21/09/2014

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA





CONTRA O FRIO ALENTEJANO



Num dia frio de inverno em pleno Alentejo, o Joaquim chega à loja do Manuel e diz:


- Bom dia, Maneli, quero uma dessas bolsas de borracha onde se deita água quente e que serve para aqueceri a cama e manter os pés quentinhos.

- Que azari, Jaquim, hoje de manhã e vendi a última à Ti' Maria.

- E o que é que eu faço com este frio do diabo que faz à nôte?

- Fica tranquilo, eu empresto-te o mê gato.

- O tê gato?

- Sim, o mê gato é gordinho, e tu podes colocari nos pés na hora de deitari, e vais veri como ele te vai aqueceri a nôte toda.  Na próxima terça-fêra chegam os sacos de água quente,  vens comprar um e devolves-me o gato.

- Tá bem. Obrigado.

Joaquim leva o gato e vai para casa.

No dia seguinte, volta com a cara toda arranhada pelo gato.

- Manel, vim devolver-te o cabrão do gato! Olha como é que ele me deixou, o filho da puta!

- Mas como? O que é que aconteceu? Ele é tão manso!

- Manso, uma porra! O funil no cú, ele aguentou bem, mas quando comecei a deitar-lhe a água quente, ele ficou uma fera e arranhou-me todo, o cabrão!

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