29/05/2014

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Luís Marques Guedes diz que CM 
aprovou “resolução fundamentada" 
Governo quer travar providência cautelar para suspender privatização da EGF 

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares informou hoje que o Governo vai tentar travar a providência cautelar interposta por municípios que visa suspender a privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF). 

O Conselho de Ministros aprovou hoje uma “resolução fundamentada” com base no “interesse público inadiável” para impedir o avanço da providência, segundo Marques Guedes. Aos jornalistas, o ministro explicou tratar-se de uma “peça judicial que será ainda hoje ou amanhã [sexta-feira] entregue no tribunal”. 

O ministro indicou que por estarem em causa decisões do Conselho de Ministros, que regulam a operação da privatização da EGF, se “impõe uma peça judicial”, pelo que na reunião de hoje foi aprovada uma resolução fundamentada. 
 
IMAGINE ESTE MONOPÓLIO NOS PRIVADOS
O Supremo Tribunal Administrativo aceitou apreciar uma providência cautelar interposta pelos seis municípios que integram a Resulima, empresa de valorização e tratamento de resíduos sólidos do Vale do Lima e Baixo Cávado. 

Os seis municípios, que são, em conjunto com a EGF, acionistas da Resulima, foram notificados a 22 de maio pelo Supremo, que “notificou igualmente a Presidência do Conselho de Ministros para apresentar contestação no prazo de 10 dias”. A EGF, sub-holding do Grupo Águas de Portugal, é responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos, através de 11 empresas de norte a sul do país. O decreto-lei para a privatização da EGF, assim como o respetivo caderno de encargos, foi promulgado em março deste ano. Entretanto, o Conselho de Ministros aprovou no início deste mês um decreto-lei que elimina os impedimentos legais à privatização da EGF. 

O diploma, que aguarda promulgação pelo Presidente da República, cria um regime jurídico da concessão, exploração e gestão, em regime de serviço público, a entidade privadas gestoras de sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos. 

* Nada do Grupo Águas de Portugal deveria ser privatizado, mas a gula dos amigalhaços é voraz.


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