29/06/2014

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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

Cientistas portugueses ajudam 
a criar smartphone para cegos

 O HoliBraille é uma ferramenta que facilita a escrita em Braille em smartphones e outros dispositivos com ecrãs táteis

O HoliBraille é uma espécie de capa que se acopla à parte de trás de um smartphone e que vibra sempre que o utilizador escreve uma letra em Braille, facilitando o acesso dos invisuais às tecnologias de ecrã tátil. 


O projeto reúne cientistas de várias instituições, como o Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto Superior Técnico, o português Hugo Nicolau está envolvido no projeto enquanto pós-doutorado do Instituto de Tecnologia de Rochester (Nova Iorque). A coordenação do projeto está a cargo de Vicki Hanson, da Universidade de Dundee (Escócia). 

Esta mesma equipa está, também, a desenvolver um corretor ortográfico de Braille chamado B#, que consegue sugerir a palavra correta em 72% dos casos, uma percentagem bastante superior à dos corretores comuns. 

Existem no mercado programas de voz que leem o que está no ecrã de um smartphone, mas esta tecnologia permite uma utilização mais discreta. A comunicação entre o telefone e o aparelho HoliBraille faz-se através de Bluetooth. O programa deteta quais os dedos utilizados no processo de escrita (os dedos indicadores, médios e anelares de cada mão representam os pontos matriz do Braille) e dá essa informação ao utilizador através de vibração. 

O protótipo está a ser testado na Fundação Raquel e Martin Sain, em Lisboa, que dá formação a invisuais. O custo de produção do HoliBraille varia entre 80 e 100 euros. 

A equipa não registou qualquer patente das duas invenções, a intenção é que as suas descobertas sejam a abertas a todos quantos queiram colaborar. 

* Ciência portuguesa inteligente e solidária.


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