01/09/2014

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HOJE NO
  "CORREIO DA MANHÃ"

Famílias reutilizam material escolar

Mochilas, cadernos e canetas de todas as cores e formatos despertam a atenção dos filhos. Já os olhos dos pais são mais atraídos pelos preços. Poupar é a meta que muitas famílias procuram alcançar por esta altura, com o início do ano letivo a menos de duas semanas de distância – as aulas para os ensinos básico e secundário têm início entre 11 e 15 deste mês. 

Reutilizar manuais de anos anteriores e comparar as promoções oferecidas tornam-se rotina durante os próximos dias e podem permitir às famílias poupar largas dezenas de euros.

Luísa Pedras levou o filho, Rafael, ao Continente do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, para as primeiras compras escolares. Com 10 anos e a caminho do 6º ano de escolaridade, Rafael "não liga a marcas, desde que ache graça às coisas", garantiu a mãe ao Correio da Manhã. O orçamento para este ano "é mais ou menos o mesmo". Aproveitando alguns produtos do ano anterior, Luísa prevê gastar "60 ou 70 euros em material escolar", sendo que em livros as contas chegam aos 140 euros.

Com dois filhos em idade escolar, no orçamento de Carla Vaz o rombo do início das aulas é bem maior. "Entre livros e material para a Carolina e o Gonçalo, vou gastar 300 a 400 euros, sendo que tentamos sempre reciclar algumas coisas e no ano passado até trocámos manuais", contabilizou a mãe, enquanto comprava os primeiros produtos no Jumbo em Alfragide (Amadora). Carolina, de 11 anos e a caminho do 6º ano, Gonçalo, com 9 anos e prestes a começar a 4ª classe, fizeram este ano um pedido especial. "Pediram umas mochilas novas com rodas, ainda vamos ver se é possível", disse Carla Vaz, que revelou serem os livros a última compra. "Aprendemos a só comprar os livros, que acabam por ser a talhada maior do orçamento, mais perto do início das aulas, porque com as mudanças de edições acabávamos sempre por fazer algumas aquisições desnecessárias", explicou.

Banco de livros é uma ajuda
Todas as sextas-feiras, a fila à porta do Banco de Livros Escolares de Coimbra (BLEC) começa bem cedo. As portas só abrem às 15h00, mas os pais não querem perder a oportunidade de poupar. A ideia é simples: quem tem manuais escolares de que já não precisa doa-os ao BLEC; quem precisa vai buscá-los gratuitamente.

Na iniciativa estão envolvidos mais de 40 voluntários, sobretudo jovens, com idades entre os 10 e os 18 anos, que fazem a triagem dos livros de modo a entregarem apenas "os que estão de acordo com o pedido pelo Ministério da Educação", explica Maria José Carrilho, responsável.

O BLEC atende em média 100 pessoas por hora. "Um aluno do secundário, só em manuais, não fica em menos de 300€. Há pais que conseguem levar tudo, outros que não levam nenhum", refere. "Já poupei 130 euros", diz, satisfeita, Paula Silva, a quem só faltam dois manuais para completar a lista.

"Esta é uma iniciativa fantástica. E não é só a poupança em termos de dinheiro, mas também de papel", garante Libânia Simões, que poupa todos os anos "à volta de 300 euros" com a ajuda do banco de livros.

O BLEC funciona todas as sextas-feiras, das 15h00 às 19h00, pelo menos até 30 de setembro, mas poderá prolongar-se até final de outubro.

* No poupar é que está o ganho.

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