30/06/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Observatório acusa Governo 
de ignorar efeitos da crise na Saúde 

No Relatório da Primavera deste ano, os peritos do Observatório Português dos Sistemas de Saúde dizem que existe um conjunto de dados que evidenciam efeitos negativos da crise da Saúde das pessoas. E acusam o Governo e União Europeia não quererem ver as consequências. Relatório é apresentado esta tarde, na Gulbenkian.


"Saúde, síndroma de negação". O título do relatório da Primavera deste ano do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) deixa adivinhar parte das conclusões: a crise económica e financeira e as medidas de ajustamento aplicadas ao sector da saúde durante os três anos de ‘troika' estão a ter impacto no funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e na vida dos portugueses, mas o Governo e os responsáveis políticos não querem assumir tais consequências. 

"Prevalece o silêncio e/ou a tentativa de demonstração de que não há impacto negativo da crise de forma significativa para a saúde das pessoas", acusam os peritos do OPSS.

A esse silêncio, o Observatório contrapõe com um conjunto de dados que ilustram as consequências da austeridade na saúde dos cidadãos, como as falhas no abastecimento de medicamentos e consequente falta de adesão à terapêutica, o aumento do consumo de psicofármacos ou a taxa de incidência de depressão ou das doenças infecciosas.

Mas a culpa aqui não morre solteira. Tendo em conta que "muitas discussões e decisões relativas à saúde são deliberadas ou influenciadas pelos diversos órgãos da União Europeia", o Observatório não poupa a crítica ao "silencio das autoridades europeias". 

As evidências produzidas por distintos organismos internacionais, alguns solicitados pelas próprias instâncias europeias, "não são rebatidas mas parecem ser intencionalmente ignoradas, votadas ao esquecimento, numa aparente forma subtil de negação", atiram os peritos.

* A saúde é um bem enquanto negócio, fora desse contexto que se lixem os doentes, esta é a óptica do governo que tem como contraponto a diginidade dos profissionais de saúde. O sr. ministro está a ser uma desilusão, até quis amordaçar a voz de quem critica. Quem precisa da PIDE?


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