31/01/2014

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Aumento do preço do álcool 
previne dependência

Aumentar os impostos na venda de bebidas alcoólicas é uma das medidas aprovadas que visa a diminuição do consumo e a prevenção de casos de adição.

Limitar os locais de venda do álcool no período noturno, como nas áreas de serviço, as novas regras do limite do consumo a novos encartados e o aumento dos impostos na comercialização de bebidas alcoólicas são algumas medidas apontadas pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, de combate ao consumo excessivo do álcool no nosso país.

As declarações de Paulo Macedo foram proferidas esta sexta-feira, na sessão de abertura da conferência do lançamento da Ação Comum para apoiar os Estados-Membros na minimização dos efeitos nocivos do álcool, que decorre em Lisboa.
"Portugal é um país produtor de vinho e de outras bebidas alcoólicas mas não nos podemos esquecer que é necessário o combate do consumo exagerado do álcool e já foram tomadas medidas que visam a prevenção", sublinhou o governante.
Segundo o ministro da Saúde, outra medida aprovada que visa o combate da adição do consumo do álcool é a proibição da venda de bebidas espirituosas a menores de 18 anos. "Uma alteração da legislação que não tinha sido feita nos últimos dez anos", referiu Paulo Macedo.
João Goulão, diretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), afirmou que o consumo "excessivo do álcool é responsável por um conjunto considerável de doenças e comportamentos que fazem vítimas como, por exemplo, os acidentes de viação". 
Portugal vai coordenar o projecto da Ação Comum, que envolve e mobiliza 32 entidades da União Europeia, que participarão como parceiros associados e 28 outros parceiros com o estatuto de colaboradores, que representam os 27 Estados-Membros.
Segundo uma das recomendações em análise da Ação Comum passa por aumentar a prevenção do consumo do álcool, em especial no local de trabalho, limitar a publicidade do álcool e aumentar as intervenções precoces no tratamento dos doentes.

SETOR DAS EMPRESAS DE BEBIDAS ESPIRITUOSAS REAGE
Como reacção, a Associação Nacional das Empresas de Bebidas Espirituosas manifestou-se contra a atual lei do álcool, que permite a venda de cerveja e vinhos a menores a partir dos 16 anos. A venda de bebidas espirituosas só é permitida a partir dos 18 anos.
Mário Moniz Barreto, secretário-geral da associação, afirmou ao CM que a lei faz com que haja uma “uma transferência dos hábitos de consumo das bebidas espirituosas para as cervejas e vinhos”.
“Esta lei não é eficaz porque vai contra os princípios de toda a evidência científica ao permitir o consumo de cerveja e vinhos a partir dos 16 anos”, afirmou o responsável.
De acordo com Mário Moniz Barreto, a atual lei transmite mensagens erradas aos jovens de que “há álcool para adultos e álcool para jovens”.
A associação defende a proibição da venda de bebidas alcoólicas até aos 18 anos.

* O aumento dos preços das bebidas não é solução, pode provocar tráfico de bebidas alcoólicas "marteladas" autênticos venenos para a saúde.
O consumo de bebidas alcoólicas em jovens tem de ser controlado pelas famílias, se estas se desresponsabilizam então deverá haver penalização sobre quem tem responsabilidade parental. 
Na Suiça se um jovem em idade escolar for encontrado na rua dentro do período das aulas, a polícia aborda-o e contacta a família, se houver reincidência os pais são levados a tribunal de família.
O álcool ou outra droga qualquer têm a primeira linha de combate na família.
A Associação Nacional das Empresas de Bebidas Espirituosas tem razão no que respeita à proibição de venda de álcool, nós defendemos a idade de 21.

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