14/04/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Leilão com equipamento dos 
Estaleiros de Viana ficou deserto

A falta de propostas anulou os leilões. Em termos de preço base, os guindastes estavam em leilão por mais de 1,7 milhões de euros.

Os leilões das gruas e guindastes dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), por quase dois milhões de euros, previstos para hoje, não se realizaram por falta de propostas, indicou à agência “Lusa” fonte da empresa pública.

Estava previsto para hoje a realização de três leilões que se deveriam ter realizado na empresa, no âmbito do encerramento dos estaleiros e a subconcessão dos terrenos e infra-estruturas ao grupo privado Martifer, já em Maio.

No entanto, e de acordo com informação disponibilizada pelos estaleiros, não foi apresentada qualquer proposta de aquisição dentro dos prazos, pelo que os leilões não se realizaram. Um dos leilões dizia respeito a sete guindastes dos estaleiros, com capacidade de carga que vai das dez às 100 toneladas (t). Só pelos dois mais relevantes e históricos guindastes da empresa (100t) - visíveis a vários quilómetros da cidade -, os estaleiros pediam 800 mil euros.

Em termos de preço base, os guindastes estavam em leilão por mais de 1,7 milhões de euros. Igualmente sem propostas ficaram os leilões para a venda de cinco gruas de várias dimensões e capacidade de carga, com um preço base global de 143.400 euros, e de quatro plataformas elevatórias, estas com um preço base total de 53.900 euros.

Dos leilões previstos para hoje, apenas o leilão para a venda de acessórios de elevação, distribuídos por seis lotes, com propostas apenas para quatro foi realizado. Estes equipamentos foram vendidos a duas empresas concorrentes. Para amanha está agendado o leilão de 15 empilhadores (abertura de propostas às 08:30h), avaliados pelos estaleiros em 177.700 euros, de meios de escavação e carga (10:30h) e zorras hidráulicas (14:00h).

Nos dias seguintes realizar-se-á ainda a venda de viaturas, material de cozinha, cavaletes metálicos, equipamentos de metalomecânica e de equipamentos de navios.

A administração dos ENVC terá de concluir até 30 de Abril a venda de vário material móvel da empresa – cerca de 20 mil artigos – que ficou fora do concurso da subconcessão. Esse processo está a ser assegurado por cerca de 40 trabalhadores dos ENVC que, à semelhança dos restantes cerca de 550, aceitaram as rescisões amigáveis dos contractos mas continuam ao serviço, sendo por isso os últimos a saírem da empresa pública.

* Um voo cego a nada, plagiando Reinaldo Ferreira.


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