser um estado laico.
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