23/09/2014

HELENA GARRIDO

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O adeus da PT

Aquela que devia ser a fusão que transformaria a PT numa empresa global, a partir do Brasil, transformou-se num processo de destruição da empresa portuguesa de telecomunicações de referência. 

Na nova empresa, produto da fusão da Oi e da PT, há lugares garantidos para os portugueses que ainda sobrevivem ao excesso de dívida e para Zeinal Bava. Mas a economia portuguesa pode contar
com a destruição de valor, com especial relevo para a investigação e desenvolvimento.

Como é que os brasileiros conseguiram reabrir os termos do acordo para dizer que a dívida da Rioforte no património da PT não era deles é a grande pergunta. Para os portugueses fica a promessa de, um dia, recuperarem a posição que tinham na OI/PT. 
E assim se entrega à Oi uma empresa que vale pelos seus activos intangíveis, pelo que sabe modernizar em matéria de telecomunicações. Como fica por se perceber como é que Zeinal Bava, o financeiro, conseguiu transformar Henrique Granadeiro, com perfil de chairman, no principal responsável pelos erros de gestão de tesouraria da PT.

Nos governos de Sócrates o país assistia a um intervencionismo sem limites, a tocar o irracional. Pedro Passos Coelho assiste com indiferença ao abocanhamento de fatias de valor com intervenção de outros governos. O executivo brasileiro meteu-se, obviamente, no negócio da PT e da Oi. 

IN "SÁBADO"


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1 comentário:

  1. Aqui no Brasil nós sabemos a encrenca que a PT se meteu. Ela infiltrou-se com os "camaradas" do Partido dos Trabalhadores. Como vocês em Portugal sabem, a maior quadrilha de bucaneiros que já houve na historia do brasil. Roubaram tudo o que puderam através da facilidade com que se fazem partidos políticos no Brasil.

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