10/10/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Futuros chefes da polícia 
ameaçam abandonar curso

Falta de pagamento de ajudas de custo, cerca de 30% do seu salário, é o motivo do descontentamento dos 200 agentes que estão a tirar o curso para serem chefes na PSP 

Desde junho passado, quando começaram a tirar o curso na Escola Prática de Policia, em Torres Novas, os agentes perderam suplementos salariais a que tinham direito (patrulha, piquete, alimentação, etc.), que acresciam a sua remuneração mensal em cerca de 250 a 300 euros. Segundo explicou ao DN o dirigente do Sindicato Unificado de Polícia (SUP), "foi prometido a estes agentes que receberiam ajudas de custo as quais, de certo modo, iriam compensar este corte brutal em salários que são, em média, de 1000 euros".


 No entanto, salienta Peixoto Rodrigues, os cerca de 200 euros dessas ajudas de custo "ainda não chegaram à maioria dos polícias e temos recebido informação de casos complicados, com situações familiares difíceis, que estão a ponderar abandonar o curso". Feitas as contas pelo sindicato, estão em dívida já cerca de 160 mil euros, que corresponde aos quatro meses de dívida dos comandos para com os seus elementos. Peixoto Rodrigues garante que o sindicato tem insistido junto à Direção da PSP para resolvera situação, mas não tem obtido qualquer resposta.

A situação descrita pelo SUP foi confirmada ao DN por um desses futuros chefes da PSP, que pediu anonimato. "Estamos fartos de ouvir promessas que vão pagar e não aparece nada", sublinha este agente que diz estar a receber "apenas 700 euros" desde que começou o curso. "Há muitos colegas que já tiveram de recorrer a empréstimos para cumprir compromissos que tinham e estamos convencidos que, se a situação não for resolvida em breve, há muitos que vão deixar a escola e teremos de tomar uma posição de força", afirma.

Questionada pelo DN, a Direção Nacional da PSP responde que "este processo de pagamento das ajudas de custo decorre nos seus trâmites normais, devendo-se o atraso ao facto de ter sido solicitado um parecer jurídico prévio".

* Um país civilizado precisa de forças de segurança bem remuneradas para que os seus efectivos se sintam motivados no cumprimento das suas tarefas,  como já nos habituou o MAI é noticiado quase sempre pela pior das razões, incompetência.



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