06/02/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Cursos técnicos superiores de dois anos
. arrancam no próximo ano lectivo
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A medida já tinha sido anunciada há meses pelo ministro da Educação, mas só esta quinta-feira o Governo aprovou a criação de cursos técnicos superiores profissionais de dois anos.
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A partir do próximo ano lectivo, os institutos politécnicos terão já disponíveis cursos técnicos profissionais de nível cinco, à semelhança do que já acontece noutros países europeus. O objectivo do Governo é responder às expectativas dos jovens e às necessidades do mercado de trabalho.

O secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, explicou, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, que estes cursos serão compostos por "um ano com componente geral muito forte" e por "um segundo ano com uma componente de formação profissional em sala de aula, juntamente com um estágio numa empresa".

A expectativa do Governo é que estes cursos "comecem a funcionar em Setembro, Outubro" deste ano, avançou o governante, acrescentando que "as instituições ficam autorizadas a cobrar propinas", que deverão ter "um valor substancialmente abaixo do valor máximo autorizado para as licenciaturas actualmente".

O Negócios já perguntou ao Ministério da Educação e Ciência qual o valor das propinas, mas ainda não obteve resposta.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, trata-se de um novo tipo de formação "não conferente de grau", que tem como objectivo "alargar e diversificar o espectro da oferta do ensino superior em Portugal e por essa via aumentar o número de cidadãos com qualificações superiores necessárias ao país".

De acordo com o secretário de Estado é provável que se vá registando um crescimento gradual do número de cursos técnicos superiores. "É de esperar que venham a ocupar uma componente semelhante, próxima do que é hoje o número de estudantes no ensino secundário e no ensino politécnico", considerou.

Questionado sobre o número de vagas, José Ferreira Gomes respondeu que "a decisão sobre vagas é completamente entregue à instituição", ressalvando que "os cursos que oferece têm de previamente ser registados na Direcção Geral do Ensino Superior".

De acordo com o governante, "os estudantes vêm do ensino secundário, eventualmente com alguma pequena falha, que será colmatada já ao longo do curso" e depois poderão prosseguir os estudos, "através da licenciatura, e especialmente da licenciatura em institutos politécnicos".

Relativamente à forma como isso acontecerá, disse que o procedimento não está definido neste diploma, mas será através da abertura de "um concurso local ou um concurso especial novo" e de uma "prova local" a realizar pelos institutos politécnicos.

O secretário de Estado do Ensino Superior frisou, contudo, que o novo tipo de formação agora aprovado se destina à "saída para o mercado de trabalho" de "estudantes que vêm possivelmente já com formação profissional do secundário". “Eu não esperaria que, como regra, houvesse muitos estudantes a completar um curso técnico superior a entrar numa licenciatura universitária, que tem uma vocação de maior componente conceptual e não tanto imediatamente profissionalizante", rematou.

Os politécnicos vão articular-se com as escolas secundárias da região de forma a abrirem cursos que respondam à procura por parte dos jovens estudantes.



Institutos politécnicos indisponíveis para
. leccionar cursos superiores profissionais

Os institutos politécnicos assumiram hoje "total indisponibilidade" para leccionar os cursos técnicos superiores profissionais "no modelo proposto", que, advogam, ignora os interesses do mercado de trabalho e a necessidades de qualificação das pessoas.
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O Conselho de Ministros aprovou hoje um diploma que permite a criação de cursos técnicos superiores profissionais nos institutos politécnicos, um novo tipo de formação superior, com a duração de dois anos.

Em comunicado, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) "manifesta a sua total indisponibilidade para leccionar os cursos técnicos superiores profissionais no modelo proposto, o qual revela desconhecimento da realidade do ensino superior politécnico, dos reais interesses do mercado de trabalho e da necessidade de qualificação das pessoas".

Segundo o CCISP, o modelo dos cursos proposto "nada acrescenta aos atuais cursos de especialização tecnológica, antes consistindo numa sobreposição inconsistente e incompreensível, afectando a racionalidade do sistema e debilitando a sua eficácia".

Os politécnicos queixam-se de "ausência de concertação" com a tutela, que, a seu ver, "tem ignorado sistematicamente a posição e as propostas do CCISP", considerando que o modelo apresentando não merece crédito, ao confundir "o que é formação profissional de nível secundário e formação em contexto de empresa ou de nível superior".

Ainda assim, na nota, o CCISP, que hoje esteve reunido, revela "abertura à realização de ciclos curtos de natureza profissionalizante, tal como já o faz na leccionação de cursos de especialização tecnológica", exigindo da parte da tutela "um diálogo sério e contínuo, alicerçado em propostas fundamentadas e que respeitem e valorizem o conhecimento das instituições que diariamente constroem o ensino superior".

Na apresentação do diploma, o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, disse esperar que os cursos "comecem a funcionar em Setembro, Outubro" deste ano e que "as instituições ficam autorizadas a cobrar propinas", que deverão ter "um valor substancialmente abaixo do valor máximo autorizado para as licenciaturas actualmente".

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, trata-se de um novo tipo de formação "não conferente de grau", que tem como objectivo "alargar e diversificar o espectro da oferta do ensino superior em Portugal e, por essa via, aumentar o número de cidadãos com qualificações superiores necessárias ao país".

De acordo com José Ferreira Gomes, os cursos serão compostos por "um ano com componente geral muito forte" e por "um segundo ano com uma componente de formação profissional em sala de aula, juntamente com um estágio numa empresa".

O secretário de Estado apontou que "os estudantes vêm do ensino secundário, eventualmente com alguma pequena falha, que será colmatada já ao longo do curso", e depois poderão prosseguir os estudos, "através da licenciatura, e especialmente da licenciatura em institutos politécnicos".

Porém, José Ferreira Gomes vincou que o novo tipo de formação hoje aprovado se destina à "saída para o mercado de trabalho" de "estudantes que vêm possivelmente já com formação profissional do secundário". 

* A "cratinice" recebe uma resposta convincente.




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