18/06/2014

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 HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
DINHEIRO VIVO"

Empresas obrigam mulheres a
. comprometer-se a não engravidar
. durante vários anos

Existem empresas portuguesas que estão a obrigar as suas trabalhadoras a comprometerem-se a não engravidar durante vários anos. A denúncia partiu de Joaquim Azevedo, o homem escolhido por Passos Coelho para liderar um grupo de trabalho para, primeiro, travar a queda e, depois, aumentar a natalidade em Portugal.

O professor da Universidade Católica denunciou que em Portugal existem empresas que obrigam "as mulheres a assinar declarações" para não engravidarem "nos próximos cinco ou seis anos".
Nos microfones da Antena 1, Joaquim Azevedo avançou que tem conhecimento de "casos concretos" que estão atualmente a acontecer em Portugal.


"O que era importante era que o país assumisse esse compromisso e que ninguém tirasse o pé do acelerador durante 20 anos", afirmou durante a entrevista.

Devido a esta situação, o antigo secretário de Estado de Cavaco Silva considera que também é "preciso criar condições aos empresários" para ajudar a combater a natalidade.

As previsões são desoladoras. O INE divulgou recentemente estimativas a avisar que Portugal pode chegar a 2060 com apenas 6,3 milhões de habitantes, menos quatro milhões que atualmente.
"As projeções do INE não são invenções. Estão a criar um país que não vai ter a mínima sustentabilidade. Dentro de 40 ou 50 anos não tem sustentabilidade", apontou.

"Nem sei se isto é vendável nessa altura como país.Nem é preciso piorarmos nenhum indicador basta continuar como temos agido até hoje", apontou.

Os números mais recentes também são reveladores da gravidade da situação. Desde a chegada da troika em 2011 que nasceram menos 13 mil bebés em Portugal.

Se nada for feito, a situação promete agravar-se nas próximas décadas, alerta Joaquim Azevedo. "Nem sei se Portugal é vendável nessa altura [2060] como país.Nem é preciso piorarmos nenhum indicador basta continuar como temos agido até hoje".

* É desta laia que está constituído o tecido empresarial português, o covil da CIP. Dizem que a mulher do Primeiro-ministro é uma senhora de grande humanidade, muito gostaríamos de saber a sua opinião sobre estes "empreendedores", não vale a pena dizer que são apenas alguns, porque são a maioria.


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