28/11/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Directores do Novo Banco que
 são arguidos lideravam gestão 
financeira do BES

Os dois directores do Novo Banco que foram constituídos arguidos no âmbito do caso BES tinham responsabilidades no departamento financeiro desta instituição. Isabel Almeida, antiga responsável da direcção financeira do BES, e um seu subordinado directo, estavam sob a tutela do antigo administrador financeiro, Amílcar Morais Pires.
Isabel Almeida, antiga responsável máxima da direcção financeira do Banco Espírito Santo, e um seu subordinado directo que desempenhava funções neste departamento são os dois directores do Novo Banco que foram constituídos arguidos no caso que investiga indícios de actuação criminosa no colapso do BES, apurou o Negócios.
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Os dois responsáveis estavam sob a tutela do antigo administrador financeiro do BES, Amílcar Morais Pires, que segundo a imprensa foi, tal como Ricardo Salgado, um dos visados pelas buscas realizadas esta quinta-feira pelo Ministério Público a 41 locais. Aliás, Isabel Almeida constava da lista de propostos a administradores de Morais Pires, quando foi escolhido pela família Espírito Santo para suceder a Ricardo Salgado.

Entretanto, o Expresso e o Diário Económico avançam que o nome do segundo arguido é António Soares, quadro do banco. Nenhum dos dois visados exerce, actualmente, funções de cariz executivo no Novo Banco.

"Foram constituídos dois arguidos. Esta constituição não está relacionada com a actividade desenvolvida por estes arguidos no Novo Banco", garantiu fonte oficial da Procuradoria-Geral da República, ao Negócios, escusando-se a prestar outros esclarecimentos, dado que "as investigações relacionadas com o universo Espírito Santo se encontram em segredo de justiça".

O raide do Ministério Público destinou-se a investigar "suspeitas dos crimes de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal". Como o Negócios noticia esta sexta-feira, um dos alvos das buscas foi o esquema de emissão fraudulento que o BES usou para se financiar, através da emissão de obrigações, e para assumir a responsabilidade por parte da dívida do Grupo Espírito Santo.

A descoberta deste estratagema, que gerou perdas de pelo menos 1.500 milhões de euros, foi possível graças à colaboração de Isabel Almeida, em Julho, já depois de Ricardo Salgado e Amílcar Morais Pires terem sido afastados da gestão do BES.

* Surreal, surreal, é o Banco de Portugal!


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