12/02/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Bispos portugueses acusam ONU de
. omitir relatórios da Santa Sé

O porta-voz da Conferência Episcopal, padre Manuel Morujão, afirmou, esta quarta-feira, que a Organização das Nações Unidas omitiu os relatórios entregues uma semana antes pela Santa Sé, nas recomendações que fez sobre casos de abusos sexuais na Igreja Católica. 

"Uma semana antes desse relatório [da ONU], o representante da Santa Sé em Genebra [na Suíça] tinha dado explicações orais - esteve um dia a dar as explicações que lhe pediam -, e entregou relatórios do que a Santa Sé tem feito", disse. 
"Esses dados, que são muito concretos - não são teorias -, são diretivas, são práticas que se põem em andamento, certamente foram omitidos. E isso é verdadeiramente lastimável numa instituição de tanto prestígio", acrescentou. 

O padre Manuel Morujão falava aos jornalistas na sequência da reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, órgão delegado dos bispos portugueses, que este mês reuniu em Setúbal para assinalar os 25 anos de episcopado de D. Gilberto dos Reis. 

Manuel Morujão reafirmou o empenho da igreja católica na luta contra os abusos sexuais, mas lembrou que estes casos não são fáceis de resolver, salientando que as Nações Unidas, por vezes, também são acusadas de "abusos desumanos" em ações humanitárias. 

"Seguramente que as Nações Unidas também implementarão, em diversos campos em que são responsáveis, aquilo que pedem à Igreja", acrescentou.
O padre Manuel Morujão revelou ainda que os bispos portugueses vão publicar duas notas pastorais, a primeira sobre o quinto centenário de nascimento de Frei Bartolomeu dos Mártires, que propôs a renovação da Igreja, desafiando os cardeais a uma "ilustríssima e reverendíssima reforma". 

A outra nota pastoral, segundo Manuel Morujão, será sobre o centenário da fundação da família paulista pelo padre Tiago Alberione, que "abriu a igreja aos modernos instrumentos de comunicação social". 

* Dos senhores bispos portugueses, o que temos assistido mais nos últimos tempos, é a protecção incondicional de alguns padres pedófilos.


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