26/07/2014

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HOJE NO
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Dez hospitais com pior desempenho
 estão a diminuir operações

Balanço até Maio revela que no global as cirurgias no SNS aumentaram mas verificam-se assimetrias

Dez hospitais que no ano passado registavam maior percentagem de doentes à espera de operação há mais tempo do que prevê a lei estão este ano a registar uma diminuição nas cirurgias realizadas. Dados divulgados ontem pela Administração Central do Sistema de Saúde revelam que, no global, o SNS fez até Maio mais 3262 operações, um aumento de 1,4%. 


Ainda assim, enquanto há unidades que aumentam as operações em mais de 20%, quase metade diminuiu. Cruzando os dados com o balanço da actividade cirúrgica no ano passado, verifica-se que metade das que estão a fazer menos operações este ano tinha listas de espera relativamente controladas mas a outra metade não. 

O caso mais flagrante é o do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que no final de 2013 apresentava uma mediana de espera para operação de 5,17 meses e uma lista de espera em que 23,2% dos inscritos aguardava há mais tempos do que prevê a lei. Nesta unidade, fizeram-se até Maio menos 12,9% operações. Também o Centro Hospitalar do Baixo Vouga tinha um dos piores desempenhos, com quase um em quatro utentes à aguardar operação mais tempo do que seria suposto (24,9%) e este ano apresenta uma baixa de 9,8%. Os IPO de Lisboa e Coimbra também surgem nesta lista. No fim do ano passado tinham, respectivamente, 20,8% e 13,6% dos doentes a aguardar por operação mais tempo do que seria suposto, e até Maio reduziram 0,4% e 6,9% as cirurgias. O IPO do Porto destaca-se no sentido oposto: em 2013 foi a segunda unidade do país a apresentar mais inscritos para operação a aguardar mais tempo do que é adequado e este ano apresenta uma subida de 9,5% nas operações. 

Também o Hospital de Loures (PPP) está nesta situação: no ano passado 27,3% da lista de inscritos para operação ultrapassava os tempos de resposta e este ano a unidade fez mais 11,6% cirurgias até Maio. 

A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo foi a que mais reduziu as operações (-25%) mas no ano passado tinha uma lista de espera controlada - a medicina a de espera é de 3,14 meses só 0,70% dos doentes espera demais. Ainda assim, a administração justificou ao i a quebra com carência de especialistas de anestesiologia e oftalmologia, que não foi possível repor porque os concursos ficaram desertos. Adiantou ainda estar monitorizar a situação para reduzir ou eliminar as esperas. 

Os dados mostram que, em termos globais, também as consultas externas nos hospitais estão a aumentar (+1,7%). 

Ainda assim, entre as 48 unidades com dados, 22 fizeram menos consultas. O balanço divulgado ontem não inclui dados sobre cuidados primários. Continuam também sem ser públicos estatísticas sobre desempenho financeiro desde o início do ano. A ACSS informou o i que tal deve-se à mudança do sistema contabilístico nas instituições, que estão a adaptar-se à nova ferramenta. O organismo promete para breve a divulgação desses dados, que por lei devem sair mensalmente.

* Não percebemos a relação do título com o texto da notícia. O CHLN inclui os hospitais de Sta Maria e Pulido Valente, unidades com uma prestação de serviço de grande qualidade. Não somos frequentadores assíduos de hospitais, ninguém gosta, mas quer pessoalmente ou por informação prestada por pessoas próximas, temos as melhores referências de ambos.
É mau, claro, o número de cirurgias ter sido reduzido, mas não reflecte mau desempenho do hospital nas múitiplas valências que comporta.

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