11/05/2014

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO" 

Áustria envia uma mulher barbuda
 ao Festival da Eurovisão

Artista travesti que representou a Áustria foi a grande vencedora da festa da música europeia, na Dinamarca

À segunda foi de vez. Depois de ter ficado em segundo lugar em 2012, Conchita Wurst foi seleccionada pelo canal austríaco ORF para representar o seu país no certame europeu em Copenhaga, na Dinamarca. Mais: foi a grande vencedora.

 
Nascido homem, Tom Neurwith, é sob o nome feminino de Conchita Wurst que se destaca. Por actuar com barba, numa intenção de reivindicar a igualdade dos sexos, ficou conhecida como a cantora barbuda. A edição de 2014 do Festival decorreu este sábado, dia 10, em Copenhaga, na Dinamarca.

O seu look é uma declaração de intenções, pela tolerância, liberdade e igualdade de oportunidades. 

A primeira tentativa de singrar no mundo da música e do espectáculo foi como Tom (que, diga-se, tinha na altura como profissão decorador de montras). Não resultou muito bem e foi quando “nasceu” Conchita. O sucesso (ou a fama) nacional foi quase imediato.
Conchita participou em vários reality shows e em concursos de música na Áustria, como o 'Factor X', por exemplo, onde cantou músicas como o conhecido tema de Celine Dion ‘My Heart Will Go On’.

A sua participação no Festival da Eurovisão levantou polémica imediatamente no seu país. Por exemplo, há notícias de grupos no Facebook anti-Wurst (que, acrescente-se, quer dizer salsicha em alemão) com dezenas de milhares de subscritores contra a sua participação.
Em países conhecidos por praticas homofóbicas públicas (e por vezes estatais), como a Rússia e a Bielorússia, houve iguais movimentos de protestos e pedidos para que a emissão do festival seja interrompida quando a representante da Áustria subir ao palco. Nada disso aconteceu, e Conchita participou, chegou à final e venceu.

* Apesar de  apreciarmos a canção, gostámos muito da vitória anti-xenófoba.



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