19/05/2014

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Duzentas e duas transacções suspeitas comunicadas em 2013 no Vaticano

O número de denúncias passou de uma em 2011 para seis em 2012 e 202 em 2013
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Duzentas e duas transações suspeitas foram comunicadas no ano passado à Autoridade de Informação Financeira (AIF) do Vaticano, mas apenas cinco casos foram transmitidos à justiça da Santa Sé, anunciou o diretor do organismo. 
Em conferência de imprensa, o diretor da AIF, René Bruelhart, transmitiu pelo segundo ano consecutivo aos jornalistas os principais dados do "relatório anual sobre a atividade de informação e vigilância para a prevenção e luta contra 'lavagem' (de dinheiro) e financiamento do terrorismo". 

O número de denúncias passou de uma em 2011 para seis em 2012 e 202 em 2013. "Isso não significa que tenham sido cometidas mais infrações, significa apenas que o sistema de sinalização funcionou e funciona. A tomada de consciência foi bem maior", sublinhou. 

"Uma suspeita não é uma prova, é uma distinção muito importante. Uma suspeita é registada assim que alguns indicadores mostrem que dada transação não foi plenamente conforme" às normas internacionais, disse Bruelhart. 

O responsável atribuiu este número elevado ao novo sistema de controlo mais rigoroso e eficaz, em vigor no Instituto para as Obras Religiosas (IOR), conhecido como "banco" do Vaticano, e também a uma maior "cooperação internacional possível devido a uma série de acordos bilaterais". 

O IOR gere contas bancárias de departamentos e funcionários do Vaticano, ordens religiosas e diplomatas da Santa Sé, tendo lançado uma série de reformas para aumentar a transparência, ao mesmo tempo que encerrou contas suspeitas. 

Uma nova lei adotada no outono do ano passado pelo Vaticano reforçou as competências da AIF, depois da nomeação de Bruelhart, em 2012. 

* Quem diria que o papa Francisco é chefe de Estado dum país corrupto.



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