06/05/2014

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HOJE NO
  "RECORD"

Comité Paralímpico de Portugal 
quer "rejuvenescer"

O presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), Humberto Santos, manifestou-se esta terça-feira preocupado com o futuro da atividade paralímpica no país, defendendo a necessidade de "rejuvenescer" a equipa portuguesa e aumentar o número de modalidades.

O responsável falava à agência Lusa no final da cerimónia de abertura do Dia Paralímpico, que este ano decorre em Évora, promovido pelo CPP e com o apoio do município e da Universidade de Évora.

"Temos uma preocupação social, com a inclusão e prática desportiva, mas há um objetivo subjacente que é aumentar o número de modalidades no nosso programa paralímpico e rejuvenescer a nossa equipa", afirmou. 

O presidente do CPP explicou que o programa português "está reduzido a cinco modalidades", das 22 que estão incluídas no programa dos Jogos Paralímpicos, e que, nos últimos jogos (Londres 2012), a equipa lusa tinha uma média etária de quase 33 anos.

"Desde os jogos de Sydney [2000] que temos vindo a descer no número de medalhas e no 'ranking' também temos descido, mas não muito", assinalou.

Para Humberto Santos, a realidade paralímpica "não é nem de perto nem de longe aquela que era há uns anos atrás", devido ao "desenvolvimento do movimento paralímpico muito significativo" em muitos países.

"Aquela imagem de os atletas portugueses a chegarem ao aeroporto com várias medalhas é algo que faz parte da história e que dificilmente conseguiremos voltar a essa realidade", reconheceu.

O responsável realçou que o Dia Paralímpico visa "criar, nos diversos agentes desportivos e sociais, a disponibilidade de poderem ajudar a construir uma realidade desportiva diferente" em Portugal.

"O desporto para pessoas com deficiência tem estado muito centrado nas associações, mas precisamos de o alargar aos clubes desportivos para que estas pessoas façam desporto onde fazem outros cidadãos", disse.

"Quanto mais pessoas com deficiência praticarem desporto mais facilmente encontramos atletas de elite", acrescentou.

Ao longo de todo o dia realizam-se demonstrações de várias modalidades paralímpicas em espaços públicos e instalações desportivas de Évora. 

* O governo, o parlamento e todos nós devíamos olhar para o CPP como uma ferramenta de excepção para conferir dignidade através do desporto, a jovens com dificuldades acrescidas.



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