05/10/2014

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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

Denunciados ataques sexuais a mulheres
. durante protestos em Hong Kong

Mulheres que participam nos protestos pró-democracia em Hong Kong estão a ser alvo de agressões sexuais e assédio, segundo manifestantes e a Amnistia Internacional, com a violência a estalar em dois movimentados distritos comerciais da Região Administrativa Especial chinesa. 
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A Amnistia Internacional acusou a polícia de Hong Kong de "falhar no seu dever" de proteger os manifestantes da violência que eclodiu ao final da tarde de sexta-feira, afirmando que mulheres e raparigas estão a ser alvo de ataques.

Os ataques em causa são "agressões sexuais, assédio e intimidação", refere a organização de defesa dos direitos humanos em comunicado, indicando que os incidentes se reportam aos bairros comerciais de Mong Kok e Causeway Bay.

Os ataques surgiram depois de a polícia ter falhado em controlar os grupos que se opõem ao movimento estudantil e ao `Occupy` e que atacaram, com recurso a violência, os manifestantes na tarde de sexta-feira.

Uma jovem manifestante contactada pela agência AFP, que se encontrava em Causeway Bay, disse que três amigas suas foram atacadas por um homem anti-Occupy, cujos apoiantes prometeram permanecer nas ruas até que as suas reivindicações sejam atendidas.

Três jovens choravam quando se preparavam para entrar para uma carrinha da polícia.
"Estamos a levar a cabo mais investigações -- estas raparigas dizem que foram indecentemente atacadas", disse o agente no local à agência noticiosa francesa.

A Amnistia disse que uma mulher que estava presente aquando dos confrontos em Mong Kok também foi alvo de ataque.

"Um homem apalpou-lhe os seios enquanto ela estava sentada com outros manifestantes cerca das 04:00 (09: em Lisboa), disse a organização em comunicado.

"Ela também viu o mesmo homem a atacar outras duas mulheres, tocando nas suas virilhas", quando manifestantes intervieram, acrescenta a Amnistia.

O clima mantinha-se hoje tenso nos locais das manifestações em Hong Kong, com receios relativamente a novas represálias, com os jornalistas a serem apontados também como alvo das mesmas.

*  Os grupos que se opõem ao movimento estudantil são forjados pelo governo de Pequim.

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