12/05/2014

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Quercus e o Estado (!) do 
Parque Natural do Douro Internacional
 “Desinvestimento e abandono”

Associação ambientalista Quercus acusa o Estado de "desinvestimento e abandono" das áreas protegidas, em especial a do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), uma situação que está a contribuir para o despovoamento da região.

 "O Estado terá de investir na gestão das áreas protegidas, na recuperação dos 'habitats', em políticas de conservação da natureza, nas atividades humanas tradicionais, com incidência na agricultura ou no turismo sustentável", começa por justificar o vice-presidente da direção nacional da Quercus, João Branco.

A posição da Quercus surge numa altura em que se assinalam 16 anos sobre a criação da área protegida do PNDI. "O PNDI é uma área protegida bastante grande [a segunda maior do país] e que se estende pelos concelhos transfronteiriços de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo, tendo no seu território inúmeras potencialidades.

Mas, enquanto não houver políticas para a promoção destes territórios a todos os níveis, vão ficar esquecidas e abandonadas", frisou. O PNDI surgiu com o propósito de valorizar e conservar o património natural e o equilíbrio ecológico. Salvaguardar o património arquitetónico, histórico e cultural, com integral respeito pelas atividades tradicionais, designadamente uma parte do Alto Douro Vinhateiro é outro objetivo do parque, criado em 1998.

“Passados quatro anos, foi criado o Parque Natural de Arribes del Duero em território espanhol, que complementa a proteção da zona mais sensível em termos de conservação da natureza, que corresponde ao canhão dos rios Douro e Águeda, em conjunto com o PNDI forma um dos maiores espaços protegidos da Europa, que se estende ao longo de 130 quilómetros e constitui a fronteira natural entre Portugal e Espanha", acrescentou em comunicado a Quercus.

Para a Quercus, a área correspondente ao PNDI já tem problemas "que cheguem" devido ao despovoamento que a torna numa zona economicamente deprimida. "Um dos objetivos da criação deste parque foi mesmo o desenvolvimento de atividades que fossem compatíveis com a conservação da natureza, mas que promovessem o desenvolvimento da região", enfatizou.

A dirigente da Quercus apontou ainda o dedo a Estado, afirmando que "até a direção da área protegida foi retirada da região", já que este instalada em Mogadouro durante vários anos. Agora a coordenação do PNDI está num inserida num organismo que abrange todas a áreas protegidas da região norte do país, o que leva a Quercus a pedir uma maior proximidade com a gestão da área protegida que alberga um importante património faunístico e florístico, com espécies únicas e ameaçadas de extinção.

* Se o PNDI tivesse um número de reformados suficiente talvez fossem possíveis mais acções de protecção da natureza por parte do governo, para mascarar o assalto fiscal. O governo está interessado em máquinas de caça níqueis, natureza já era.



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