12/05/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Eleições na Índia com recorde
 de alegados subornos

As eleições na Índia terminaram esta segunda-feira, 12 de Maio. A Comissão de Eleições fala em recorde no valor dado à população, numa alegada tentativa de comprar votos. Sondagens dão vitória a Modi, do partido Janata. 

Durante as eleições na Índia, que decorreram desde 7 de Abril e terminaram esta segunda-feira, 12 de Maio, foram apreendidos 55 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros) em dinheiro, bebidas e drogas, destinados a comprar votos, anunciou a Comissão Eleitoral, citada pela Reuters.

A recolha destes bens foi a maior da história eleitoral da Índia, que, segundo conta a Reuters, tem uma longa tradição de alegada distribuição de dinheiro, álcool e alimentos para ganhar votos.

Nas eleições de 2009 as autoridades capturaram 1,9 mil milhões de rupias (32 milhões de dólares ou 23 milhões de euros, ao câmbio actual) em dinheiro que alegadamente estava a ser utilizado para comprar votos. Em privado, as autoridades dizem acreditar que os valores até podem ser substancialmente mais altos.

A Comissão de Eleições descobriu 22,5 milhões de litros de álcool e 185 mil quilos de drogas durante as actuais eleições, as maiores numa democracia a nível mundial, já que há mais de 800 milhões de eleitores.

A Comissão estabeleceu um limite de gasto na campanha de sete milhões de rupias (85 mil euros) por cada um dos 543 lugares parlamentares em disputa nestas eleições, mas alguns dos oficiais desta agência, escreve a Reuters, acreditam que os candidatos gastaram muito mais do que esse valor.

As eleições da Índia decorreram durante cinco semanas, devendo os resultados ser conhecidos na próxima sexta-feira, 16 de Maio.

As sondagens, feitas à boca das urnas, dão a vitória a Narendra Modi, até agora na oposição. As quatro sondagens principais apontam para a conquista entre 261 e 289 lugares no Parlamento.

O partido de Modi, o Janata (BJP), com os seus aliados têm de conquistar pelo menos 272 lugares para garantirem a maioria.

* A "maior democracia" do mundo altamente corrupta.


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