06/06/2014

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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"

FLA convicta da independência dos
. Açores dentro de dois anos

A Frente de Libertação dos Açores (FLA) manifestou esta sexta-feira a convicção de que "dentro de dois anos" o arquipélago será independente, alegando que se "aproximam momentos muito conturbados" e os açorianos vão voltar "à rua".
 
“Aproximam-se momentos muito conturbados economicamente e socialmente nos Açores e não vai levar mais do que dois anos. O povo vem para a rua e será nesta altura precisamente que, antevejo, se os açorianos assim o entenderem, se tiverem força, eles vão para a frente e Portugal vai dar a independência aos Açores”, afirmou José Ventura, da FLA.

José Ventura, ex-líder do Partido Democrático do Atlântico (PDA), falava numa conferência da FLA sobre o 06 de junho de 1975, quando uma manifestação juntou 10 mil pessoas em Ponta Delgada, na sua maioria lavradores, que se batiam por várias revindicações e contra o regime de Lisboa.

"A independência não é contra Portugal, mas com Portugal. Nós não temos nada contra o povo português, mas sim a quem comanda os destinos deste pais", disse José Ventura, admitindo que “muitos açorianos e não só” defendem a independência dos Açores embora "se abstenham de se afirmarem como tal”.

José de Almeida, o líder histórico dos independentistas açorianos, disse que o 06 de junho “é um património que não se pode perder”, salientando que “a luta pela independência vai continuar a ser um caminho”.

"Apesar do que possam dizer, apesar do que possam pensar, estarmos aqui reunidos é uma manifestação de força. É uma manifestação de definição a dizer nós somos açorianos e queremos ser e vamos ser independentistas”, sublinhou.

José de Almeida admitiu que a FLA se sentiu "traída" neste percurso.
"Nós tivemos traidores, gente que sabotou o raciocínio dos açorianos a caminho da independência", declarou, assegurando que "há gente que sabe o que quer e que sabe que o melhor para os Açores é a independência".

Rui Medeiros, da FLA, salientou que o dia 06 de junho "continua cada vez mais atual", criticando as "políticas económicas adotadas pelo poder regional e o autismo político".

"Mais do que nunca necessitamos que os açorianos venham para a rua e, num exercício de cidadania, lutem para que a sua vontade possa ser tida em consideração", defendeu Rui Medeiros, para quem "o poder regional se encontra completamente desorientado, sem projeto e agindo como uma mera estrutura de gestão", um "impasse também extensivo à situação económica".

* Quem ganha com esta leviandade?


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