16/09/2014

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HOJE NO
"O  PRIMEIRO DE JANEIRO"


António Pires de Lima e a importância
 das empresas privadas
 "Tem um impacto público e exige
. responsabilidade social" 

O ministro da Economia diz que “ser dono de uma empresa privada não é um mero ato de interesse individual”, mas tem um “impacto público” que exige “responsabilidade social” na gestão.

 “Às vezes há a presunção de que ninguém se deve meter com a gestão das empresas privadas, porque, no final, os gestores das empresas privadas fazem aquilo que defende os seus interesses. Eu acho que há uma dimensão de responsabilidade social e, portanto, de responsabilidade pública na gestão de uma empresa privada, há um impacto público daquilo que fazemos quando somos donos, proprietários, gestores, colaboradores ou trabalhadores de uma empresa privada”, sustentou o ministro. 
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NOTÁVEL EMPRESÁRIO
 Pires de Lima falava durante a cerimónia de celebração dos 50 anos da cervejeira Unicer, que marcou também a inauguração dos seus novos edifício-sede e centro de produção, em Leça do Balio, Matosinhos, num investimento total de 100 milhões de euros. Apontando a Unicer como “um emblema do Norte e uma empresa de referência em Portugal”, Pires de Lima – que, entre 2006 e 2013, presidiu à comissão executiva da cervejeira, de onde saiu para integrar o Governo – diz sempre ter ali notado “esse sentido de responsabilidade social” que defende no setor empresarial privado. 

Salientando que “Portugal precisa do sucesso da Unicer”, o ministro relembrou que a decisão de avançar com um investimento de 100 milhões de euros – por si tomada em 2011 em articulação com os acionistas Solverde, Arsopi, BPI e Carlsberg – aconteceu “numa altura especial”, em que Portugal teve que recorrer a ajuda financeira externa. “Sejamos sinceros: talvez muitos fatores recomendassem que um investimento desta natureza, um investimento de longo prazo de 100 milhões de euros, justificado por razões de competitividade de longo prazo, fosse adiado e se fizesse numa outra altura. 

Mas a verdade é que os acionistas da Unicer disseram que sim”, recordou. Para Pires de Lima, tratou-se de uma “decisão visionária”, porque “de muito longo prazo e num setor muito concorrencial, em que as ameaças da concorrência estão sempre presentes”. Publicamente anunciado em 2012, lembrou o ministro, este investimento dotou a Unicer do centro de produção e logístico “mais competitivo de todo o universo da Carlsberg”, tornando-a “numa empresa à prova de bala da sua concorrência em termos de Europa e de Portugal no que diz respeito à qualidade e à competitividade”. “Agora a Unicer está mais preparada para poder continuar a crescer, não só no mercado doméstico, mas, sobretudo, fora de Portugal, com um ganho de dimensão extraordinário que lhe dá a presença em muitos outros mercados, nomeadamente em Angola”, salientou, apontando a empresa como um “bom exemplo” que “alimenta a confiança” e a “recuperação económica” do país.
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ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA
 O edifício-sede e o centro de produção da Unicer hoje inaugurados integram um complexo industrial descrito como "um dos melhores da Europa", que inclui ainda um novo armazém logístico, totalmente automatizado e atualmente em fase final de construção, num investimento global superior a 100 milhões de euros. Segundo referiu o presidente da comissão executiva da cervejeira, João Abecasis, a Unicer fica dotada de uma capacidade de produção de 450 milhões de litros de cerveja, “grosso modo a capacidade para abastecer o mercado português, embora hoje 40% dessa cerveja seja exportada”. Atualmente, as quatro linhas de enchimento de garrafas têm uma capacidade para 240 mil garrafas/hora e a linha de barril assegura o enchimento de 500 barris/hora, sendo que a nova sede da empresa centraliza todas as áreas de apoio ao negócio num único edifício administrativo. 

Com inauguração prevista para o próximo ano, o novo armazém logístico terá uma área próxima de um campo de futebol, com 33 metros de altura e capacidade para armazenar 40 mil paletes e movimentar, diariamente, 12 mil. O objetivo assumido pelos acionistas é duplicar a dimensão atual da empresa durante a próxima década, sobretudo assentando no crescimento fora de Portugal, quer nas geografias onde está já hoje presente (sobretudo Angola, Europa, Brasil, Moçambique, EUA e Médio Oriente), quer em novos mercados. 

* Concordamos em absoluto com o sr. ministro, não nos faltam exemplos de empresários notáveis grávidos de  preocupações sociais,  Dias Loureiro, Oliveira e Costa, João Rendeiro, Arlindo Carvalho, Manuel Godinho, Duarte Lima, Ricardo Salgado, etc. celebremos  com uma cerveja bem tirada.


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