08/07/2014

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HOJE NO
  "JORNAL DE NOTÍCIAS"

Pais de Maddie consideram 
livro de Gonçalo Amaral "chocante"
 e uma "afronta"

Os pais de Madeleine McCann afirmaram, esta terça-feira, em tribunal que o livro do ex-inspetor da PJ, Gonçalo Amaral, "é chocante" e foi "uma afronta" para a família, da criança desaparecida no Algarve. 
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"Antes e durante a leitura do livro, senti angústia, desespero e raiva", declarou Gerry McCann, pai de Madeleine McCann, que desapareceu, na noite de 3 de maio de 2007.


O casal McCann prestou declarações durante o julgamento que decorre no Palácio da Justiça, em Lisboa, do processo em que pedem uma indemnização de 1,2 milhões de euros por difamação ao ex-inspetor da PJ.

Os pais de Madeleine McCann consideraram que o livro, lido por centenas de milhares de pessoas, pôs em causa a continuação da investigação sobre o desaparecimento da filha e levou a que a maioria da população portuguesa acreditasse que a criança estava morta e que tivessem encenado um rapto.

"Quando o processo foi arquivado ficou claro que não havia prova de que Maddie estava morta e que os pais não eram os responsáveis pela ocultação do cadáver. Depois da publicação do livro, a maioria da população portuguesa não acreditou nisso", disse Gerry McCann, acrescentando que "espera obter justiça para a Maddie e para o resto da família muito em breve".

Em tribunal, o novo advogado do ex-inspetor da PJ, Miguel Rodrigues, tentou mostrar que o casal inglês não está destruído socialmente, tendo em conta a participação em eventos e o apoio de várias personalidade públicas.

No final da sessão, Miguel Rodrigues disse aos jornalistas que "não se justifica esta alegada destruição social", adiantando que vai analisar o indeferimento do tribunal para que o ex-inspetor da PJ preste declarações.

Miguel Rodrigues sustentou ainda que Gonçalo Amaral está a ser perseguido. "Parece-me óbvio que há uma perseguição, tudo o que está no livro também está no inquérito, porquê é que o Estado Português não foi processado", questionou.

Quanto à investigação realizada no Algarve pela polícia britânica, os pais de Madeleine MacCann afirmaram que estão satisfeitos por estar a decorrer uma "averiguação ativa", sublinhando que querem que o trabalho continue até que se descubra a verdade.

"Há ainda muito para fazer. É uma investigação muito complexa", disse o pai.
Neste processo, que já motivou o pedido de arresto de bens a Gonçalo Amaral como medida cautelar, o casal McCann, que considera que foram violados direitos, liberdades e garantias da família, pede uma indemnização de 1,2 milhões de euros ao inspetor da PJ que investigou o desaparecimento de Madeleine, ocorrido a 03 de maio de 2007.

No livro "Maddie: A Verdade da Mentira", o ex-coordenador do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Portimão defende o suposto envolvimento de Kate e Gerry McCann, no desaparecimento da criança e na ocultação de cadáver.

As alegações finais, previstas para quinta-feira, foram adiadas porque os pais da Madeleine MacCann pediram à Autoridade Tributária e Aduaneira informações fiscais sobre os lucros obtidos com o livro, tendo o tribunal aceitado.

* Gonçalo Amaral deve ter provas e lógicas para fundamentar a sua escrita. Verdadeiramente chocante é a incúria parental, levaram uma filha podiam ter levado três, mas a música tinha muito swing, era imperdível.


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