30/07/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Rácio de solvabilidade do BES desce
 para metade e deixa de cumprir meta
 do Banco de Portugal

O Banco Espírito Santo (BES) terminou o primeiro semestre do ano com um rácio "Common Equity Tier I" de 5%, metade do que tinha em Março e abaixo dos 7% exigidos pelo Banco de Portugal. 

As imparidades que o BES contabilizou no primeiro semestre do ano ascenderam a 4,3 mil milhões de euros, o que pesou nos prejuízos do banco e nos rácios de solvabilidade. Os prejuízos dispararam para 3,57 mil milhões de euros, um número nunca antes visto nesta instituição, já o "rácio Common Equity Tier I", que mede a solidez financeira dos bancos de acordo com o novo regime internacional, deslizou para 5%.

Em Março, o banco tinha este rácio nos 9,8%. O valor mínimo estipulado pelo Banco de Portugal é de 7%.

No comunicado emitido esta quarta-feira, 30 de Julho, para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BES não explica como vai reforçar os seus rácios de capital. Mas terá de implementar medidas, uma vez que a almofada de capital identificada pelo BES de 2,1 mil milhões de euros não cobre o prejuízo de 3,57 mil milhões de euros revelado esta quarta-feira.

* A almofada de capital, a verdadeira, está fora de Portugal em paraísos fiscais, para gáudio da "seriíssima" família ES.

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