27/01/2014

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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"

Hospital de Ponta Delgada leva cultura a utentes, familiares e profissionais

Reativada há dois anos, a comissão de cultura do hospital de Ponta Delgada tenta humanizar a unidade de saúde através de eventos protagonizados por utentes, familiares e profissionais.
 
“Pretendemos tornar o hospital mais agradável. Um sítio que seja mais acolhedor e onde as pessoas, além de se tratarem, possam também ter contacto com a cultura”, disse à Lusa Anuschka Langner, presidente da Comissão da Cultura do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, nos Açores.


Embora existisse um grupo de médicos interessados em promover a cultura no antigo hospital, onde foram organizados vários eventos culturais, a comissão "renasceu em outubro de 2012", segundo a médica.
Inicialmente constituída por sete membros - quatro médicos, uma farmacêutica, um padre e uma enfermeira -, recentemente "alargou o seu corpo a mais um elemento", funcionário do hospital.

O projeto tem suscitado "muito interesse" junto dos visitantes, mas também doentes e funcionários e já permitiu a realização de protocolos com o Museu Carlos Machado e o Conservatório Regional, ambos em Ponta Delgada, disse Anuschka Langner.

“No dia a dia, quando uma pessoa vai ao hospital ou trabalhar, aqui vê arte. Ouve um concerto e se calhar fica mais animado porque viu coisas interessantes”, sublinhou, salientando que a ideia é dar "mais colorido" ao hospital.

Ana Catarina Rodrigues, membro da comissão, sublinhou que "a afluência dos artistas tem sido grande" com a realização de "exposições ininterupatamente desde junho de 2013" de artesanato, pintura em tela, tecido e porcelana, bijuteria, concertos de natal e até um concurso de presépios.

"São também os próprios utentes, familiares e profissionais de saúde que têm a oportunidade de mostrar a sua arte participando em exposições", salientou, explicando que foi possível dinamizar uma sala que estava desocupada e que o objetivo é "estimular o interesse e a interação entre qualquer tipo de arte, seja arte visual, palco e música”.

Ana Catarina Rodrigues recordou, por exemplo, que foi um doente que fez, em junho do ano passado, o hino oficial do hospital, depois de o ter oferecido à sua médica assistente.
Fruto de um protocolo, celebrado em 2013, o hospital tem também a oportunidade de expor parte do espólio do Museu Carlos Machado, exposições que serão rotativas, numa sala na entrada principal, com o objetivo de "humanizar o espaço de espera das visitas e tornar mais agradável e proveitoso o tempo de espera".

Mas os utentes e profissionais de saúde poderão também assistir a pequenos concertos de música, na entrada, na capela ou no auditório, por via de uma parceria feita com o Conservatório Regional.
"Queremos alargar o trabalho com o Museu Carlos Machado. Queremos expor em mais sítios do hospital, temos muitos corredores", avançou a presidente da comissão.

Anuschka Langner sublinhou ainda que a Comissão da Cultura pretende também criar "uma plataforma para a arte" e organizar eventos, até no exterior, que integrem funcionários do hospital que pertençam a grupos de música ou de teatro.

* Uma comissão de cultura num hospital é assombroso, excelente.


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