ESTA SEMANA NO
"SOL"
Doze anos de Paz
Numa dúzia de anos de paz, Angola ficou irreconhecível. As distâncias
encurtaram-se abrindo-se estradas e caminhos-de-ferro. A comunicação
social começa a chegar a todos os cantos, dando a conhecer as
transformações após o fim da guerra. As infra-estruturas, com destaque
para as estradas e as novas centralidades, são dos ganhos recentes mais
visíveis.
Algumas linhas de caminhos-de-ferro foram reactivadas,
aguardando-se a ligação de todas as províncias para um futuro não muito
distante, permitindo a deslocação das populações - e, no caso dos
comerciantes, um mais fácil escoamento de produtos.
A falta de
habitação é dos principais problemas que ainda assolam a juventude. Uma
constatação do próprio Executivo, que apostou na construção de
habitações sociais, como as novas centralidades que estão a ser erguidas
em todo o país. O pontapé de saída foi dado na província de Luanda, que
já soma oito centralidades, das quais cinco estão em funcionamento. As
outras três começam a ser entregues este ano.
Para o director
nacional de Habitação em Angola, Adriano da Silva, o sector é dos que
mais cresceram nestes 12 anos de paz. Admite, no entanto, que o problema
não está resolvido, apesar do «esforço» do Executivo. As províncias de
Cabinda, Lundas Norte e Sul, Uíge, Kwanza-Sul, Benguela, Bié, Huambo e
Huíla também vão ter as suas centralidades.
Na saúde foram muitas
as melhorias, apesar do muito que há por fazer. Reabriram vários
hospitais, os seguros de saúde privados chegam a cada vez mais pessoas,
mas é notório que é dos sectores mais atrasados no país. A agricultura e
as pescas são outras das áreas onde o Executivo diz ser imperativo
apostar.
Na economia, Angola é dos países que mais crescem a nível
mundial, apesar de isso não se reflectir necessariamente na vida da
população. No entanto, este crescimento é tido como um dos ganhos da Paz
- a mesma que permitiu ainda o crescimento do mercado financeiro,
actuando hoje vários bancos no mercado angolano, com várias linhas de
crédito.
No desporto, destaca-se a realização do Campeonato
Africano das Nações (CAN), em 2010, e do mundial de Hóquei em Patins no
ano passado. O CAN levou à construção de quatro novos estádios de
futebol (em Luanda, Benguela, Cabinda e na Huíla) e contribuiu para a
criação de emprego.
No domínio da cultura, o Executivo tem hoje
disponíveis 250 mil dólares, estando o financiamento dependente apenas
da criatividade e sustentabilidade do projecto a apresentar.
Fruto
dos anos de paz, a imprensa deu um salto com o surgimento de novas
publicações, rádios privadas, rádios comunitárias. E a Televisão Pública
de Angola viu nascer um concorrente, abrindo o leque de opções dos
telespectadores.
A importância de Angola no contexto africano
também aumentou. O país é uma voz activa na SADC e lidera a região dos
Grandes Lagos. É também candidata a membro não-permanente do Conselho de
Segurança das Nações Unidas.
* Ou esta notícia é "encomendada" ou entao somos todos vesgos mentais. Um país que nos últimos 12 anos tem um dos maiores índices de corrupção da terra, um poder político que se aguenta à custa de forças armadas assassinas, que uma aspirina para o "preto" é diferente da aspirina para o senhor do poder, que os cidadãos morrem de doença porque precisam de muito dinheiro para se tratarem e não o têm, Angola é um país de paz? PORRA!
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