09/06/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

INE revela travagem menos acentuada 
do PIB português no primeiro trimestre

Em vez da contracção em cadeia de 0,7%, a economia portuguesa diminuiu apenas 0,6% nos primeiros três meses do ano. Em termos homólogos, a expansão foi de 1,3%, também acima da primeira estimativa.
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A economia portuguesa abrandou nos primeiros três meses do ano, como já havia sido revelado, mas não tanto como o previsto.

Na segunda leitura relativamente ao produto interno bruto (PIB) do primeiro trimestre, o Instituto Nacional de Estatística anuncia que o indicador diminuiu 0,6% em termos reais em relação ao quarto trimestre do ano anterior. A primeira leitura apontava para uma contracção de 0,7%.

A evolução em cadeia deveu-se "principalmente à redução das exportações de bens e serviços e ao abrandamento do investimento".

Já em termos homólogos, o PIB português registou um aumento de 1,3% entre Janeiro e Março quando a previsão preliminar apontava para um crescimento de 1,2%. A expansão homóloga no trimestre anterior tinha sido de 1,5%. Foi o segundo crescimento trimestral homólogo em quase três anos.

"A procura externa líquida apresentou um contributo negativo expressivo para a variação homóloga do PIB no 1º trimestre (-1,6 pontos percentuais – p.p.), após registar um contributo positivo no trimestre anterior (1,0 p.p.), devido sobretudo ao abrandamento das exportações de bens e serviços e, em menor grau, à aceleração das importações de bens e serviços", indica o INE no destaque divulgado esta segunda-feira 9 de Junho. As exportações ascenderam 4,3% quando tinham subido 9,1% no trimestre anterior. Já as compras ao exterior somaram 8,5%, acentuando os 6,4% anteriores.

A desaceleração das exportações foi atribuída, em parte, ao facto de a refinaria de Sines da Galp ter encerrado temporariamente em Março. Foi, aliás, uma das razões avançadas pelo Executivo para justificar o carácter extraordinário do comportamento da economia nacional e também serviu de argumento para que o Governo não tenha alterado as previsões para o conjunto do ano, actualmente em 1,2% para 2014.

Em sentido positivo evoluiu a procura interna, com um contributo de 2,8 pontos percentuais. A grande ajuda foi dada pelo investimento, que disparou 12,2% entre Janeiro e Março face ao mesmo período de 2013 (tinha sido de 0,9% no trimestre anterior), sendo que o consumo privado também cresceu 1,5% (0,6% precedentes).

* O relatório do INE não revela o "milagre" económico do governo, se calhar os ministros  vão ter de ir a Fátima a pé...



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