08/09/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Consumo de TV em Portugal ao nível dos países mais desenvolvidos do mundo

A forma como os portugueses “consomem” TV e vídeo está a mudar drasticamente. 78% já não vê televisão em directo.

O consumo de televisão em Portugal já é dos mais sofisticados do mundo "equiparado aos EUA, Inglaterra ou Norte da Europa", disse Rodolfo Correia, responsável pela oferta de TV e media na região Mediterrâneo da Ericsson. 

SOFISTICAÇÃO I
Na apresentação do estudo anual Ericsson ConsumerLab TV & Media 2014, que integra pela primeira vez dados do mercado nacional, também Pedro Queirós, presidente da Ericsson Portugal, considerou que o país está "muito desenvolvidos do ponto de vista tecnológico", com serviços que se encontram em "poucos sítios" do planeta, "redes de grande sofisticação e qualidade".

Terá sido aliás o forte investimento em tecnologia, levado a cabo pelas operadoras de televisão, que veio alterar os hábitos de consumo de conteúdos, com equipamentos que permitem ao espectador criar a sua própria grelha. Sinal disso é que "em Portugal, o serviço ‘on-demand' já ultrapassou o consumo de conteúdos linear", explica Rudolfo Oliveira.

O estudo divulgado pela Ericsson mostra que 78% dos consumidores portugueses já visualizam conteúdos em ‘streaming' (difusão ‘online' de som e imagem sem necessitar de fazer download) várias vezes por semana, enquanto 69% vê televisão tradicional (em directo). A nível mundial, a diferença é de dois pontos percentuais, de 75% para 77%, mas aqui ganha a TV tradicional. 


Uma das práticas cada vez mais popular dos novos serviços de vídeo ‘on-demand' é o ‘Binge viewing', que consiste no consumo contínuo de um tipo de conteúdo, como por exemplo múltiplos episódios de uma série, e que está em evidente contraste com a experiência da televisão tradicional, em que se espera uma semana por cada novo episódio de uma série favorita. Quase metade dos inquiridos (49%) preferem mesmo que todos os episódios de uma série sejam disponibilizados de uma só vez, de forma a poderem escolher quando os querem ver. Na ausência desta funcionalidade, os consumidores optam por gravar os conteúdos e vê-los mais tarde.

Os resultados do estudo indicam também que os portugueses estão cada vez mais dispostos a pagar pelo acesso aos seus conteúdos preferidos bem como por funcionalidades, como a disponibilização de conteúdos televisivos à ‘la carte', a disponibilização de filmes ao mesmo tempo que estreiam no cinema, uma excelente qualidade de imagem e legendas em todos os filmes, programas e séries.

A nível global, a Ericsson destaca ainda o aumento de 25%, em apenas dois anos, do número de consumidores dispostos a pagar pelo acesso a conteúdos em qualquer dispositivo. No que diz respeito aos dispositivos mais utilizados, a televisão continua a ser a preferida para a visualização de filmes (cerca de 16 horas por semana), seguida do portátil e do desktop. Já nos ‘smartphones', os portugueses gastam em média quatro horas por semana a ver vídeos. Globalmente, este é o dispositivo onde a visualização de vídeos mais tem crescido, com um aumento de 15% desde 2012.

"Os resultados [deste estudo], baseados em entrevistas a mais de 23.000 pessoas de 23 países, mostram que a mudança no comportamento do consumidor continua a impulsionar as alterações nas indústrias de televisão e de media, o que levou a um afastamento de antigos formatos e de modelos de negócio e ao início de uma era de entretenimento de alta qualidade e on-demand", explicou a Ericsson.

* Alta tecnologia para ver elevada boçalidade, "a casa das partes pudendas à mostra" tem mais share que todos os programas de análise social, económica e política juntos.


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