03/11/2014

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HOJE NO
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Luz. 
Saiba se compensa mudar para o novo mercado liberalizado

Tem até ao final de Dezembro de 2015 para mudar para o mercado livre. Até lá, fica sujeito às revisões trimestrais de tarifas impostas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

Já mudou para o mercado liberalizado de electricidade? Tem até ao final de 2015 para fazer essa mudança, mas se optar por ficar no mercado regulado prepare--se para pagar mais já no próximo ano. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) apresentou uma proposta de aumento de 3,3% das tarifas do mercado regulado para os consumidores domésticos a partir do dia 1 de Janeiro. Feitas as contas, representa uma subida de 1,14 euros numa factura mensal de 35 euros.
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Caso no próximo ano continue sem negociar um novo contrato no mercado livre vai continuar a sofrer uma "penalização", já que as tarifas vão ser revistas de três em três meses até 31 de Dezembro de 2015 pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Neste momento, estão no mercado regulado de electricidade cerca de 2,7 milhões de consumidores e no de gás natural cerca de 600 mil. O que é certo, dentro deste universo, é que cerca de um terço não mudou para o mercado liberalizado por considerar que a diferença de preços não compensa o esforço. A conclusão é de um estudo realizado pela Proteste.

O facto de "não valer a pena" deixar o mercado regulado é a principal razão apontada pelos inquiridos (40% na electricidade e 32% no gás natural) para ainda não terem transitado para um fornecedor do mercado liberalizado. Há ainda quem admite "insegurança" face a outros fornecedores e "satisfação com o fornecedor actual" para justificar a manutenção em mercado regulado, com as tarifas a serem actualizadas trimestralmente.

Entre os que já mudaram para um fornecedor de electricidade no mercado liberalizado, apenas 54 em cada 100 está satisfeito com a empresa. "Embora não varie muito entre os cinco fornecedores analisados, a EDP Comercial consegue clientes um pouco mais satisfeitos", diz a publicação da Associação de Defesa do Consumidor (Deco).

Já a Galp On e a Endesa são as empresas que "menos agradam", sobretudo no que se refere às iniciativas para incentivar o consumo eficiente e aos balcões de atendimento ao cliente. No entanto, o índice de satisfação com os fornecedores de gás natural é superior ao da electricidade, com a Goldenergy, que ganhou um dos leilões da Deco, a ser a mais bem cotada entre os inquiridos (70% de satisfação), mas também a que mereceu mais reclamações.

Apenas 19% dos inquiridos que estão no mercado liberalizado optaram por juntar o fornecimento de gás e electricidade na mesma empresa.

Contratos Mas nem tudo são facilidades.  Para quem ainda não optou por essa mudança, o melhor é reunir primeiro todas as ofertas disponíveis no mercado livre e respectivos preços para poder seleccionar a melhor proposta. Para isso terá de saber exactamente os dados de consumo anuais de energia de forma a escolher a potência adequada. Ou seja, evite ao máximo contratar potências demasiado elevadas para as suas necessidades, pois essa decisão encarece a factura final. O máximo de potência contratada deverá ser de 6,9 kVA. Não se esqueça que pode mudar de escalão sempre que pretender - existem 10 à disposição do consumidor - e a alteração é gratuita, mas quanto maior o valor da potência, mais se paga pelo aluguer do contador. Por exemplo, para 3,45 kVA de potência paga 6,56 euros (já com IVA incluído) e para 4,60 kVA, o escalão a seguir, paga 8,51 euros (já com IVA). 

Outro aspecto que deve ter em conta diz respeito aos contratos de fidelização. Há empresas que continuam a exigir um período de fidelização de pelo menos 12 meses, apesar desta tendência ter vindo a diminuir. A explicação é simples, no entender da Deco, "depois de termos exigido o fim dos períodos de fidelização nos contratos no primeiro leilão de electricidade, em Maio de 2013, os últimos estudos divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos já apontam para um abandono quase generalizado das condições de fidelização e penalidades por antecipação do fim de contrato".

Até aqui, os descontos que as empresas que operavam no mercado regulado ofereciam variavam entre os 2% e os 5% e só eram aplicados durante essa fidelização. Se por qualquer motivo o cliente quisesse desistir durante esse período sofria uma grande penalização. Um cenário que já foi ultrapassado para benefício dos clientes.

* Para o cidadão comum torna-se difícil avaliar ao pormenor as "subtilezas" dos contratos dos fornecedores de energia eléctrica. Nós optamos todos os anos, vamos no segundo, pela proposta da DECO, instituição que nos merece respeito e confiança.



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