01/01/2014

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QUESTÕES


A 2014



17. Os juros da casa vão subir? 
por Paulo Moutinho

As famílias portuguesas beneficiaram de um forte alívio das taxas de juro em 2013. As Euribor, que são utilizadas como referência no crédito à habitação, afundaram para mínimos históricos. Nesta recta final, começaram a subir. A perspectiva é de que no próximo ano ocorra um aumento moderado.
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As Euribor estão a subir em resultado da menor oferta de liquidez (crédito barato) no mercado. Ela resulta de "os bancos continuarem a reembolsar a ritmo elevado os empréstimos obtidos [junto do BCE], da reentrada progressiva no mercado de bancos que devido à crise das dívidas soberanas tinham sido excluídos e forçados a recorrer ao BCE para crédito (estes bancos menos sólidos obtêm taxas acima da média) e do facto de os mercados estarem a aumentar a probabilidade de que o BCE não irá cortar a taxa de depósitos para negativo, nem descer mais a taxa directora", explica Rui Bernardes Serra. 

O economista-chefe do Montepio antecipa "que continue a haver subidas, mas moderadas". "Estamos perante uma normalização das Euribor pelo que o normal é que as taxas estejam ligeiramente acima da taxa central, dada a componente de prémio de risco", remata Filipe Garcia, economista da IMF.

"É preciso ter consciência de que os mínimos [das Euribor] não deverão regressar. O que também é um bom sinal, pois esta normalização nas taxas de juro estará associada à melhoria de tendências na economia e no emprego", refere Paula Carvalho. Mas o "agravamento não será expressivo", sublinha a economista-chefe do BPI.

"A nossa previsão aponta para [que a Euribor a três meses esteja nos] 0,35%" no final do próximo ano". É uma subida "muito ligeira [face aos níveis actuais], pelo que o impacto na prestação será marginal", remata.

IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
26/12/13 

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