20/01/2014

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Oxfam: 
1% da população detém quase 
metade da riqueza global

O instituto que procura soluções para a pobreza mundial conclui que quase metade da riqueza mundial se encontra concentrada em 1% da população no relatório que emitiu para o Fórum Económico Mundial, em Davos, que cita a desigualdade como a segunda maior ameaça à estabilidade da economia.
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O grupo dos 1% mais ricos do mundo detém 110 biliões de dólares (81 biliões de euros) e controla mais de metade do património mundial, segundo o relatório elaborado pela Oxfam para o Fórum Económico Mundial, em Davos. 85 pessoas detêm uma riqueza igual à da metade mais baixa da população mundial.

A confederação internacional que procura soluções para a pobreza adverte que os actuais “níveis extremos de concentração de riqueza” ameaçam excluir centenas de milhões de pessoas das oportunidades de desenvolvimento, segundo o relatório elaborado para apresentar em Davos. O Fórum Económico Muncial cita as desigualdades como a segunda maior ameaça à estabilidade.

Se a riqueza detida pela metade da população mundial com menor acesso a recursos é igual à das 85 pessoas mais ricas, o grupo de 1% das pessoas com maior património detém o equivalente a 65 vezes a riqueza da metade mais pobre da população mundial, lê-se.

“Uma certa medida de desigualdade é essencial para induzir crescimento e o progresso, recompensando aqueles que têm talento, conquistam aptidões e a ambição para inovar assumir riscos produtivos”, enuncia o relatório. “Contudo, os níveis extremos de concentração de riqueza que ocorrem hoje ameaçam excluir centenas de milhões de pessoas de se apropriarem dos benefícios dos seus talentos e trabalho árduo”,conclui.

Nas últimas décadas, o mesmo grupo de 1% conseguiu aumentar a sua riqueza em 24 dos 26 países para os quais a Oxfam detém dados relativos ao período de 1980 a 2012. Os mais ricos também estão a sair de forma mais favorável da crise que ocorreu em 2008, sendo que 1% da população dos Estados Unidos da América captou 95% do crescimento gerado desde 2009.

* Os números ofendem os pobres, já há quem diga que só a tiro é que se resolve.




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